sexta-feira, 9 de março de 2012
O PÃO NOSSO DE CADA DIA DÁ-NOS HOJE
Por: Jânio Santos de Oliveira
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias - RJ
janio-estudosteolgicos.blogspot.com
Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!
A matéria que me proponho a apresentar-lhe é de valiosa importância pois trata-se de algo do cotidiano e imprescindível à subsistência humana tanto no campo físico como no espiritual.
Antes de tratar deste tão importante assunto vamos verificar ao longo da história da humanidade como surgiu o pão nosso de cada dia:
I. A história da origem do pão
Quem não gosta de um pão quentinho com manteiga no café da manhã? Usado como sinônimo de vida e trabalho, alimento do corpo e da alma, o pão faz parte da cultura de muitos povos e tem um significado importante em várias religiões. Resultado do cozimento de uma massa feita com farinha de certos cereais, principalmente trigo, água e sal, ele pode ter sido uma das primeiras comidas preparadas pelo homem.
A história do pão é tão antiga que é até difícil dizer, com precisão, quando e como ele apareceu. Historiadores, no entanto, estimam que o pão tenha surgido juntamente com o cultivo do trigo, na região da Mesopotâmia, onde atualmente está o Iraque. De início, provavelmente, o trigo era apenas mastigado. Só depois, ele passou a ser triturado com pedras e transformado em farinha.
Antes de servirem para fazer pão, as farinhas de diversos cereais eram usadas em sopas e mingaus cozidos na água. Posteriormente, passou-se a misturar também mel, azeite doce, suco de uva, tâmaras esmagadas, ovos e carne moída, formando espécies de bolos que eram assados sobre pedras quentes ou sob cinzas. Esses bolos deram origem ao pão propriamente dito.
A. Nem sempre fofinho
Os primeiros pães eram feitos de farinha misturada ao fruto de uma árvore chamada carvalho. Bem diferentes dos atuais, eram achatados, duros e secos. Também não podiam ser comidos logo depois de prontos porque eram muitos amargos. Era preciso lavá-los várias vezes em água fervente, antes de se fazer broas que eram expostas ao sol para secar. As broas eram assadas da mesma forma que os bolos, sobre pedras quentes ou debaixo de cinzas.
Os egípcios foram os primeiros a usar fornos de barro para assar pães por volta do ano 7.000 antes de Cristo. Atribui-se também a eles a descoberta do fermento, responsável por deixar a massa do pão leve e macia como conhecemos hoje.
As evidências mais antigas de pão fermentado foram encontradas no Egito Antigo e datam de 3.000 a.C. Mas nem todo mundo concorda que a produção de pão fermentado só tenha começado a partir daí.
Isso mesmo! A desconfiança vem do fato de que as leveduras, fungos responsáveis pela fermentação, estão em todos os lugares, incluindo a superfície de grãos de cereais. Bastaria, assim, alguém se esquecer de colocar a massa de pão úmida para secar, alguns dias, para ela fermentar naturalmente.
Com o passar do tempo, as pessoas perceberam que poderiam acelerar o processo de fermentação guardando um pedaço da massa de pão do dia anterior para misturá-lo à massa do dia seguinte. Na verdade, com isso, elas estavam acrescentando mais levedura à massa.
B. O pão na Europa e no Brasil
Com as trocas comerciais entre egípcios e gregos, o pão acabou chegando na Europa em 250 a.C. Não demorou muito para ele se tornar também o principal alimento da Roma Antiga, sendo preparado em padarias públicas. Com a expansão do Império Romano, o hábito de consumir pão foi difundido por grande parte da Europa.
Com o início da Idade Média, por volta de 476 depois de Cristo, as padarias acabaram, e a produção de pão voltou a ser caseira. O retrocesso nessa época foi tanto, que as pessoas voltaram a comer pão sem fermento! Foi somente a partir do século 12 que as coisas começaram a melhorar na França. No século 17, o país se destacou como centro mundial de fabricação de pães, desenvolvendo técnicas aprimoradas de panificação.
