quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Biografia de Jorge (George) Müller

Por: Jânio Santos de Oliveira
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias- Rio de Janeiro


Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus a Paz do Senhor.

Eu postei ontem duas mensagens contendo a biografia de Martinho Lutero e as 95 teses por ele proclamada; observei certo desinteresse dos internautas por um assunto tão importante para todos nós, já que coube a ele promover a reforma da Igreja em detrimento às indulgências. Já a matéria “o vento sopra onde quer” obteve o maior sucesso com mais de 200 acessos em 3 dias; que bom. Mas quero insistir convosco em apresentar-lhes a biografia de um homem que leu a Bíblia 200 vezes sendo que em 100 delas ele a leu de joelhos; ele teve 50.000 orações respondidas... Estou falando de Jorge (George) Müller. Vamos acompanhar.

Jorge (George) Müller

Apóstolo da fé
(1805-1898)
Fonte: Heróis da Fé
"Pela fé, Abel... Pela fé, Noé... Pela fé, Abraão..." Assim é que o Espírito Santo conta as incríveis proezas que Deus fez por intermédio dos homens que ousavam confiar unicamente nele. Foi no século XIX que Deus acrescentou o seguinte a essa lista: "Pela fé, Jorge Müller levantou or¬fanatos, alimentou milhares de órfãos, pregou a milhões de ouvintes em redor do globo e ganhou multidões de almas para Cristo".

Jorge Müller nasceu em 1805, de pais que não conheciam a Deus. Com a idade de dez anos, foi enviado a uma universidade, a fim de preparar-se para pregar o Evangelho, não, porém, com o alvo de servir a Deus, mas para ter uma vida cômoda. Gastou esses primeiros anos de estudo nos mais desenfreados vícios, chegando, certa vez, a ser preso por vinte e quatro dias. Jorge, uma vez solto, esforçava-se nos estudos, levantando-se às quatro da manhã e estudando o dia inteiro até as dez da noite. Tudo isso, porém, ele fazia para alcançar uma vida descansada de pregador.

Aos vinte anos de idade, contudo, houve uma completa transformação na vida desse moço. Assistiu a um culto onde os crentes, de joelhos, pediam que Deus fizesse cair sua bênção sobre a reunião. Nunca se esqueceu desse culto, em que viu, pela primeira vez, crentes orando ajoelhados; ficou profundamente comovido com o ambiente espiritual a ponto de buscar também a presença de Deus, cos¬tume esse que não abandonou durante o resto da vida.

Foi nesses dias, depois de sentir-se chamado para ser missionário, que passou dois meses hospedado no famoso orfanato de A. H. Frank. Apesar de esse fervoroso servo de Deus, o senhor Frank, ter morrido quase cem anos antes (em 1727), o seu orfanato continuava a funcionar com as mesmas regras de confiar inteiramente em Deus para todo o sustento. Mais ou menos ao mesmo tempo em que Jorge Müller hospedou-se no orfanato, certo dentista, o se¬nhor Graves, abandonou as Suas atividades que lhe davam um salário de 7.500 dólares por ano, a fim de ser missioná¬rio na Pérsia, confiando só nas promessas de Deus para suprir todo o seu sustento. Foi assim que Jorge Müller, o novo pregador, recebeu nessa visita a inspiração que o levou mais tarde a fundar seu orfanato sobre os mesmos princípios. Logo depois de abandonar sua vida de vícios, para andar com Deus, chegou a reconhecer o erro, mais ou menos universal, de ler muito acerca da Bíblia e quase nada da Bíblia. Esse livro tornou-se a fonte de toda a sua inspiração e o segredo do seu maravilhoso crescimento espiritual. Ele mesmo escreveu: "O Senhor me ajudou a abandonar os comentários e a usar a simples leitura da Palavra de Deus como meditação. O resultado foi que, quando, a primeira noite, fechei a porta do meu quarto para orar e meditar sobre as Escrituras, aprendi mais em poucas horas do que antes durante alguns meses." E acrescentou: "A maior di¬ferença, porém, foi que recebi, assim, força verdadeira para a minha alma". Antes de falecer, disse que lera a Bíblia inteira cerca de duzentas vezes; cem vezes o fez estando de joelhos.

Quando estava ainda no seminário, nos cultos domésticos de noite com os outros alunos, freqüentemente continuou orando até a meia-noite. De manhã, ao acordar, chamava-os de novo para a oração, às seis horas.

Certo pregador, pouco tempo antes da morte de Jorge Müller, perguntou-lhe se orava muito. A resposta foi esta: "Algumas horas todos os dias. E ainda, vivo no espírito de oração; oro enquanto ando, enquanto deitado e quando me levanto. Estou constantemente recebendo respostas. Uma vez persuadido de que certa coisa é justa, continuo a orar até a receber. Nunca deixo de orar!... Milhares de almas têm sido salvas em respostas às minhas orações... Espero encontrar dezenas de milhares delas rio Céu... O grande ponto é nunca cansar de orar antes de receber a resposta. Tenho orado 52 anos, diariamente, por dois homens, filhos dum amigo da minha mocidade. Não são ainda convertidos, porém, espero que o venham a ser. - Como pode ser de outra forma? Há promessas inabaláveis de Deus e sobre elas eu descanso".

Não muito antes de seu casamento, não se sentia bem com o costume de salário fixo, preferindo confiar em Deus em vez de confiar nas promessas dos irmãos. Deu sobre isso as três seguintes razões:

1) "Um salário significa uma importância designada, geralmente adquirida do aluguel dos bancos. Mas a vontade de Deus não é alugar bancos (Tiago 2.1-6)".
2) "O preço fixo dum assento na igreja, às vezes, é pesado demais para alguns filhos de Deus e não quero colocar o menor obstáculo no caminho do progresso espiritual da igreja".
3) "Toda a idéia de alugar os assentos e ter salário torna-se tropeço para o pregador, levando-o a trabalhar mais pelo dinheiro do que por razões espirituais".

Jorge Müller achava quase impossível ajuntar e guardar dinheiro para qualquer imprevisto, e não ir direto a Deus. Assim o crente confia no dinheiro em caixa, em vez de confiar em Deus.

Um mês depois de seu casamento, colocou uma caixa no salão de cultos e anunciou que podiam deitar lá as ofer¬tas para o seu sustento e que, daí em diante, não pediria mais nada, nem a seus amados irmãos; porque, como ele disse, "Sem me aperceber, tenho sido levado a confiar no braço de carne, mas o melhor é ir diretamente ao Senhor” O primeiro ano findou com grande triunfo e Jorge Müller disse aos irmãos que, apesar da pouca fé ao come¬çar, o Senhor tinha ricamente suprido todas as suas necessidades materiais e, o que foi ainda mais importante, tinha-lhe concedido o privilégio de ser um instrumento na sua obra. O ano seguinte foi, porém, de grande provação, porque muitas vezes não lhe restava nem um xelim. E Jorge Müller acrescenta que no momento próprio a sua fé sempre foi recompensada com a chegada de dinheiro ou alimentos. Certo dia, quando só restavam oito xelins, Müller pe¬diu ao Senhor que lhe desse dinheiro. Esperou muitas horas sem qualquer resposta. Então chegou uma senhora e perguntou: - "O irmão precisa de dinheiro?" Foi uma grande prova da sua fé, porém, o pastor respondeu: - "Minha irmã, eu disse aos irmãos, quando abandonei meu salário, que só informaria o Senhor a respeito das minhas necessidades". - "Mas", respondeu a senhora, "Ele me disse que eu lhe desse isto", e colocou 42 xelins na mão do pregador.

Outra vez passaram-se três dias sem terem dinheiro em casa e foram fortemente assaltados pelo Diabo, a ponto de quase resolverem que tinham errado em aceitar a doutrina de fé nesse sentido. Quando, porém, voltou ao seu quarto achou 40 xelins que uma irmã deixara. E ele acrescentou então: "Assim triunfou o Senhor e nossa fé foi fortalecida". Antes de findar o ano, acharam-se de novo inteiramente sem dinheiro, num dia em que tinham de pagar o aluguel. Pediram a Deus e o dinheiro foi enviado. Nessa ocasião, Jorge Müller fez para si a seguinte regra da qual nunca mais se desviou: "Não nos endividaremos, porque achamos que tal coisa não é bíblica (Romanos 13.8), e assim não teremos contas a pagar. Somente compraremos o que pudermos, tendo o dinheiro em mãos, assim sempre sabe¬remos quanto realmente possuímos e quanto temos o direito de gastar".

Deus, assim, gradualmente treinava o novo pregador a confiar nas suas promessas. Estava tão certo da fidelidade das promessas da Bíblia, que não se desviou, durante os longos anos da sua obra no orfanato, da resolução de não pedir ao próximo, e de não se endividar.
Outro segredo que o levou a alcançar tão grande bênção de confiarem Deus, foi a sua resolução de usar o dinheiro que recebia somente para o fim a que fora destinado. Essa regra nunca infringiu, nem para tomar emprestado de tais fundos, apesar de se ter achado milhares de vezes face a face com as maiores necessidades.

Nesses dias, quando começou a provar as promessas de Deus, ficou comovido pelo estado dos órfãos e pobres crianças que encontrava nas ruas. Ajuntou algumas dessas crianças para comer consigo às oito horas da manhã e a seguir, durante uma hora e meia, ensinava-lhes as Escrituras. A obra aumentou rapidamente. Quanto mais crescia o número para comer, tanto mais recebia para alimentá-las até se achar cuidando de trinta a quarenta menores.

Ao mesmo tempo, Jorge Müller fundou a Junta para o Conhecimento das Escrituras na Nação e no Estrangeiro. O alvo era: 1) Auxiliar as escolas bíblicas e as escolas dominicais. 2) Espalhar as Escrituras. 3) Aumentar a obra missionária. Não é necessário acrescentar que tudo foi feito com a mesma resolução de não se endividar, mas sempre pedir a Deus, em secreto, todo o necessário.

Certa noite, quando lia a Bíblia, ficou profundamente impressionado com as palavras: "Abre bem a tua boca, e ta encherei" (Salmo 81.10). Foi levado a aplicar essas palavras ao orfanato, sendo-lhe dada a fé de pedir mil libras ao Senhor; também pediu que Deus levantasse irmãos com qualificação para cuidar das crianças. Desde aquele mo¬mento, esse texto (Salmo 81.10), serviu-lhe como lema e a promessa se tornou em poder que determinou todo o curso da sua vida.

Deus não demorou muito a dar a sua aprovação de alu¬gar uma casa para os órfãos. Foi apenas dois dias depois de começar a pedir, que ele escreveu no seu diário: "Hoje recebi o primeiro xelim para a casa dos órfãos".

Quatro dias depois foi recebida a primeira contribuição de móveis: um guarda-roupa; e uma irmã ofereceu dar seus serviços para cuidar dos órfãos. Jorge Müller escreveu naquele dia que estava alegre no Senhor e confiante em que Ele ia completar tudo.

No dia seguinte, Jorge Müller recebeu uma carta com estas palavras: "Oferecemo-nos para o serviço do orfanato, se o irmão achar que temos as qualificações. Oferecemos também todos os móveis, etc, que o Senhor nos tem dado. Faremos tudo isto sem qualquer salário, crendo que, se for a vontade do Senhor usar-nos, Ele suprirá todas as nossas necessidades". Desde aquele dia, nunca faltaram, no orfanato, auxiliares alegres e devotados, apesar de a obra au¬mentar mais depressa do que Jorge Müller esperava. Três meses depois, foi que conseguiu alugar uma grande casa e anunciou a data da inauguração do orfanato para o sexo feminino. No dia da inauguração, porém, ficou desapontado: nenhuma órfã foi recebida. Somente depois de chegar a casa é que se lembrou de que não as tinha pedido. Naquela noite humilhou-se rogando a Deus o que anelava. Ganhou a vitória de novo, pois veio uma órfã no dia seguinte. Quarenta e duas pediram entrada antes de findar o mês, e já havia vinte e seis no orfanato.

Durante o ano, houve grandes e repetidas provas de fé. Aparece, por exemplo, no seu diário: "Sentindo grande necessidade ontem de manhã, fui dirigido a pedir com insistência a Deus e, em resposta, à tarde, um irmão deu-me dez libras". Muitos anos antes da sua morte, afirmou que, até aquela data, tinha recebido da mesma forma 5.000 vezes a resposta, sempre no mesmo dia em que fazia o pedido.

Era seu costume, e recomendava também aos irmãos, guardar um livro. Numa página assentava seu pedido com a data e no lado oposto a data em que recebera a resposta. Dessa maneira, foi levado a desejar respostas concretas aos seus pedidos e não havia dúvida acerca dessas respostas. Com o aumento do orfanato e do serviço de pastorear os quatrocentos membros de sua igreja, Jorge Müller achou-se demasiadamente ocupado para orar. Foi nesse tempo que chegou a reconhecer que o crente podia fazer mais em quatro horas, depois de uma em oração, do que em cinco sem oração. Essa regra ele a observou fielmente durante 60 anos. Quando alugou a segunda casa, para os órfãos de sexo masculino, disse: "Ao orar, estava lembrado de que pedia a Deus o que parecia impossível receber dos irmãos, mas que não era demasiado para o Senhor conceder". Ele orava com noventa pessoas sentadas às mesas: "Senhor, olha para as necessidades de teu servo..." Essa foi uma oração a que Deus abundantemente respondeu. Antes de morrer, testificou que, pela fé, alimentava 2.000 órfãos, e nenhuma refeição se fez com atraso de mais de trinta minutos.

Muitas pessoas perguntavam a Jorge Müller como con¬seguia ele saber a vontade de Deus, pois não fazia nada sem primeiro ter a certeza de ser da vontade do Senhor. Ele respondia:

1) "Procuro manter o coração em tal estado que ele não tenha qualquer vontade própria no caso. De dez problemas, já temos a solução de nove, quando conseguimos ter um coração entregue para fazer a vontade do Senhor, seja essa qual for. Quando chegamos verdadeiramente a tal ponto, estamos, quase sempre, perto de saber qual é a sua vontade.

2) "Tenho o coração entregue para fazer a vontade do Senhor, não deixo o resultado ao mero sentimento ou a uma simples impressão. Se o faço, fico sujeito a grandes enganos.

3) "Procuro a vontade do Espírito de Deus por meio da sua Palavra. É essencial que o Espírito e a Palavra acom¬panhem um ao outro. Se eu olhar para o Espírito, sem a Palavra, fico sujeito, também, a grandes ilusões.

4) "Depois considero as circunstâncias providenciais. Essas, ao lado da Palavra de Deus e do seu Espírito, indi¬cam claramente a sua vontade.

5) "Peço a Deus em oração que me revele sua própria vontade.

6) "Assim, depois de orar a Deus, estudar a Palavra e refletir, chego à melhor resolução deliberada que posso com a minha capacidade e conhecimento; se eu continuar a sentir paz, no caso, depois de duas ou três petições mais, sigo conforme essa direção. Nos casos mínimos e nas tran¬sações da maior responsabilidade, sempre acho esse método eficiente".Jorge Müller, três anos antes da sua morte, escreveu: "Não me lembro, em toda a minha vida de crente, num período de 69 anos, de que eu jamais buscasse, sinceramente e com paciência, saber a vontade de Deus pelo ensinamento do Espírito Santo por intermédio da Palavra de Deus, e que não fosse guiado certo. Se me faltava, porém, sinceramente de coração e pureza perante Deus, ou se eu não olhava para Deus, com paciência pela direção, ou se eu preferia o conselho do próximo ao da Palavra do Deus vivo, então errava gravemente".

Sua confiança no "Pai dos órfãos" era tal, que nem uma só vez recusou aceitar crianças no orfanato. Quando lhe perguntavam porque assumira o encargo do orfanato, respondeu que não fora apenas para alimentar os órfãos material e espiritualmente, mas "o primeiro objetivo bási¬co do orfanato era - afirmava -, e ainda é, que Deus seja magnificado pelo fato de que os órfãos sob os meus cuida¬dos foram e estão sendo supridos de todo o necessário, so¬mente por oração e fé, sem eu nem meus companheiros de trabalho pedirmos ao próximo; por isso mesmo se pode ver que Deus continua fiel e ainda responde às nossas ora¬ções".

Em resposta a muitos que queriam saber como o crente pode adquirir tão grande fé, deu as seguintes regras:

1) Lendo a Bíblia e meditando sobre o texto lido, chega-se a conhecer a Deus, por meio de oração.

2) Procurar manter um coração íntegro e uma boa consciência.

3) Se desejamos que a nossa fé cresça, não devemos evitar aquilo que a prove e por meio do que ela seja fortalecida. "Ainda mais um ponto: para que a nossa fé se fortaleça, é necessário que deixemos Deus agir por nós ao chegar a hora da provação, e não procurar a nossa própria libertação. "Se o crente desejar grande fé, deve dar tempo para Deus trabalhar."

Os cinco prédios construídos de pedras lavradas e situados em Ashley Hill, Bristol, Inglaterra, com 1.700 janelas e lugar para acomodar mais de 2.000 pessoas, são teste¬munhas atuais dessa grande fé de que ele escreveu.

Cada uma dessas dádivas (devemo-nos lembrar) Jorge Müller lutou com Deus em oração para obter; orou com alvo certo e com perseverança, e Deus lhe respondeu. São de Jorge Müller estas palavras: "Muitas repetidas vezes tenho-me encontrado em posição muito difícil, não só com 2.000 pessoas comendo diariamente às mesas, mas também com a obrigação de atender a todas as demais despesas, estando a nossa caixa com os fundos esgotados. Havia ainda 189 missionários para sustentar, cerca de 100 colégios com mais ou menos 9.000 alunos, além de 4.000.000 de tratados para distribuir, tudo sob nossa res¬ponsabilidade, sem que houvesse dinheiro em caixa para as despesas".

Certa vez o doutor A. T. Pierson foi hóspede de Jorge Müller no seu orfanato. Uma noite, depois que todos se deitaram, Jorge Müller o chamou para orar dizendo que não havia coisa alguma em casa para comer. O doutor Pierson quis lembrar-lhe que o comércio estava fechado, mas Jorge Müller bem sabia disso. Depois da oração deitaram-se, dormiram e, ao amanhecer, a alimentação já estava suprida e em abundância para 2.000 crianças. Nem o doutor Pierson, nem Jorge Müller chegaram a saber como a alimentação foi suprida. A história foi contada naquela manhã, ao senhor Simão Short, sob a promessa de guardá-la em segredo até o dia da morte do benfeitor. O Senhor despertara essa pessoa do sono, à noite, e mandara que le¬vasse alimentos suficientes para suprir o orfanato durante um mês. E isso sem a pessoa saber coisa alguma da oração de Jorge Müller e do doutor Pierson!

Com a idade de 69 anos Jorge Müller iniciou suas viagens, nas quais pregou centenas de vezes em quarenta e duas nações, a mais de três milhões de pessoas. Recebeu, em resposta às suas orações, tudo de Deus para pagar as grandes despesas. Mais tarde, ele escreveu: "Digo com razão: Creio que eu não fui dirigido a nenhum lugar onde não houvesse prova evidente de que o Senhor me mandara para lá". Ele não fez essas viagens com o plano de solicitar dinheiro para a junta; não recebeu o suficiente nem para as despesas de doze horas da junta. Segundo as suas palavras, o alvo era "que eu pudesse, por minha experiência e conhecimento das coisas divinas, comunicar uma bênção aos crentes... E que “eu pudesse pregar o Evangelho aos que não conheciam o Senhor”.

Assim escreveu ele sobre um seu problema espiritual: "Sinto constantemente a minha necessidade... Nada posso fazer sozinho, sem cair nas garras de Satanás. O orgulho, a incredulidade ou outros pecados me levariam à ruína. Sozinho não permaneço firme um momento. Que nenhum leitor pense que devido à minha dedicação, eu não me pos¬sa ‘inchar‘ ou me orgulhar, ou que eu não possa descrer de Deus!"

O estimado evangelista, Carlos Inglis, contou a respeito de Jorge Müller:

"Quando vim pela primeira vez à América, faz trinta e um anos, o comandante do navio era devoto tal que jamais conheci. Quando nos aproximamos da Terra Nova, ele me disse: ‘Sr. Inglis, a última vez que passei aqui, há cinco semanas, aconteceu uma coisa tão extraordinária que foi a causa de uma transformação de toda a minha vida de cren¬te. Até aquele tempo eu era um crente comum. Havia a bordo conosco um homem de Deus, o senhor Jorge Müller, de Bristol. Eu tinha passado 22 horas sem me afastar da ponte de comando, nem por um momento, quando fui as¬sustado por alguém que me tocou no ombro. Era o senhor Jorge Müller. Houve, então, entre nós o seguinte diálogo:

- Comandante - disse o senhor Müller, - vim dizer-lhe que tenho de estar em Quebec no sábado, à tarde.

Era quarta-feira.

- Impossível - respondi.

- Pois bem, se seu navio não pode levar-me, Deus acha¬rá outro meio de transporte. Durante 57 anos nunca deixei de estar no lugar à hora em que me achava comprometido.

- Teria muito prazer em ajudá-lo, mas o que posso fazer? - Não há meios!

- Vamos aqui dentro para orar - sugeriu.

Olhei para aquele homem e disse a mim mesmo: ‘De qual casa de doidos escapou este?‘ Nunca eu ouvira al¬guém falar desse modo.

- Sr. Müller, o senhor vê como é espessa esta neblina.

- Não - respondeu ele - os meus olhos não estão na neblina, mas no Deus vivo que governa todas as circunstâncias da minha vida.

O senhor Müller caiu de joelhos e orou da forma mais simples possível. Eu pensei: ‘É uma oração como a de uma criança de oito ou nove anos‘. Foi mais ou menos assim que ele orou: ‘Ó Senhor, se for da tua vontade, retira esta neblina dentro de cinco minutos. Sabes como me comprometi a estar em Quebec no sábado. Creio ser isso a tua vontade. "

Quando ele findou, eu queria orar também, mas o senhor Müller pôs a sua mão no meu ombro e pediu que não o fi¬zesse, dizendo:

- Comandante, primeiro o senhor não crê que Deus faça isso, e, em segundo lugar, eu creio que Ele já o fez. Não há, pois, qualquer necessidade de o senhor orar nesse sentido. Conheço, comandante, o meu Senhor há cinqüen¬ta e sete anos e não há dia em que eu não tenha audiência com Ele. Levante-se, por favor, abra a porta e verá que a neblina já desapareceu.