No Brasil, o consumo de pão só se popularizou depois do século 19. Até então, o brasileiro consumia, em grandes quantidades, a farinha de mandioca e o biju, apesar de já conhecer o pão de trigo desde a chegada dos colonizadores portugueses. Com a vinda dos italianos para o Brasil, no início do século 20, a atividade de panificação se expandiu, e o produto passou a ser essencial na mesa do brasileiro.
Você tem dúvidas sobre o valor nutritivo do pão? Não sabe se escolhe pão branco ou integral? Nem sabe o que é glúten? Então, não deixe de conferir a matéria Pão e Saúde.
II. O que a Bíblia diz sobre o pão nosso de cada dia (Êx 16.4 ; Mt 6.11)
“Colhiam-no, pois, manhã após manhã” (Êx 16:21)
Segundo o relato do livro do Êxodo, durante os quarenta anos de peregrinação pelo deserto, o povo de Israel se alimentou de um pão especial, dado por Deus. Diariamente ele amanhecia sobre a superfície do deserto como se fosse uma geada sobre a terra (Êx 16:11-36).
O escritor sagrado registra que este “pão de Deus” era branco como semente de coentro e seu sabor, como bolos de mel. A este pão, chamou Israel maná.
Enquanto provisão diária, o maná era dado por Deus sempre pela manhã, ao raiar de cada novo dia. À exceção do dia sexto (quando o maná era recolhido em dobro e uma parte era cozida para o sábado), cumpria aos filhos de Israel a tarefa de recolhê-lo de sobre a terra, segundo a porção de cada família, antes que o calor do sol o derretesse. Embora houvesse abundância, o consumo era regrado.
As famílias deveriam buscar o quanto julgassem necessário para o farto sustento de cada dia, mas deveriam consumir tudo: quando guardado para o dia seguinte, o maná estragava. A idéia era não colher de menos de maneira que faltasse, mas também não colher demais, pois nada podia ser desperdiçado.
O que porventura restava sobre a terra, derretia. O “pão de Deus” não precisava ser comido todo de uma vez, mas precisava ser comido todo dia. Assim, renovava o Senhor dia após dia a sua bênção sobre o Seu povo.
Da mesma forma como no Antigo Testamento Israel fora instruído por Deus acerca do maná, também Jesus ensina os seus discípulos no Novo Testamento a orarem pelo “pão de cada dia” dizendo: “dá-nos hoje” (Mt 6:11). Na seqüência de seu ensinamento, complementa: “não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas” (Mt 6:31-32).
Com estas palavras, Jesus queria ensinar que o Deus que alimentou o povo de Israel durante os anos de peregrinação pelo deserto é o mesmo Deus que sempre sustentou sua igreja. Da mesma forma que havia maná para os israelitas, houve para os primeiros discípulos e há para nós hoje. A tarefa que nos cabe é a de buscá-lo diariamente: com o suor do nosso rosto e em oração. Pois o maná é também metáfora de Cristo, o “pão vivo descido do céu” (Jo 6:51) que sustenta nossa alma e sacia nossa fome de sentido e eternidade.
Aqui acontece algo interessante. Nos dias do apóstolo Paulo havia aqueles que se empenhavam de tal maneira por buscar o maná espiritual em oração enquanto aguardavam a parusia – segunda vinda de nossa Senhor – que já não se ocupavam de suar o rosto para obter o pão de cada dia. A este respeito, Paulo escreve aos Tessalonicenses orientando que todos devem “trabalhar com as próprias mãos” a fim de não passarem necessidade. E acrescenta: “quem não trabalhar, não coma”.
Por outro lado, em nossos dias, existem aqueles que se gastam tanto no esforço cotidiano para conseguir o pão físico que não resta tempo ou força ou mesmo ânimo para buscar o pão espiritual em oração. Estes parecem esquecer que “nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que procede da boca de Deus” (Mt 4:4) e por isto, muitas vezes, vivem fartos fisicamente, mas espiritualmente famintos.
Ambas as posturas são equivocadas. O ideal ensinado por Jesus é que busquemos a cada dia tanto o “pão que perece” quanto o “pão vivo” que farta a alma e dá vida eternamente. Um detalhe final: o pão que Jesus nos ensina a pedir é sempre “pão nosso”. Também com o maná era assim: o pão caía do céu para todos.