Levantei-me, olhei, e a neblina havia desaparecido. No sábado, à tarde, Jorge Müller estava em Quebec.‘" Para o ajudar a levar a carga dos orfanatos e a apro¬priar-se das promessas de Deus em oração, lado a lado com ele, Jorge Müller tinha consigo, havia quase quarenta anos, uma esposa sempre fiel. Quando ela faleceu, milhares de pessoas assistiram ao seu enterro, das quais cerca de 1.200 eram órfãos. Ele mesmo, fortalecido pelo Senhor, conforme confessou dirigiu os cultos fúnebres no templo e no cemitério.

Com a idade de 90 anos pregou o sermão fúnebre da segunda esposa, como o fizera na morte da primeira. Uma pessoa que assistiu a esse enterro, assim se expressou: -"Tive o privilégio, sexta-feira, de assistir ao enterro da senhora Müller... e presenciar um culto simples, que foi, talvez, pelas suas peculiaridades, o único na história do mundo: Um venerável patriarca preside ao culto do início ao fim. Com a idade de noventa anos, permanece ainda cheio daquela grande fé que o tem habilitado a alcançar tanto, e que o tem sustentado em emergência, problemas e traba¬lhos duma longa vida...”

No ano de 1898, com a idade de noventa e três anos, na última noite antes de partir para estar com Cristo, sem mostrar sinal de diminuição de suas forças físicas, deitou-se como de costume. Na manhã do dia seguinte foi "chamado", na expressão de um amigo ao receber as notícias que assim explicam a partida: "O querido ancião Müller desapareceu de nosso meio para o Lar, quando o Mestre abriu a porta e o chamou ternamente, dizendo: ‘Vem! ‘“

Os jornais publicaram, meio século depois da sua morte, a seguinte notícia: "O orfanato de Jorge Müller, em Bristol, permanece como uma das maravilhas do mundo. Desde a sua fundação, em 1836, a cifra que Deus tem concedido, unicamente em resposta às orações, sobe a mais de vinte milhões de dólares e o número de órfãos ascende a 19.935. Apesar de os vidros de cerca de 400 janelas terem sido partidos recentemente por bombas (na segunda guerra mundial), nenhuma criança e nenhum auxiliar foi ferido". Esta é na integra um pouco da biografia deste tão ilustre personagem que seve de modelo e paradigma para todos nós. Que possamos seguir os seus passos e permanecemos olhando para Jesus o autor e consumador da Fé (Hb 121,2). Que o Senhor nos abençoe e no guarde no seu imenso e grandioso amor, em nome de Jesus, Amém.

A importância de viver pela Fé

Por: Jânio Santos de Oliveira
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias- Rio de Janeiro



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A primeira vez que vemos essa afirmação: “O JUSTO VIVERÁ PELA FÉ” é em Habacuque 2:4. O contexto era de opressão e medo, ilegalidade e imoralidade. Os últimos quatro reis de Israel haviam sido homens ímpios que rejeitaram a Deus e oprimiram seu próprio povo. A Babilônia tornava-se a maior potência mundial e Judá logo sentiria sua força destrutiva.

“Pois não me envergonho do Evangelho, porque é o poder de Deus para asalvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego; visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé.” Romanos 1:16,17

Foi através desses versículos, lidos acima, que Matinho Lutero conseguiu entender que a salvação não vem através de obras e nem de méritos pessoais, mas da exclusiva graça de Deus, recebida através do evangelho, que transforma a vida dos ouvintes.

Alguém já disse que se a Bíblia se perdesse e se salvasse apenas o livro de Romanos, já se teria uma idéia do plano de Deus para a humanidade: a salvação das almas, através da obra vicária de Jesus Cristo, na cruz do calvário.

O livro de Romanos, escrito por Paulo, sintetiza de uma maneira maravilhosa a graça de Deus sobre a humanidade, o pecado generalizado, suas conseqüências, e a forma sábia que Deus usa para levar os homens a receberem a salvação, a serem redimidos, justificados, santificados, para um dia viverem com Ele na sua glória.

A grande ação de Deus que é inexplicável para a mente natural: Como pode um Deus justo, salvar um pecador, sem que ferisse a sua santidade? Como ser justo e ao mesmo justificador? Paulo descreve a solução de Deus para uma humanidade perdida, provendo um salvador e ao mesmo tempo sendo justo. “…pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos; tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, para ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus.” Romanos 3:23-26

Fé é crer que o sacrifico de Cristo é suficiente para a salvação.

A fé é simplesmente crer que somente e tão somente o sacrifício de Cristo é capaz de nos salvar.

Isso realmente exige fé. Pois você é convidado para jogar fora qualquer esforço para conseguir a salvação por seus próprios méritos.

Fé é crer que o sacrifício de Cristo é perfeito para a Salvação.

O ser humano sempre tenta melhorar um pouquinho aquilo que Deus já fez de forma perfeita. Mas o sacrifício de Cristo é perfeito. Não precisa ser melhorado.

Fé é crer que o sacrifício de Cristo foi único. Não é preciso outro sacrifício. Cristo morreu de uma vez por todas: Hb 9.11-12.

Charles Spurgeon compara A Salvação pela Graça com uma criança a qual você oferece uma fruta. Ela estende a mão para recebê-la porque você a mostrou e prometeu-lhe dar. “Aquilo que a mão da criança é para a fruta é a sua Fé para a Salvação perfeita de Cristo. A mão da criança não faz a fruta, nem a melhora, nem a merece, toma-a simplesmente.”

Fé é crer que a Obra de Cristo é a base da Salvação
A base da nossa salvação é a obra consumada de Cristo.
Há uma história que ilustra isso. Um homem morreu e foi para o céu. Perguntou-lhe o anjo: porque devo deixar você entrar aqui? A resposta correta: porque Cristo morreu por mim.

Lembremos que somos salvos pela Graça. Então, a Fé não é a causa da Salvação, mas o meio pelo qual nos apropriamos dela. Somos salvos pela Graça de Deus, mediante a Fé em Cristo: Ef 2.8.

Fé é a mão vazia, o meio pelo qual se recebe a graça de graça. Para você receber essa graça é necessário esvaziar a mão. Se a mão estiver cheia, é impossível receber o presente de Deus. Fé é o esvaziar-se do eu.

Calvino dizia que a Fé é um vaso: “a menos que esvaziemos e abramos a boca da alma para a Graça de Cristo, não seremos capazes de recebê-Lo.”

"E é evidente que, pela Lei, ninguém é justificado diante de Deus, porque o justo viverá pela Fé." Gl 3.11

A Fé é indispensável a todos que se doam ao Senhor, pois sem Fé é impossível agradar a Deus (Hb 11.6)

O que é viver pela Fé?

É "Perder a vida", nisto resume todas as demais definições.

Jesus disse: "... quem perder a sua vida por minha causa, achá-la-á." (Mt 16.25). Este é o grande segredo de viver pela Fé, perder a vida por Jesus! Deixando o pecado, que afasta o homem do Senhor (Gl 5.16-21).

Para viver pela Fé é necessário colocar-se em segundo plano, oferecendo o primeiro lugar para Deus. (Mt 6.33) Esta forma de vida, adquiri-se no convívio diário com o Mestre, observando os seus ensinamentos, desenvolvendo a comunhão, a justiça, o amor, a santidade etc. É indispensável ser sensível ao Espírito Santo e ouvi-Lo.

O viver pela Fé é uma realidade tão necessária quanto se alimentar; e não é privilégio de alguns, é dever de todos.

Disse Paulo:
"Cristo morreu por todos para que os que vivem não vivam mais para simesmo... Quando alguém está unido com Cristo, é uma nova pessoa, ascousas antigas passaram e se fizeram novas." (2 Co 5.15, 17)

Se você já é uma nova pessoa, viva diariamente na Fé em santidade e pureza e verás o que Deus faz através de homem que se santifica.

Existe aqueles que enxergam esta situação como uma grande aventura floreada e romantizada, entendem que é preciso abandonar tudo - trabalho, bens, cidade etc.- e ficar esperando confiante na graça de Deus, algo parecido com o acontecido ao profeta Elias, quando foi alimentado pelos corvos (1 Rs 17.1-7 ). É um entendimento errôneo da verdade e vontade de Deus, pois o viver pela fé é para todos, envolve as 24 horas do dia. Não é um mandamento direcionado especificamente a alguns que se acham chamados para o "ministério, obras missionárias, etc". Estes espelham-se em narrativas de homens que viveram uma situação diferente em suas vidas.Muitos descobrem esta realidade um pouco tarde e tornam-se blasfemos, murmuradores diante do Pai.

Lembre-se: "Viver pela Fé é uma questão de vida e é para todos!"

A simples Fé implica uma disposição de alma para confiar noutra pessoa. Difere de credulidade, porque aquilo em que a fé tem confiança é verdadeiro de fato, e, ainda que muitas vezes transcenda a nossa razão, não lhe é contrário. A credulidade, porém, alimenta-se de coisas imaginárias, e é cultivada pela simples imaginação. A fé difere da crença porque é uma confiança do coração e não apenas uma aquiescência intelectual. A fé religiosa é uma confiança tão forte em determinada pessoa ou princípio estabelecido, que produz influência na atividade mental e espiritual dos homens, devendo, normalmente, dirigir a sua vida. A fé é uma atitude, e deve ser um impulso.

A Fé cristã é uma completa confiança em Cristo, pela qual se realiza a união com o Seu Espírito, havendo a vontade de viver a vida que Ele aprovaria. Não é uma aceitação cega e desarrazoada, mas um sentimento baseado nos fatos da Sua vida, da Sua obra, do Seu Poder e da Sua Palavra. A revelação é necessariamente uma antecipação da fé. A fé é descrita como "uma simples mas profunda confiança Naquele que de tal modo falou e viveu na luz, que instintivamente os Seus verdadeiros adoradores obedecem à Sua vontade, estando mesmo às escuras". A mais simples definição de fé é uma confiança que nasce do coração.

Moisés subiu ao monte para receber de Deus as tábuas da lei, ele subiu, recebeu, mas quando ele desceu, viu que o povo estava num “bacanal”, estavam na festa ao bezerro de ouro, ou seja Moisés que demorou um pouco alem daquilo que se esperava no monte, a falta de Moisés já foi o motivo de se ter alguma pra pegar, porque Moisés era o canal entre Deus e o povo, de modo que Deus falava a Moisés e Moisés passava o recado de Deus ao povo, no primeiro aparente sinal da perda desse canal, o povo sentiu a necessidade de ter alguma coisa pra representar um Deus; eles tinham a carência de sempre ter alguma coisa representando Deus, eles tinham que de alguma forma tocar em um Deus, sentir esse Deus, porque eles não tinham fé suficiente, apesar de tantos sinais, e maravilhas que Deus já havia feito, eles não tinham a fé de esperar as coisas que não se viam, e não tinham o fundamento de viver pela fé!