Daí a fome magoar tanto o coração de Deus. Mágoa maior do que a fome, só mesmo o desperdício. Jesus nos ensina que o pão deve sempre ser multiplicado; tanto o espiritual quanto o de massa de farinha. Se é pão, é para ser repartido, comido junto, compartilhado. Quem reparte o pão com quem não o tem, torna-se companheiro de Jesus e ovelha bendita no reino de seu Pai (Mt 25:34-40).
Deus espera que busquemos por sua Palavra todos os dias.
Jesus ensinou, Mt 6.11: “...o pão nosso de cada dia nos dá hoje...” (estar diariamente diante de Deus e buscar Sua provisão para aquele dia).
E quanto ao dia seguinte? ...voltar a buscar ao Senhor a cada novo dia. Jesus declarou, Mt 6.34: “Portanto não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal.”
Amados: O caminho bíblico proposto é ir a Deus em oração diariamente – as respostas divinas vêm em cotas “diárias”.
Este ensino e o que ocorreu nos dias de Moisés quanto ao maná, o pão do céu.
Depois que Israel deixou o Egito, saiu pelo deserto à Canaã, viu-se em dificuldades de alimento (em viagem, não tinham tempo nem condições para plantar e colher).
Murmuraram contra Deus e Moisés, Ex 16:4: “Então o Senhor disse a Moisés: eis que vos farei chover do céu pão, e o povo sairá, e colherá diariamente a porção para cada dia, para que eu ponha à prova se anda na minha lei ou não”.
A cada novo dia levantar em busca do pão. Deus queria que fosse exatamente assim, Ex 16:19-21: “Disse-lhes Moisés: Ninguém deixe dele para a manhã seguinte. Eles, porém, não deram ouvidos a Moisés, e alguns deixaram do maná para o dia seguinte; porém deu bichos e cheirava mal. E Moisés se indignou contra eles. Colhiam-no, pois, manhã após manhã, cada um quanto podia comer; porque, em vindo o calor, se derretia”.
Lição de dependência, mas também princípio para o povo se relacionar com Deus!
No Éden, Deus visitava filhos.
O plano de Deus para nosso relacionamento com Ele envolve a busca diária. [pode repetir isso depois de mim? O plano de Deus para nosso relacionamento com Ele envolve a busca diária].
Erramos justamente aí: os israelitas no deserto (mesmo advertidos para não colher mais do que a porção diária do maná), alguns tentaram.
Porquê? Por puro comodismo... não precisar levantar cedo e ter o mesmo trabalho no dia seguinte (quando o sol se levantava, o maná derretia).
Mania de atalhos para todas as coisas. A área de maior progresso e avanço tecnológico é exatamente essa: simplificar tudo - fraldas descartáveis para bebês; temos o freezer, microondas, embalagem longa vida, telefone celular...
Não estou reclamando: mas transportamos idéia para o relacionamento com Deus: Os israelitas acharam que poderiam “driblar” a regra da busca diária. E nós também!
Não há como fazer estoque no que diz respeito à presença de Deus. Devemos buscá-lo a cada novo dia (o que experimentamos dEle num dia, não servirá para o dia seguinte).
POR ISSO DEUS ESPERA QUE VOCÊ BUSQUE POR SUA PALAVRA TODOS OS DIAS, POR QUE:
ELE É O SEU MANANCIAL
O princípio ensinado por Jeremias – através dele Deus repreendeu o povo por não praticar um princípio essencial no relacionamento com Ele: o de reconhecê-lo como manancial de águas vivas.
Veja Jr 2.13: “O meu povo cometeu dois crimes: eles me abandonaram, a mim, a fonte [o manancial] de água viva; e cavaram as suas próprias cisternas, cisternas rachadas que não retêm a água”.
Não havia água encanada. O povo dependia dos mananciais. Entretanto, pelo comodismo de não precisar buscar água todos os dias na fonte, as pessoas passaram a usar cisternas (a cisterna era um reservatório de água de chuva, e era muito prática... evitava o trabalho de ir à fonte).
Diferença na qualidade da água proveniente da fonte e do poço?