Depois que Josué, no limiar da morte, conclamou o povo, a ser fiel a Deus, e só a ele prestar culto na terra que Deus lhe dava, o povo respondeu: “Ao Senhor nosso Deus serviremos e à sua voz obedeceremos” (Josué 24:24). Mas sabemos que logo após atravessar o rio Jordão e tomar posse da terra tão esperada, este povo não demorou a render-se aos encantos dos deuses dos cananeus. Isto mostra que não é fácil, também para nós vivermos a fidelidade a Deus, pois também hoje os deuses falsos nos atraem, e querem ocupar o nosso coração. A obediência sempre foi e sempre será a prova e a garantia da fidelidade a Deus.

Foi pela fidelidade a Deus que Jesus salvou a humanidade, porque fez exatamente o que Adão recusou-se a fazer. Na obediência incondicional a Deus Jesus Cristo desatou o nó da desobediência de Adão e nos reconciliou com o Pai. O profeta afirma que: A obediência é melhor que o sacrifício (I Samuel 15:22). Como agrada a Deus um filho fiel! E o Senhor Jesus disse: “Muito bem servo bom e fiel! Sobre o pouco fostes fiel, sobre o muito te colocarei. Entra no gozo do teu Senhor” (Mateus 25:21). Tudo o que recebemos de Deus nesta vida, é este “pouco” sobre o qual a nossa fidelidade está sendo provada por Deus.

A seguir, veja uma exposição de inúmeros textos bíblicos que abordam esta “condição de vida”, devemos meditar neles e praticá-los.

A Bíblia diz sobre a Fé:
Lc 17.5; Rm 10.17; 14.23; Gl 5.6; Hb 11.1; Tg 2.17; 1Jo 5.4; Mc 11.22; 1Jo 3.23

A fé que cultivamos no Senhor Jesus Cristo e:
- Dom de Deus Rm 12.3; Ef 2.8; 6.23; Fp 1.29
- Obra de Deus At 11.21; 1Co 2.5
- Preciosa 2Pe 1.1
- Santíssima Jd 20
- Frutífera 1Ts 1.3
- Acompanhada de Arrependimento Mc 1.15; Lc 24,47
- Seguida pela conversão At 11.21
- Cristo, autor e consumador Hb 12.2
- É um dom do Espírito Santo 1Co 12.9

A Fé é o meio para a:
- Remissão de Pecados At 10.43; Rm 3.25
- Justificação At 13.39; Rm 3.21,28,30; 5.1; Gl 2.16
- Salvação Mc 16.166; At 16.31
- Santificação At 15.9; 26.18
- Luz espiritual Jo 12.36,46
- Vida espiritual Jo 20.31; Gl 2.20
- Vida eterna Jo 3.15,16; 6.40,47
- Descanso no céu Hb 4.3
- Edificação espiritual 1Tm 1.4; Jd 20
- Preservação 1Pe 1.5
- Adoção Jo 1.12; Gl 3.26
- Acesso a Deus Rm 5.2; Ef 3.12
- Herança das promessas divinas Gl 3.22; Hb 6.12
- Dom do Espírito Santo At 11.15-17; Gl 3.14; Ef 1.13
- Possibilidade de agradar a Deus Hb 11.6
- Justificação Rm 4.16
- Aceitação do evangelho Hb 4.2
- Forças para lutar contra as trevas 1Tm 1.18,19; 6.12
- A eficácia do Evangelho na vida do homem 1Ts 2.13
- Necessidade da justificação Rm 10.3,4
- Humildade Rm 3.27
- Amor Gl 5.6; 1Tm 1.5; Fl 5

A Fé na vida do homem produz:
- Esperança Rm 5.2
- Alegria At 16.34; 1Pe 1.8
- Paz Rm 15.13
- Audácia na pregação Sl 116.10 e 2Co 4.13
- Amor a Cristo 1Pe 2.7
- Lugar para Cristo na vida Ef 3.17
- Oração verdadeira Mt 21.22; Tg 1.6
- Sinal claro de novo nascimento 1Jo 5.1
- O homem sem Cristo não a possui Jo 10.26,27

A Fé agindo na vida dos Filhos de Deus deve levá-los a:
- Ser sinceros 1Tm 1.5; 2Tm 1.5
- Abundar, fartos 2Co 8.7
- Continuar firmes At 14.22; Cl 1.23; 1Co 16.13
- Ser fortes Rm 4.20-24
- Sustentá-la conscientemente 1Tm 1.19
- Orar pelo seu crescimento Lc 17.5
- Ter plena certeza 2Tm 1.12; Hb 10.22
- Mostrá-la através dos frutos Tg 2.17,20-26
- Examinar-se e vê se estão na fé 2Co 13.5
- Vencer as lutas e dificuldades Mt 17.20; 21.21; Mc 9.23
- Ser conscientes, o que não é de fé, é pecado Rm 14.23
- Freqüentemente terá a fé testada 1Pe 1.6,7; Tg 1.3

A Fé é uma imposição de Deus na existência dos servos e:
- Garante vitórias 2Cr 20.20; Mc 11.22; Lc 8.50
- Fundamental na vida Jo 6.28,29; 20.27
- Protege-nos Ef 6.16; 1Ts 5.8; 1Tm 1.19; 6.12; Hb 1022
- Indispensável na vida cristã Hb 11.6
- Indispensável na oração Tg 1.5,6
- Unificada ao amor 1Jo 3.23
A Fé justifica o homem Hc 2.4; Rm 4.3; 5.1; Gl 3.6; Fp 3.9

A Fé produz bênçãos Mt 8.13; 9.29,30; 17.20; Mc 9.23

A Fé em Cristo, dá-nos a Salvação Jo 3.15; 3.36; 5.24; 11.25; 12.46; 20.31; Rm 10.9

Exemplos de homens que venceram na fé:
- Abraão Gn 22.8
- Calebe Js 14.12
- Jônatas 1Sm 14.6
- Davi 1Sm 17.37
- Josafá 2Cr 20.12
- Jó Jó 19.25
- Paulo At 27.25
- Elias, Jessé, Pedro e muitos outros!

Então disse Elias a Acabe: Sobe, come e bebe, porque ouço o ruído de abundante chuva. Elias demonstrou que ouvia além dos limites humanos a voz de Deus determinando que a chuva viria mesmo depois de três anos e seis meses sem chover. Leia Tiago 5.17. Fé: é fazer o impossível Lucas 1.37 "porque para Deus nada será impossível. O anjo do Senhor ao anunciar a Zacarias que ele geraria um filho na velhice desafiou o impossível, que era uma mulher já idosa engravidar. Deus faz o que ao homem é impossível. Fé: é ver o invisível; É ouvir o inaudível e fazer o impossível. Viver pela fé é acreditar, ainda que seja absurdo.

Viver pela fé é caminhar com determinação e dependência de Deus. O escritor aos hebreus diz: “Mas o justo viverá da fé se ele recuar a minha alma não tem prazer nele “(Hb 10.38) (diz o Senhor)

Se fizemos uma decisão ao lado Cristo significa que devemos doravante vivermos pela fé que é o firme fundamento das coisas que se esperam, e prova das que não se vêem (Hb11.6). Deus nos conduz ao deserto à semelhança do povo hebreu e nos deixa faltar pão só para provar a nossa fé, mas no momento exato ele entra com providência e nos põe uma mesa no deserto.

Que o senhor nos abençoe e nos guarde no seu grandioso amor em nome de Jesus, Amém.

As sete promessas ao que vencer

Por: Jânio Santos de Oliveira
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias- Rio de Janeiro



As sete promessas ao que vencer (Ap 2.7-11))


Apesar de Jesus fazer duras e severas advertências ao escrever às sete Igrejas da Ásia menor (atual Turquia), todavia Ele faz sete promessas ao que vencer, em cada uma dessas Igrejas. Vejamos:

1. Dar-lhe-ei a comer da árvore da vida que está no meio do paraíso de Deus (Ap 2.7).
Do grego nicon= vencedor é aquele que mediante a graça de Deus recebida através da fé em Jesus Cristo, experimentou o novo nascimento constante na vitória sobre o pecado o mundo e Satanás (Gn 2.9).
2. Darei a comer do maná escondido; uma pedra branca e nela um novo nome escrito (Ap 2.17;3.12;19.12).
Além dos vencedores poderem comer do misterioso maná, receberá a efígie de uma pedra branca como sinalização de vencedor, além de um novo nome surpresa.
3. Darei poder sobre as nações (Ap 2.26;12.5;Sl28.9;49.14;Dn 7.22;Mt 19.28;1 Co 6.3).
Os vencedores poderão ter o domínio sobre as nações no reinado milenar, quando o mundo passará a ser administrado pelos vencedores.
4. Será vestido de vestes brancas (Ap 3.5; 13.8; 17.18; 19.18; Êx 32.32; Sl 69.28; Fp 4.3; Mt 10.32).
Os vencedores terão uma nova vestimenta semelhante a que o filho pródigo recebeu ao retornar à casa do pai.
5. Farei coluna no templo do meu Deus (Ap 3.12; 1 Re 7.21; Gl 2.9; 4.26; Hb 12.22).
A igreja, agora transformada, passará a servir de sustentáculo dos céus dos céus. Hoje a Igreja é o sustentáculo do mundo através das colunas de orações que fazemos, não permitindo que este mundo seja destruído por Deus como ocorreu com Sodoma e Gomorra.
6. Concederei que se assente comigo no meu trono. (Ap.2.26,27 ;3.21; Lc 22.30; 1Co 6.2; 2 Tm 2.12).

O trono de Deus será aparteado com a Igreja, pois então ela será não mais a noiva, mas a esposa do cordeiro, com o direito de todos os privilégios e acessos facultados.
7. O que vencer não receberá o dano da segunda morte (Ap2.11; 20.14; 21.8).
O homem morreu em Gênesis 2.17, esta foi à primeira morte, que veio através do primeiro Adão; através de Jesus Cristo o segundo Adão (Rm5.12-19) o homem recuperou a condição de possuir a vida eterna ;quem o aceita além escapar da condenação e do juízo vindouro, não receberá o dano da segunda morte.



Conclusão
Para nos apossarmos dessas bênçãos, temos que perseverar até o fim (Mt 24.13; 10.22; Mc 13.13; Hb 3.6,14;Ap 2.10)

Você que meditou nesta mensagem gostaria de usufruir destas sete promessas? Entregue a tua vida nas mãos de Deus e procure uma Igreja mais próxima de sua casa, sirva a Deus com fidelidade, e assim eu espero nos encontrarmos lá nos altos céus aonde poderemos usufruir de todas estas bênçãos.
Que o Senhor nos dê forças para alcançarmos esse objetivo em nome de Jesus. Amem

A cura junto ao tanque de Betesda

Por: Jânio Santos de Oliveira
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias- Rio de Janeiro

(Jo 5:1-11.)

Jesus, o Senhor da cura, estava em um lugar cheio de enfermos que buscavam cura, mas nenhum deles o percebeu, pois estavam todos preocupados consigo mesmos, olhando e esperando o movimento da água que os curaria.

Mas Jesus percebeu alguém.

Era um homem paralítico. Este homem não estava ansioso, esperando o movimento da água. Para ser curado ele precisaria ser o primeiro a entrar no tanque, e para isso ele precisariam de agilidade ou da solidariedade de alguém, coisas que ele não tinha. Por causa disso, lhe faltava também esperança e ele só poderiam ficar lá, na sua cama, sobrevivendo como podia.

O tanque de Betesda era um lugar de sofrimento comum, mas não de solidariedade. Era um lugar de competição. Podemos nos perguntar: se não tinha chance de ser curado, o que aquele homem fazia naquele lugar? Talvez a pergunta seja outra: que outro lugar ele poderia estar, não podendo contar consigo mesmo nem com a solidariedade dos outros.

Jesus finalmente o curou sem pedir fé, sem pedir nada, por sua Graça e misericórdia.

O milagre da solidariedade.

Há muita gente esperando um milagre que poderia ser operado através da solidariedade. Assim como aqueles doentes no tanque de betesda, nós não vemos uns aos outros, só o nosso umbigo. O objetivo do ministério de pequenos grupos na IBAB é que ninguém passe despercebido na comunidade.

Problemas em nome da fé

Em nome da fé pode-se criar um ambiente de competição, estresse, disputa e tensão. Naquele lugar, todos eram adversários, querendo um milagre. Há pessoas por aí recebendo um ensinamento muito errado, que subverte a fé: a idéia de que há uma só benção que será dada por Deus a uma só pessoa em um determinado culto e de que a responsabilidade por receber esta benção é sua, depende somente da sua fé, e se você não se cuidar, alguém pode receber “a benção” no seu lugar.

Nestes lugares há inveja em vez de celebração. Junto à fé é necessário ter também conhecimento de Deus, saber quem Deus é. Fé é descansar em Deus, confiar NELE.

A providência de Deus não depende da sua fé. Ela é o caminho para comunhão com Deus, pois sem fé é impossível agradá-Lo. Mas Deus abençoa a todos.

Fé não é moeda de troca, Deus fará Sua vontade, independente da sua fé. É de o Seu caráter abençoar. O milagre não depende de quanta fé eu tenho, mas de quanta graça Deus tem Era Sábado

Sábado é um estado de descanso, na graça de Deus, de que Ele nos abençoará por seu amor e graça. Aqueles que crêem, entram no sábado. Para todos estes, todo dia é sábado. E porque é sábado, Deus nos abençoa, quando esperamos ou não. Sábado é o dia em que Deus nos vê. É o dia de graça: resultado do sacrifício de Jesus.






É o propósito de Jesus, em curar o corpo, e transformar a alma, enquanto vivi na terra, Ele é o Salvador, e, como tal, requeria a fé, como elo (uma aliança com ele) espiritual. Note que a cura neste caso foi acompanhada de uma advertência ao homem, que deixasse de levar a vida de pecado, que fora a causa da sua aflição, v. 14. Para testar a sinceridade do desejo, quando Jesus pergunta ao paralítico se queria ser curado, à pergunta era sincera e real, porque é uma verdade que, existem muitos que não tem este desejo porque, teriam que trabalhar para sobreviverem neste mundo. Portanto, muitos que por sua razão ou outra, preferem ser doente. A pergunta significa: “Você está disposto a ser restaurado? A uma condição, você quer assumir as tarefas e as responsabilidades da vida?”.

Os milagres de Jesus eram sinais, mas nem sempre foram estes sinais.

Alimentou as multidões, e Se sentia decepcionado porque poucos perceberam ser Ele pessoalmente o Pão enviado do céu para nutrir as almas humanas. Curar os pilares, Levantar as colunas dos templos, os vasos doentes e rachados, fazer ver os cegos, demonstrando assim a Sua Luz no mundo.

Ressuscitando Lázaro dentre os mortos, mostrando que Ele seria é a ressurreição e a Vida.

Jesus operou um milagre que demonstrou ser Ele Aquele que opera a vontade divina em restaurar a vida e a saúde, e os judeus queriam matá-lo por operar curas num sábado!

Mas neste triste quadro, no entanto brilha sua Luz: há alguém passando no meio dos doentes, perguntando a cada um: QUERES SER CURADO?

Deus enviou Jesus Cristo a este mundo para pagar nossos pecados e curar as nossas enfermidades, e para mostrar o caminho da libertação, dar vida e paz!

O Filho de Deus oferece a fonte de água que foi aberta para a casa de Davi para remover o pecado e a impureza (Zacarias 13: 1.)

Estas águas se moviam somente a certos momentos, mas Jesus Cristo está disponível a todo o tempo.

Quando as águas eram agitadas pelo anjo, somente a pessoa que chegou primeiro teve a cura. Na expiação de Cristo, porém, o mundo inteiro está sendo convidado a entrar de uma só vez.

A Palavra de Deus na boca do pregador de Boas Novas, estes são os anjos do Senhor que vem movimentar as águas que curam que libertamos que batiza com Espírito Santo, quantos milagres nós vimos no passado, quando os mensageiros do Senhor vinham de longe trazendo a mensagem da fé, paralítico saiam andando, cegos viam, surdos ouviam, e muitos endemoniados eram libertos.

As igrejas de hoje estão como o tanque de Betesda, cheia de enfermos, paralisadas, sem os movimentos das águas, esperando alguém para movimentá-las, de vez em quando, alguém é enviado para levantar a fé de alguns, para receber uma cura, muitas vezes este alguém nem se quer volta para continuar a obra de testemunhar a cura recebida por Jesus Cristo.

É igual a de milhares de pessoas que freqüentam as igrejas sem receberem bênçãos. Estão tão fracas, espiritualmente, que começaram ir à procura de uma palavra que funciona o poder da graça Divina de Deus.

Na prática não tem fé em Deus, suficiente para receberem o milagre da transformação, que fariam delas obreiros fortes na causa de Deus.

Este milagre demonstra que há caminho à saúde mais curta do que a mera freqüência fria das cerimônias das igrejas.

É a palavra de Jesus Cristo que precisam ouvir. Muitos têm esperado por muito tempo ao lado da fonte chamada Batismo no Espírito Santo. Viram os movimentos das águas se agitarem e outras pessoas entrarem nas águas, receberem a benção, enquanto outros se sentem secos e sem poder.

Depois certo dia, ouve a Voz do próprio Filho de Deus, e são imediatamente libertos daquela interminável espera! O que importa na vida cristã é ouvir a voz do Filho de Deus.

Temos ouvido Sua voz recentemente? QUERES SER CURADO?

Outros com medo de surgirem, novas exigências morais não querem ouvir, Outros, ainda, não aceitam para si a consagração total, receando que o Senhor os mande para o campo missionário longe dos seus.

QUERES SER CURADO? É uma pergunta, que significa: “Queres ser capacitado para o que há de mais puro e nobre na vida?”. Jesus continua falando ao nosso coração: ”Queres ser santificado?”. Queres ser forte espiritualmente? Queres ser plenamente consagrado? . O que é que impede de responder “sim”?Quando Deus manda, Ele capacita. O homem junto ao tanque estava totalmente incapacitado, quando, porem, Jesus disse: “Levanta-te, toma tua cama e anda”, obedeceu e andou. A fé que se explica em Jesus, e o ponto de vista, que, por mais difícil ou mesmo impossível seja a tarefa, o Senhor nos capacitará a cumprirmos a Sua vontade. E tenho certeza se, fizermos a vontade do Mestre, descobriremos a nossa capacidade está à altura deste nosso desejo, e que as nossas forças bastam para o comprimento do dever. Si dará “o que você determinar, e se cumprirá o que você desejar”. “Toma o teu leito”. O paralítico curado pode talvez tiver pensado: agora me sinto bem, mas não sei por quanto tempo vou me sentir assim; seria melhor deixar a minha cama aqui, caso venha a precisar dele mais tarde. Seja como for, tal pensamento foi rapidamente expulso mediante a ordem: “Toma teu leito”. Que significa que o homem não devia tomar provisões para uma possível recaída. (Isto é confiar na Palavra de Jesus). O Senhor para dar mais força e clareza a esta instrução, disse: Olha já estás curado; não peques mais, para que não te suceda coisa pior.



Conta-se que muitas famílias, para se verem livres dos doentes, os abandonavam nos alpendres do tanque de Betesda. Os ricos compravam escravos para os ajudarem a entrar nas águas. Alguns alugavam as bordas mais próximas, que possibilitavam melhor acesso. Todos queriam o seu milagre e, lógico, os mais abastados, sagazes e famosos, se sentiam perto da graça.

Os pobres e os doentes graves, os destrambelhados, acabavam no fundão do tanque. A esperança deles desvanecia, mas logo chegavam notícias, aqui e acolá, de que alguém acabava de receber o seu milagre - no mercado ao lado, os agraciados contavam sua história e os crédulos e atentos peregrinos que visitavam Jerusalém retransmitiam os testemunhos. Assim, a esperança de cura ficava adiada por mais um ano.

Jesus não vivia em Jerusalém. Aliás, ele residia longe desse ambiente supersticioso – em Cafarnaum, mas sabia dos boatos. Em uma de suas visitas à cidade, resolveu visitar o tanque de Betesda. Com certeza, o que viu foi pior do que lhe contaram.

As pessoas afirmavam que o anjo descia até o tanque anualmente, mas ninguém sabia a data exata. Irrequietos, os doentes mais hábeis saltavam, esporadicamente, para se anteciparem ao anjo. A confusão era constante. Os que se sentiam melhor corriam pelos corredores gritando “aleluia” e outros, nervosos e frustrados, desmentiam os milagres. Vez por outra, levantavam-se profetas prevendo o dia preciso em que o anjo visitaria o local.

Certos doentes jaziam por anos e anos em total mendicância, esperando o momento da cura que não chegava nunca. O estado de alguns era deplorável. Escaras cheiravam mal e piolhos podiam ser vistos a olho nu nos cabelos de certas mulheres.

Diante dessa realidade tão perversa, Cristo passou ao largo dos mais capazes, dos mais ricos e dos que menos precisavam de cura; dirigiu-se para um dos cantos esquecidos do tanque de Betesda e encontrou um homem que esperava por seu milagre há trinta e oito anos. Ninguém sabe seu nome, mas, com certeza era um pobre; sua família, ocupada com a sobrevivência, se esquecera dele fazia algumas décadas.

Jesus aproximou-se do paralítico e perguntou: “Você quer ser curado”? Ele respondeu dentro da lógica que aprendera: “Senhor, não tenho ninguém que me ajude a entrar no tanque quando a água é agitada. Enquanto estou tentando entrar, outro chega antes de mim”. De um só fôlego, Jesus ordenou: “Levante-se, pegue a sua maca e ande”. Imediatamente o homem pegou a maca e começou a andar.

A passagem de Jesus pelo tanque de Betesda aconteceu num sábado, o dia sagrado dos judeus, porque ele tinha um propósito: mostrar que a religião se preocupa, prioritariamente, com a sua estabilidade. Os religiosos sobrevivem da ilusão e não têm escrúpulos de gerar falsas expectativas em pessoas fragilizadas.

Quando aquele senhor abandonou o tanque de Betesda com a sua maca nas costas, Jesus deixou uma mensagem para a cidade de Jerusalém: "Os milagres que procedem de Deus não premiam quem souber se mostrar hábil, santo ou rico – Deus não faz acepção de pessoas, nem busca transformar os espaços religiosos numa corrida desenfreada pela bênção onde só os mais fortes sobrevivem".