Mas o que Deus está dizendo não é algo ligado à qualidade da água, mas ao fato de que, espiritualmente falando, as cisternas não funcionam: Deus chamou as cisternas que seu povo vinha cavando de “rachadas”, que não podiam reter as águas. Portanto, nesta comparação que o Senhor faz, a conclusão é única: quem bebe da fonte tem a água, enquanto que quem tenta a cisterna acaba ficando sem água!
Achamos que é possível “driblar” o princípio da leitura diária da Palavra de Deus e tentamos “encher nosso reservatório” nos cultos. Há pessoas que durante toda a semana não oram e nem lêem a Bíblia, mas acham que um culto é suficiente para mantê-las abastecidas... não dá. Era disto que Deus falava.
Porque preferimos encher cisterna em vez de ir diariamente à fonte? Talvez por mero comodismo, mas o fato é que temos falhado numa área vital de nosso relacionamento com o Pai Celeste. Ninguém sobrevive de estoque em sua vida espiritual. Não existe uma espécie de “crente-camelo” que enche o tanque e agüenta quarenta dias no deserto!
Essa área da vida precisa ser ordenada. Não há nada que nos leve a estar mais próximos de Deus do que o relacionamento diário.
A idéia de beber da fonte na Bíblia – (serve para cultivar em nós a mentalidade correta do nosso relacionamento com Ele) – quero ler alguns textos:
Jo 4:10,13,14: “Respondeu-lhe Jesus: Se tivesses conhecido o dom de Deus e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe terias pedido e ele te haveria dado água viva. Replicou-lhe Jesus: Todo o que beber desta água tornará a ter sede; mas aquele que beber da água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que jorre para a vida eterna”.
Jo 7:37,38: “Ora, no último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crê em mim, como diz a escritura, do seu interior correrão rios de água viva”.
Ap 7:11: “Pois o Cordeiro que se encontra no meio do trono os apascentará e os guiará para as fontes da água da vida. E Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima”.
Ap 22:17: “O Espírito e a noiva dizem: Vem. Aquele que ouve diga: Vem”.
DEUS ESPERA QUE VOCÊ BUSQUE POR SUA PALAVRA TODOS OS DIAS, POR QUE:
VOCÊ PRECISA DE TEMPO AOS PÉS DO SENHOR
Agradar a Deus com trabalho, mas o mais importante para Ele é quando nos assentamos aos seus pés. Nosso serviço é importante, mas estar com o Senhor, gastar tempo em sua presença é muito mais. Além de que, depois de um tempo de comunhão com Ele, o serviço se torna mais eficiente.
Observe um episódio que Deus fez questão que fosse registrado para nosso ensino, Lc 11.38-42: “Ora, quando iam de caminho, entrou Jesus numa aldeia; e certa mulher, por nome Marta, o recebeu em sua casa. Tinha esta uma irmã chamada Maria, a qual, sentando-se aos pés do Senhor, ouvia a sua palavra.
Marta, porém, andava preocupada com muito serviço; e aproximando-se, disse: Senhor, não se te dá que minha irmã me tenha deixado servir sozinha? Dize-lhe, pois, que me ajude. Respondeu-lhe o Senhor: Marta, Marta, estás ansiosa e perturbada com muitas coisas; entretanto poucas são necessárias, ou mesmo uma só; e Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada.”
Marta corria, Maria estava aos pés do Senhor. Todos conhecemos a história, mas fazemos questão de permitir que ela continue se repetindo...
Compromissos diários, agenda cheia, como fazer tudo. Preocupamo-nos com coisas que não mereciam tanta atenção. Deixamos que o “urgente” tome o lugar do “importante”.
Sei como é isto. Mas tenho aprendido a investir tempo com Deus, por princípio bíblico tenho forçado meu comportamento a se ajustar ao de Maria.
Ninguém tem o direito de se desculpar dizendo: - “Este é o meu jeito de ser”! Se Deus nos fizesse de modo diferente uns dos outros no que diz respeito a buscá-lo, estaria sendo injusto conosco; estaria dando a um, condições de agradá-lo e a outro não (não é questão de temperamento, mas de comportamento). Precisamos aprender as prioridades corretas para crescer espiritualmente. Falta de tempo com Deus é o maior obstáculo ao crescimento do crente.
Tão cegos no comportamento errado que até convencer Deus de que estamos certos. Marta foi pedir a Jesus que fizesse Maria se levantar; tentou convencer Jesus da importância de sua “correria”.
De modo semelhante, muitas vezes estamos errados e tentamos nos convencer (e aos outros) do contrário.
Palavras de Jesus são muito fortes: “...poucas coisas são necessárias, ou mesmo uma só...” O que Ele estava dizendo a Marta? Que de toda a nossa correria, poucas coisas são realmente uma necessidade.
Muito do que julgamos ser necessário, na verdade não é - criamos necessidades: quem não tem TV “precisa” de uma; quem tem TV de 14 polegadas, “precisa” uma de 20; quem tem de 20 polegadas, “precisa” de 29, e a coisa nunca para! Quem não possui um telefone celular “precisa”, mas depois que já o tem, “precisa” trocá-lo por outro modelo!
O Senhor Jesus declarou: “poucas coisas são necessárias, ou mesmo uma só”.
Jesus estava dizendo: - “Pode enxugar sua agenda que a maioria de seus compromissos não são assim tão importantes. E se tiver que escolher uma única coisa para fazer, fique em minha presença”.
Há coisas que não precisam acontecer naquele momento. Por exemplo: assistir ao noticiário. Precisamos mesmo? Filme...
Você pode se questionar sobre muita coisa que faz... se tivesse que tirar tudo e deixar o mais importante, a única coisa que verdadeiramente deveria restar é esta: estar aos pés do Senhor.
Um servo de Deus, tinha como princípio de vida: Não ler o jornal do dia sem antes ler a Bíblia.
Naquele livro “Como Estudar a Bíblia Sozinho”, o autor propõe: “Sem Bíblia não haverá o café”.
O grande missionário Hudson Taylor, costumava dizer: “Escolha para comungar com seu Deus a melhor hora do seu dia”. Algumas pessoas acordam cedo... outros tarde... algumas são como galos, outras são corujas... VOCÊ PRECISA DE TEMPO AOS PÉS DO SENHOR
DEUS ESPERA QUE VOCÊ BUSQUE POR SUA PALAVRA TODOS OS DIAS, PORQUE
ESTA É A ÚNICA FORMA DE VOCÊ GANHAR A EXCELÊNCIA
A falta de tempo com Deus nos impede de servi-lo melhor (obcecados por fazer, fazer e fazer, mas quando investimos tempo a sós com o Senhor, aumentamos o proveito do serviço depois).
Veja este princípio bíblico: "Se o machado está cego e sua lâmina não foi afiada, é preciso golpear com mais força; agir com sabedoria assegura o sucesso”.
Salomão: não apenas um princípio natural, mas fundamento espiritual: afiar o corte do machado no rachar lenhas torna o trabalho mais eficaz, também o contato diário com a Palavra de Deus tornará nosso andar mais frutífero.
Machado cego, sem corte, mais força e energia em seu trabalho, mais do seu tempo (mas afiando terá economizado tempo e energia).
O povo de Deus precisa aprender urgentemente esta lição! o tempo gasto com a Palavra é o machado sendo afiado. Se economizarmos nesta prática...
Dependemos de Deus. Um visitante estava admirando uma fazenda bem cuidada de um amigo. “Deus e você fizeram um belo trabalho neste lugar”, comentou o visitante. “ Estou admirado como tudo está bonito”. O fazendeiro respondeu rispidamente: “Você deveria tê-lo visto quando Deus cuidava dela sozinho.
Não era nada mais do que carvalho mirrado e amoreiras silvestres”. Todos ouvimos este rebaixamento da divindade, e talvez tenhamos notado a brecha no raciocínio do fazendeiro. Quando Deus cuidava, ele mesmo, do mundo, ele era “muito bom” (Gênesis 1:31). O homem é quem fez a desordem em todas as coisas. Em todo lugar, as populações estão explodindo.
Fazendeiros estão cortando e queimando florestas para fazer plantação numa terra que só permanece fértil por pouco tempo, antes de se tornar deserta. O mau uso está arruinando a terra.