O tanque de Betesda é metáfora que lembra a humanidade que Deus olha graciosamente para os desfavorecidos, para os que não têm a menor possibilidade de se safarem dos torniquetes perversos da injustiça, para os mais indefesos – órfãos e viúvas, por exemplo.

Cristianismo deve, portanto, assumir o compromisso de continuar visitando os campos de exilados (Darfur), as clínicas de AIDS (África do Sul), as periferias miseráveis das grandes cidades (Brasil) para anunciar a mais alvissareira de todas as notícias: Deus não se esqueceu dos pobres.

Tanque de Betesda – Lugar de “misericórdia”

Realmente é muito fácil em nossos dias enxergar este tanque descrito na bíblia como um lugar de peregrinação, aonde os enfermos e desesperados acreditavam que uma vez a água tocada por um anjo seria curados, a corrida era intensa, e somente um poderia entrar ali para ser sarado.

Estava meditando sobre este tanque enquanto lia alguma coisa sobre as histórias ocorridas ali, e a conclusão que chego ao meu coração é que esse tanque pode estar em qualquer lugar, inclusive numa igreja que professa Jesus.

Estive passando uma provação um tempo atrás quando precisei de um atendimento médico, uma consulta particular não foi suficiente, senão algum posto de saúde para pelo menos fazer uns exames de emergência e avaliar minha saúde, levado de um lado para o outro fui parar num “tanque de betesda”. Um hospital público de minha cidade, as filas eram grandes, vi pessoas chorando abraçadas, outras com dores terríveis, umas em macas, e a sensação que dava era que estavam todos sem direção. Confesso-lhes que doente, ou mesmo são, esta é uma cena nada agradável de se apreciar.

Se ali houvesse de fato um tanque, haveria uma briga acirrada para um rápido e oportuno mergulho, banhar-se seria pouco. Mas digamos que o "tanque" tinha forma humana, usava um jaleco branco e um estetoscópio no pescoço, na verdade diante da cena o aparelho mais parecia uma forca. Era um médico sim, perdido na multidão, movendo-se de um lado para o outro como “águas de um tanque”. Até que ele, parecendo assim, tão agitado e com tantos compromissos, parou diante de mim e disse:

“ O que você tem? Olha se quiser fazer um exame vai ter que esperar até ás 21hs ali sentado (eram cerca de 15h) e ainda corre o risco de estando aqui, pegar alguma doença, esse por exemplo (apontou para um doente na maca) está com tuberculose, aquele sofreu um AVC" e foi assim que ele me animou, aquele está com isso, ou outro com aquilo...e o próximo, em outras palavras, pode ser você.

Que palavras "confortantes" vindas de um médico, pelo menos desse médico, eram como se eu tivesse tentando entrar no tanque e alguém me empurrou para trás, aliás, não, me deu um chute.

Li uma frase interessante do Pr. Ricardo Godim

“Os religiosos sobrevivem da ilusão e não têm escrúpulos de gerar falsas expectativas em pessoas fragilizadas”.

Vemos isso quase todos os dias, seja num posto de saúde ou dentro de uma igreja, têm aprendido que ter fé é Deus fazer por mim o que é correto e não o que desejo, Deus tem prazer em realizar nossos sonhos e desejos, mas somente Ele sabe o que é melhor para nós. Não o que determino que seja. Palavrinha importante essa, guarde aí "DETERMINO" até que ponto é correto determinar a vontade de Deus?
Quando estamos fragilizados, devemos enfrentar alguma multidão para tocar em Jesus, ou caso contrário nossa força será pequena, muito pequena, e além do mais, facilmente será influenciada para nos lançarmos em “tanques” aonde não deveríamos.

A Bíblia diz “Se te mostrares frouxo no dia da angustia tua força será pequena".. Dizem por aí que cristão não passa por dia de angústia, que não fica doente, não se desemprega mentira. Nunca acredite nisso, tome sua cruz e siga o seu Senhor.

É preocupante quando as pessoas vão à igreja como se fosse a um "tanque de betesda", apenas para suprirem suas necessidades físicas, é preocupante pensar que uma igreja se detém somente da mensagem de "prosperidade material", diante da profundidade de riquezas que podemos aprender com Cristo. Multidões têm feito filas, enchido auditórios e templos apenas para este fim. Uma romaria em busca de coisas que só são acrescentadas, uma pequena adição eu diria, do que Deus de fato nos dará se apenas buscarmos prioritariamente o Reino dos Céus.

“A cura do corpo é temporal, a da alma é eterna"

Isaías 63.9 diz “Em toda angústia Ele foi angustiado”.... Cristo se importa com nosso sofrimento e dor, isso é o que mais importante, Ele se importa comigo e você

Prova disso? Naquele mesmo dia Jesus aproximou-se d e um paralítico e perguntou: “Você quer ser curado”? “Senhor, não tenho ninguém que me ajude a entrar no tanque quando a água é agitada. Enquanto estou tentando entrar, outro chega antes de mim”.

Jesus ordenou: “Levante-se, pegue a sua maca e ande”. Imediatamente o homem pegou a maca e começou a andar.

Ele conhece as nossas necessidades e também nossas tentativas frustradas.

Naquela tarde voltamos para casa, deitei na cama e alguns irmãos oraram por mim. Jesus vendo a minha necessidade me fez lembrar à noite que fazia um tempo que venho trabalhando para um hospital particular em minha cidade. Liguei para lá, falei com um encarregado financeiro no outro dia, que olha só, era uma cristã, ela me encaminhou para fazer todos os exames necessários no laboratório e marcou um médico para o mesmo dia, recebi os resultados em pouco mais de hora e fui para o atendimento em seguida. O médico? Sentando em sua cadeira mantinha um quadro atrás com o salmo 91, que conforto depois de um pesadelo, ele também era um cristão e independente disso sua postura foi outra, até porque para ser ético não precisa ser cristão. Se Deus desejasse me enviar para um "carrasco" naquele outro dia, mesmo assim ele ia ter que cuidar bem de mim. Foi Deus quem mandou

“Operando eu quem Impedirá?” diz o Senhor

Na verdade o que Deus quis me ensinar é que.. Num dia tentei entrar num “tanque”, no outro Jesus passou por mim. O que Deus quis me ensinar era que eu deveria passar por isso.

"Foi-me bom ter sido afligido porá que aprendesse os teus decretos" (Salmo 119.71).

Se você está experimentando alguma dor, confie, Deus está te ensinando algo que só depois entenderá. Todas as coisas cooperam para o bem para os que amam a Deus - diz a Bíblia, é fato, e contra fatos não há argumentos do maligno que provem o contrário. Você o ama? A palavra de Deus está em você? Deus surgirá em meio ao seu redemoinho, espere um pouco mais.

Que o Senhor continue nos tratando!!

Ele alimenta as aves do céu, Ele preocupa-se e sofre, por mim e por você.

O vento assopra onde quer

Por: Jânio Santos de Oliveira
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias- Rio de Janeiro




O vento assopra onde quer (Jo 3.8)


Ao explicar a Nicodemos como Deus opera a obra do novo nascimento, Jesus fez uma comparação; nela Ele mostra a semelhança entre a obra que o Espírito Santo opera à semelhança do vento.

A Bíblia subdivide o vento em 4 situações: a.) vento da indolência (Jn1.4-15) b.) vento das falsas doutrinas (Ef.4.14)c.) vento do maligno(Jó 1.19) d. Vento do Espírito (At 2.2).

Vejamos:

1. “O vento assopra onde quer”...

Vejamos como o vento do Espírito soprou na vida de pelo menos seis personagens bíblicos:

A. Moisés = (Êx 2.11-15). Ele era príncipe do Egito e o segundo na linha sucessória ao trono, recebera toda a educação avançada que na época existia, e se achava pronto para assumir o trono; porém, por imaturidade tentou se antecipar ao plano divino e precocemente passou a exercer o juízo, praticando um crime hediondo ao matar um egípcio e enterrá-lo na areia.

Não satisfeito por esse ato reincidiu no mesmo erro no outro dia, desta feita, tentou apartar uma briga entre dois de seus irmãos (judeus) que por sua vez o denunciou ao rei Faraó. Agora Moisés não tinha outra opção para se manter vivo senão o de pedir asilo político fora daquela nação; ele partiu para Midiã e lá permaneceu por 40 anos.

Longe de se admitir que Moisés preferisse o deserto, na realidade aquela circunstância foi movida pelo próprio Espírito Santo tal como o vento com a finalidade de lhe submeter a um treinamento no deserto aonde ele haveria de passar pelos próximo 40 anos ao conduzir o povo de Israel para a terra da promissão.

B. Elias = (1 Re 19.11) Na verdade os grandes homens de Deus que a Bíblia menciona foram guiados pelo Espírito Santo; apesar deles terem sido poderosamente usado nas mãos do Senhor, eram homens sujeitos às mesmas paixões que nós (Tg5.17) . Se Elias não tivesse passado por esse fracasso, então ficaria para nós a idéia apenas de um: “pàra chuva” “manda chuva”; “destruidor de exércitos” e “dos profetas de Baal”. O vento soprou sobre o maior dos profetas (pois é ele quem aparece no monte da transfiguração ao lado Moisés consolando a Jesus e o preparando para aquele momento sombrio; enquanto Moisés representava a Lei, Elias os profetas) e depois de destruir a 850 falsos profetas, acaba por correr de uma mulher.

C. Jonas (Jn 1.4-15) O vento soprou sobre o profeta porque ele não quis pôr em prática o plano que Deus reservou para ele.

D. Jesus (Lc 8.24). Ao contrário do profeta Jonas, que não tinha poder ou qualquer domínio da situação em função de sua desobediência, Jesus que nunca cometeu pecado e em sua boca não foi encontrado engano, determinou que as circunstâncias que o assolava fossem dissipadas pela palavra de ordem.

E. Paulo (At 27.13-20) através da vida e biografia do Apóstolo percebe-se que ele foi sempre movido pelo Espírito Santo desde o momento da sua conversão; o ponto mais relevante ocorre quando Paulo é vitimado com mais 275 almas (At 27.37). O comandante do navio não quis ouvir ao Apóstolo preferindo seguir a viagem, por achar que ele (Paulo) não tinha experiência marítima; Deus que é misericordioso deu um grande livramento a todas aquelas pessoas com exceção do navio.

F. Felipe (At.8.26-40) Sobre Felipe soprou o vento do Espírito à semelhança de Sanção conduzindo-o para as searas da evangelização transcultural. A intensidade desse vento era tamanha que num dado momento ele foi trasladado de uma cidade para a outra, já que Deus tinha (e tem) pressa para alcançar as almas perdidas.

G. Na Igreja primitiva. (At 2.2; 8.1-5) o vento soprou sobre os membros da Igreja primitiva em dois momentos: a.) No dia de pentecostes. Naquela ocasião o vento de Deus veio sobre a Igreja com a finalidade de revestir a cada um dos crentes, capacitando-os para o serviço do mestre; b) Na assolação do mancebo Saulo de Tarso. Agora, Deus observando que a Igreja permanecia com esse poder (que é o evangelho) sem compartilhar dele com as demais pessoas de outras nações, enviou o vento da perseguição. No entanto o Senhor mantinha um controle absoluto da situação a ponto de na medida em que os discípulos foram espalhados para cumprir Atos 1.8 salvou a Saulo transformando-o num ícone da Igreja primitiva.

2. ...“Ouves a sua voz”... A Palavra de Deus nos afirma que se ouviu o som de um vento veemente.

Esta é a voz do Espírito Santo (At 13.2).

3. ...Não sabes donde vem, nem para onde vai “... (Ec 11.5) A ação do vento é livre e inacessível; não há como impedir a manifestação do Espírito Santo no seio da Igreja. O profeta Joel vaticinou pelo espírito, que é “sobre toda a carne” apesar da apostasia reinante entre os que se dizem pertencer ao povo de Deus, está acontecendo em escala mundial um grande avivamento atingindo pessoas de todas as denominações.

4. ...”Assim é todo aquele que é nascido do ESPÍRITO”. Deus opera na vida daquele que é nascido de novo de forma poderosa e invisível. O vento aqui é usado como símbolo do mover e operar de Deus na vida do homem, quando este corresponde aos anseios e aclamo divino.

A exemplo dos grandes personagens bíblicos, Deus poderá a qualquer momento nos tomar para usar-nos como canal de bênçãos em suas mãos. Ele poderá nos transportar ainda para outros lugares diferentes que jamais imaginamos.

Ele opera aonde quer podemos ouvir a sua voz. Porém ficamos sem saber onde começou e como vai ser o desfecho de suas ações em nossas vidas.

Que o Senhor nos abençoe e nos guarde no seu grandioso amor em nome de Jesus. Amem.

A consistência tríplice do Reino de Deus

Por: Jânio Santos de Oliveira
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias- Rio de Janeiro


A consistência tríplice do Reino de Deus (Rm 14.17)

Diferentemente do reino das trevas, o Reino de Deus se manifestou no mundo através de Jesus Cristo, com uma aversão paradoxal e contrária ao reino do Diabo. Através destas três características já podemos verificar que de acordo com o Apóstolo Paulo eles se contrapõem. Vejamos:

1. Justiça (Mt3. 15; 5.20; 2 Co5.21;2 Tm 3.16;Ap 9.11)
Enquanto o Diabo promove a injustiça e a desordem Jesus veio como mestre, e como tal nos deu o exemplo em tudo, se submeteu ao batismo sem ter pecado, foi servo sendo Senhor, tudo para cumprir a justiça de Deus.

2. Paz (Nm6. 26; Is 55.12; Mq 5.5; Lc10. 5; Jo 10.27; Rm5. 1; 16.20; Fp. 4.7; Hb 12.14).
Enquanto o Diabo promove a guerra como estamos presenciando no oriente médio, recentemente li uma notícia no portal melodia dando conta de um cavaleiro amarelo mostrado em vídeo na TV jovem pan e em meio a tudo isso centenas e milhares de vidas sendo ceifadas como prenúncio do cumprimento das profecias do apocalipse; Jesus, no entanto é o príncipe da paz que nos garante a paz com Deus,com nós mesmos e com o mundo mesmo quando este está em guerra.

3. Alegria no Espírito Santo (Sl122.1;51.11,12;Hb3.18;Sl126.3;Lc1.47;Rm 12.15;Pv15.13;Ne8.10;At8.8).

No carnaval as pessoas que dele participam tentam passar para sociedade a idéia de que são felizes, mas nos bastidores estão passando por tormentos e escravizados nas garras do inimigo. Pois esta alegria é efêmera e ineficaz. A alegria que Jesus nos concede é proporcionada pela presença constante do Espírito Santo que habita em nós e nos consola.

O reino de Deus não vem com aparência exterior, não é comida e nem bebida, mas Justiça Paz e a alegria no Espírito Santo.

Que possamos ser justos uns pra com os outros, sermos pacíficos em todo tempo para com todos e que possamos manter a chama acesa do Espírito Santo em todo o tempo, até a vinda de Jesus ;que Deus nos abençoe e nos guarde no seu grandioso amor, amem.

A Renúncia pessoal

Por: Jânio Santos de Oliveira Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias- Rio de Janeiro Bíblia Virtual Versão impressora A Renúncia pessoal (Mt 16.24-26) Introdução: Renúncia é deixar voluntariamente algo que custe um alto sacrifício, um alto preço; deixar a posse de; abjurar; fazer recusa; privar de posse ou gozo de alguma coisa. 1- A Renúncia Para Seguir á Cristo: - “Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser (livre arbítrio) vir após mim… • … renuncie a si mesmo… (Renúncia Pessoal), • … tome sobre si a sua cruz… (Sacrifício Próprio), • … e “siga-me.” (Fidelidade). Exemplos de homens púbicos no Brasil que renunciaram: .Jânio quadros. -Imaginando que este ato levaria a sociedade a apoiá-lo, reconduzindo-o ao poder e motivado por forças ocultas (a maçonaria). Coincidentemente no em que eu nasci o então Presidente da República praticou tal ação imaginando ocorrer o que ocorrera com ex Presidente Getúlio Vargas que governara o Brasil por 15anos de 1930-1945, sendo obrigado a renunciar, deu a vez ao então Presidente Eurico Gaspar Dutra, retornou ao poder em 1950 pela 1ª vez democraticamente e nos braços do povo. .Vários parlamentares. Temos na história recente o nome de ilustres personagens que ocuparam uma cadeira de destaque no parlamento tais como : Antônio Carlos Magalhães, e outros 49 parlamentares réus, oito estão ameaçados pela Lei Complementar 135/10, a chamada Lei da Ficha Limpa, que veda a candidatura de políticos com condenação em órgão colegiado ou que renunciaram ao mandato para escapar do processo de cassação. São eles os deputados Pedro Henry (PP-MT), Paulo Maluf (PP-SP), Valdemar Costa Neto (PR-SP), Tatico (PTB-GO) e Natan Donadon (PMDB-RO), candidatos à reeleição; Ernandes Amorim (PTB-RO), que disputa vaga de deputado estadual; e Jader Barbalho (PMDB-PA) e Paulo Rocha (PT-PA), que concorrem ao Senado.( fonte congressoemfoco.uol.com.br › 13/09/2010 ). Exemplos de Renúncias na Palavra de Deus: • Abraão. - A renúncia de sua terra de sua parentela e da casa de seu pai. (Gn12.13; Hb 11.8). - A renúncia de seu único filho Isaque. (Gn 22.1-14; Hb 11.17,18). • Moisés. (Hb 11.24-27) - A renúncia de ser chamado filho da filha de Faraó. - A renúncia do Egito – trono. • Daniel. (Dn 1.8). - A renúncia da porção do manjar do rei. • Jesus. (Fl 2.6-8). - A renúncia de sua posição – Deus. • Os discípulos. (Lc 18.28). - A renúncia de tudo para seguir a Cristo. • Apóstolo Paulo. - A renúncia de sua vida. (Gl 2.20; Fl 1.21; 3.7). 2- O Que Devemos Renunciar Por Amor à Cristo: • A nossa vida. (v.25). • O pecado. (Hb 12.1,2). • As obras da carne. (Rm 8.8; Gl 5.16-21). • As coisas deste mundo. (Hb 12.1,2). 3- Porque Devemos Renunciar Por Amor à Cristo: • Para segui-lo. (v.24). • Para agradar a Deus. (Rm 8.8; Sl 37.4). • Para ter o direito as mansões celestiais. (Jo 14.2,3) Conclusão Podemos verificar que os personagens acima mencionados, tanto da área secular quanto os personagens bíblicos renunciaram um bem comum em detrimento a alcançar um bem maior. A renúncia pessoal é exatamente isso, você abrir mão das coisas que mais lhe agradam em detrimento do Reino de Deus. Veja os exemplos exarados nas Sagradas Escrituras:Fp2.3-10;Mt13.44. Que Deus queira nos abençoar rica e poderosamente no seu grandioso amor em nome de Jesus. Amém.

Mensagem de Santificação Pb. Jânio S. de Oliveira

Mensagem de Santificação Pb. Jânio S. de Oliveira:

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A Biografia de Moisés

Por: Jânio Santos de Oliveira
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias- Rio de Janeiro




Nome: Moisés (em hebraico, Moshe - em egípcio, Mósis)

Época do acontecimento: Por volta de 1500 anos antes de Cristo

Moisés foi um profeta israelita da Bíblia hebraica (conhecida entre os cristãos como antigo testamento), da tribo de Levi. De acordo com a tradição judaico-cristã, Moisés foi o autor dos 5 primeiros livros do antigo testamento - Pentateuco (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio), também de alguns Salmos e do livro de Jó. É encarado pelos judeus como o seu principal legislador e um de seus principais líderes religiosos. Para os muçulmanos, Moisés (em árabe. Musa, موسى) foi um grande profeta.

Moisés foi adotado pela filha do Faraó e educado na corte como um príncipe do Egito. Aos 40 anos, após ter matado um feitor egípcio, é obrigado a partir para exílio, a fim de escapar da pena de morte. Fixa-se na região montanhosa de Midiã, situada a leste do Golfo de Aqaba. Quarenta anos depois, no Monte Horebe, é finalmente "comissionado pelo Deus de Abraão" como o "Libertador de Israel". Ele conduziu o povo de Israel até ao limiar de Canaã, a terra prometida a Abraão, e ali Moisés morreu.

Significado de seu nome: Em egípcio, significa "filho". Para os judeus, significa "retirado das águas"
Êxodo: 2. 10 - E, quando o menino já era grande, ela o trouxe à filha de Faraó, a qual o adotou; e chamou-lhe Moisés, e disse: Porque das águas o tenho tirado.

Local de Nascimento: Egito - Época em que os Hebreus estavam sendo escravizados pelos egípcios Êxodo 1. 8 - 22
Êxodo 2. 1 - 10 - O nascimento de Moisés
E foi um homem da casa de Levi (Anrão) e casou com uma filha de Levi (Joquebede). E a mulher concebeu e deu à luz um filho (Moisés); e, vendo que ele era formoso, escondeu-o três meses. Não podendo, porém, mais escondê-lo, tomou uma arca de juncos, e a revestiu com barro e betume; e, pondo nela o menino, a pôs nos juncos à margem do rio. E sua irmã (Miriã) postou-se de longe, para saber o que lhe havia de acontecer. E a filha de Faraó (Hatshepsut - mãe adotiva de Moisés) desceu a lavar-se no rio, e as suas donzelas passeavam, pela margem do rio; e ela viu a arca no meio dos juncos, e enviou a sua criada, que a tomou. E abrindo-a, viu ao menino e eis que o menino chorava; e moveu-se de compaixão dele, e disse: Dos meninos dos hebreus é este. Então disse sua irmã (Miriã) à filha de Faraó: Irei chamar uma ama das hebréias, que crie este menino para ti? E a filha de Faraó disse-lhe: Vai. Foi, pois, a moça, e chamou a mãe (Joquebede) do menino. Então lhe disse a filha de Faraó: Leva este menino, e cria-mo; eu te darei teu salário. E a mulher (Joquebede) tomou o menino, e criou-o. E, quando o menino (Moisés) já era grande, ela (Joquebede) o trouxe à filha de Faraó (Hatshepsut), a qual o adotou; e chamou-lhe Moisés, e disse: Porque das águas o tenho tirado.