A fome está no mundo porque o homem governa as coisas a seu modo ignorante, egoísta. O cristão sabe disto, e reconhece sua dependência de Deus. É Deus quem dará a capacidade para ganhar, a possibilidade de germinação e o crescimento das plantações, e a habilidade para destruir.
Ainda que possamos trabalhar com nossas mãos (Efésios 4:28), entendemos que nosso trabalho não apaga a realidade da dádiva de Deus. “Se o Senhor quiser, não só viveremos, como também faremos isto ou aquilo” (Tg 4:13-17).
Dependemos de Deus diariamente. O Israel antigo recebia o maná diariamente. Isto era para humilhá-los e prová-los. Deus queria que eles aprendessem que eram dependentes dele.
O homem vive “de tudo o que procede da boca do Senhor” (Dt 8:2-3). Israel fracassou miseravelmente em aprender a lição. Sua descrença e falta de confiança em Deus fizeram com que fossem ignorantes do propósito de Deus.
Ouçam o ponto de vista deles sobre o propósito de Deus.“E por que nos traz o Senhor a esta terra, para cairmos à espada e para que nossas mulheres e nossas crianças sejam por presa?” (Nm 14:3). Se eles tivessem reconhecido e apreciado o cuidado diário de Deus, não teriam deixado de entender a meta final de Deus.
Nossa abundância de boas coisas faz-nos deixar de apreciar o cuidado diário de Deus. Tornamo-nos cristãos mimados. Somos iguais à criança do segundo ano escolar que se queixava por não ter um aparelho pessoal de televisão e de telefone. “Todos os meus amigos os têm em seus quartos”, ela reclama.
Nossa abundância fez com que víssemos luxos como necessidades. A maioria de nós não sabe nada de pobreza. Nunca duvidamos do aparecimento de nossa próxima refeição, nem tememos o frio por causa de nossas roupas esfarrapadas. A idéia de “pão de cada dia” fornecido “neste dia” é estranha a nós.
Um menino da Tailândia vivia comigo quando cursava o ensino médio. Sua mãe o abandonou depois de trazê-lo a este país. Quando era um jovem banco de praça, ele pedia esmolas. Tudo o que era posto na sua tigela era o que ele comia naquele dia. Seu pão vinha numa base diária. Vivemos na mesma base. Ainda que tenhamos três refeições por dia, uma lavadora de pratos, dois carros, uma casa de verão, isso pode ir embora amanhã.
“Observaste o meu servo Jó?” Jó conhecia a pobreza. Ele tinha bois arando, servos servindo, ovelhas sendo criadas, camelos trabalhando, filhos e filhas regozijando e tinha boa saúde. Em um dia tudo se foi (Jó 16:22). Dependemos de Deus diariamente.
Dependemos de Deus diariamente para o pão. Oramos por tais preocupações espirituais como perdão, crescimento espiritual, e pelo irmão arrependido. Assim é que deveria ser, mas vemos nossa dependência de Deus para as necessidades físicas? Deus supriu Elias de alimento e repouso (1 Reis 19:48).
Ele deu a Paulo passagem segura para Roma, apesar de uma tempestade, sua vida sendo ameaçada pelos soldados, por um naufrágio, e ao ser mordido por uma serpente (Atos 27; 28). Deus está interessado em nosso bem-estar físico, assim como nosso progresso espiritual. Certamente nosso “pão de cada dia” está incluído na “toda boa dádiva” (Tg 1:17).
Sim, é pelo pão diário que oramos, porque é pela graça de Deus que comemos e vivemos cada dia. Entendendo nossa total dependência de Deus, estamos contentes “tendo sustento e com que nos vestir” (1 Tm 6:8).
Mas você terá excelência se buscar a Deus!
O maná se não fosse colhido logo cedo, se derretia com o Sol. Em outras palavras, ou a pessoa começava seu dia com aquela atividade prioritária, ou acabava ficando sem ele.
Com nosso devocional não deve ser diferente. Jesus nos deixou o exemplo: Deus espera que você busque por Sua Palavra todos os dias:
Por que Ele é seu manancial. Você precisa. É a única forma de você prosperar.
Que Deus nos abençoe e nos guarde em nome de Jesus, amém!
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