Tempo de Vida: 120 anos
Deuteronômio 34. 7 - Era Moisés da idade de cento e vinte anos quando morreu; os seus olhos nunca se escureceram, nem perdeu o seu vigor.

Local da sua Morte: Monte Nebo, Planície de Moabe
Deuteronômio 34. 1 - 6 - Então subiu Moisés das campinas de Moabe ao monte Nebo, ao cume de Pisga, que está em frente a Jericó e o Senhor mostrou-lhe toda a terra desde Gileade até Dã; E todo Naftali, e a terra de Efraim, e Manassés e toda a terra de Judá, até ao mar ocidental; E o sul, e a campina do vale de Jericó, a cidade das palmeiras, até Zoar. E disse-lhe o Senhor: Esta é a terra que jurei a Abraão, Isaque, e Jacó, dizendo: À tua descendência a darei; eu te faço vê-la com os teus olhos, porém lá não passarás. Assim morreu ali Moisés, servo do Senhor, na terra de Moabe, conforme a palavra do Senhor. E o sepultou num vale, na terra de Moabe, em frente de Bete-Peor; e ninguém soube até hoje o lugar da sua sepultura.

Família: Coatitas, descendentes de Coate filho de Levi que era filho de Jacó e de Lia. Levi: Em hebreu significa "devoto, unido".
Êxodo: 6. 16 - E estes são os nomes dos filhos de Levi, segundo as suas gerações: Gérson, Coate e Merari;

Pai: Anrão, filho de Coate Êxodo 6. 18

Mãe: Joquebede que significa "o Senhor é glória". Joquebede ou Yochéved, foi esposa e tia de Anrão.
Êxodo 6. 20 - E Anrão tomou por mulher a Joquebede, sua tia, e ela deu-lhe Arão e Moisés (Miriã): e os anos da vida de Anrão foram cento e trinta e sete anos.

Avô: Coate, 2º filho de Levi Gênesis 46. 11.

Esposa: Ziporá, ou Seforá (em hebraico tzipora).
Êxodo 2. 21 - 22 - E Moisés consentiu em morar com aquele homem (Jetro); e ele deu a Moisés sua filha Zípora, a qual deu à luz um filho, a quem ele chamou Gérson, porque disse: Peregrino fui em terra estranha.

Filhos: Gérson e Eliézer.
Êxodo 18. 2 - 4 - E Jetro, sogro de Moisés, tomou a Zípora, a mulher de Moisés, depois que ele lha enviara, com seus dois filhos, dos quais um se chamava Gérson; porque disse: Eu fui peregrino em terra estranha; E o outro se chamava Eliézer; porque disse: O Deus de meu pai foi por minha ajuda, e me livrou da espada de Faraó.

Irmãos: Miriã e Aron (Aron ou Arão - 1º Sumo Sacerdote de Israel - Êxodo 28).
Números 26. 59 - E o nome da mulher de Anrão era Joquebede, filha de Levi, a qual nasceu a Levi no Egito; e de Anrão ela teve Arão, e Moisés, e Miriã, irmã deles.

Sogro: Jetro - Êxodo 3. 1 - Êxodo 4. 18 - Êxodo 18. 1 - 5. Também chamado Reuel no livro de Êxodo 2. 18 - 21. Em Árabe: Shoaib "quem mostrou a verdadeira senda", foi um profeta do Islão mencionado no Alcorão. Ele é tradicionalmente associado com a figura bíblica chamada de Jetro, e acreditava ser descendente direto de Abraão, como Moisés.

Cunhado: Hobabe, filho de Jetro Números 10. 29

Sobrinhos: Nadabe, Abíu, Eleazar e Itamar
Êxodo 6. 23 - E Arão tomou por mulher a Eliseba, filha de Aminadabe, irmã de Naasson; e ela deu-lhe Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar.

Mãe adotiva de Moisés: Hatshepsut - Era a quinta governante egípcia da XVIII Dinastia, filha de Tutmosis I e da rainha Ahmose. Como era comum nas famílias reais do Egito Antigo, Hatshepsut casou-se com seu meio-irmão, Tutmosis II, que tinha um filho de outra mulher. Quando Tutmosis II morreu, em 1479 a.C., seu filho, Tutmosis III, foi nomeado para o trono. Mas Hatshepsut tornou-se regente porque o herdeiro era criança. Os dois governaram juntos até 1473 a.C., quando Hatshepsut declarou-se faraó. Vestida como homem, ela administrou a nação com total apoio do alto sacerdote de Amon, Hapuseneb, e de outros dignitários do reino. Hatshepsut morreu em 1458 a.C., quando Tutmosis III liderou uma revolta para reaver seu trono faraônico. Hatshepsut foi enterrada no vale das Rainhas em Luxor - Egito. O Templo de Hatshepsut foi projetado pelo arquiteto do reino, Senen-Mut, que era ministro e, possivelmente, amante da rainha. A construção é composta de três terraços, cujas paredes são adornadas com belos relevos. Algumas dessas obras ainda estão conservadas em suas cores originais.


Deus somente usou a Hatshepsut, para acolher a Moisés, adotando-o e impedindo que satanás o matasse. Mas sabemos que Hatshepsut, foi uma rainha egípcia pagã. Era guerreira, forte, governou o Alto e o Baixo Egito se vestindo de homen e sendo retratada em muitas pinturas dos templos com barba e cajado. Seu templo chamado “templo dos dez mil anos” chama-se Deir-el-Bahari, fica em Luxor, e o obelisco, um dos maiores do Egito, se encontra em Karnac. Nas quatro caras do obelisco, Hatshepsut mandou desenhar mensagens impondo e consagrando o seu nome a Horus e Amon. Na cara norte, foi traduzido o seguinte: “Horus, uma mulher jovem de anos, poderosa de KA, senhora das duas terras, MAAT KA RA, constrói este belo monumento, que ficara por milhões de anos unido á vida, a estabilidade e ao poder, em homenagem a Amon-Ra, deus dos deuses”. Na cara leste, tem algumas das mesmas inscrições com acréscimo do nome do pai de Hatshepsut: Tutmosis I, que diz: “…pela majestade deste deus, e de acordo com ele, se erguem dois obeliscos, para que a majestade viva eternamente iluminando as duas terras” Na cara oeste, as mesmas declarações dizendo que são dois obeliscos maiores como não tem outros na terra. Foi feito por Hatshepsut, a quem é dada a vida eterna como Rá. Na cara sul, MAAT KA RA imagem brilhante de Amon, senhora do circuito do disco solar, poder e alegria perante a vida de Hatshepsut, amada de Amon-Ra, deus dos deuses, a quem é dada vida eterna. Quando Tutmosis III assumiu o trono, mandou destruir quase todas as lembranças da rainha faraó.

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O QUE A BÍBLIA NÃO
DIZ SOBRE MOISÉS

A Bíblia não diz que a ordem de faraó de matar os filhos homens dos israelitas foi cumprida.

Sifrá e Puá, eram as duas parteiras hebréias a quem Faraó deu esta ordem nefanda. “Quando servirdes de parteiras às hebréias, examinai. Se for filho, matai-o. Mas se for filha, que viva”. (Êxodo 1.16).

As parteiras, porém, temeram a Deus, e desobedeceram aquela ordem. Por causa disto Deus as abençoou muito e lhes concedeu uma bênção especial. “e porque as parteiras temeram a Deus, Ele LHES CONSTITUIU FAMÍLIA”. (Êxodo 1.21).

Por que será que Deus constituiu família para aquelas parteiras? É claro que, se Ele lhes constituiu família, é porque antes elas não tinham famílias.

Seriam por acaso, casadas, mas estéreis? Seriam solteironas que haviam abraçado a profissão de parteira como sublimação? Seriam elas irmãs?

É muito provável que eram ambas casadas, mas estéreis, e que, ao preservarem as crianças hebréias, ganharam do senhor a bênção de terem suas vidas enriquecidas com filhos.

A Bíblia não diz que o cesto onde Moisés foi colocado saiu boiando pelo rio Nilo

São muitas as pregações e estudos bíblicos que falam do episódio do nascimento de Moisés e de ele ter sido encontrado pela filha de Faraó.

Nestas narrativas em sermões, estudos e livros, contam que Moisés foi colocado em um cesto bem forrado e calafetado e ele foi colocado à deriva no rio.

A filha de Faraó não desceu ao Nilo para tomar banho, uma vez que ele era infestado de crocodilos e isto era um perigo muito grande. A Bíblia diz que ela desceu para lavar-se.

Quando Moisés, com três meses, foi colocado no cesto, a Bíblia não diz que ele foi lançado nas águas. Nossas traduções em português, umas dizem que ele foi colocado em um “carriçal” e a outra diz que ele foi colocado “nos juncos”. Ambas dizem que ele foi colocado À BEIRA DO RIO e não dentro dele. Confira Êxodo 2.1-5 e você terá a confirmação disto.

A Bíblia não diz que Moisés nada sabia de sua ascendência judaica.

Isto é uma deslavada ilusão, pois quem cuidou de Moisés durante os primeiros anos de sua vida foi a própria mãe dele, paga pela filha do Faraó. Em Atos 7.23-25 lemos algo que mostra, com clareza que Moisés conhecia muito bem a sua origem. “E, quando completou a idade de quarenta anos, veio-lhe ao coração ir visitar seus irmãos, os filhos de Israel. E, vendo maltratado um deles, o defendeu, e vingou o ofendido, matando o egípcio. E ele cuidava que seus irmãos entenderiam que Deus lhes havia de dar a liberdade pela sua mão; mas eles não entenderam”. Em Hebreus 11.24, lemos também: “Pela fé Moisés, sendo já grande, recusou ser chamado filho da filha de Faraó”.

A Bíblia não diz que Moisés era um dos candidatos ao trono faraônico.

A Bíblia não diz nada a este respeito. Não existe qualquer razão para crer-se que Moisés, pelo fato de ter sido adotado, tornou-se herdeiro da coroa. Como os monarcas naquele tempo geravam muitos filhos, nada indica que faltava algum herdeiro masculino para a coroa.

A Bíblia não diz que Moisés viveu a vida inteira com sua esposa Zípora.

“E aconteceu no caminho, numa estalagem, que o Senhor o encontrou e o quis matar. Então Zípora tomou uma pedra aguda, circuncidou o prepúcio de seu filho, o lançou a seus pés e disse. Certamente me és um esposo sanguinário. E DESVIOU-SE DELE. Então ela disse. Esposo sanguinário, por causa da circuncisão”. (Êxodo 4.24-26).

Este curto relato parece ter sido algo tremendamente decisivo na vida de Moisés e Zípora, algo que mudou um bocado seus destinos. Depois deste incidente, não vemos mais Zípora seguindo com Moisés para a missão tão grande que ia ser realizada no Egito.

Moisés simplesmente mandou-a de volta para a casa do sogro. Muito tempo depois, já tendo tirado o povo do Egito, Moisés passa novamente por Midiã e ali encontra-se com o sogro. Vamos ver o que aconteceu então.

“Ora, Jetro, sacerdote de Midiã, sogro de Moisés, ouviu todas as cousas que Deus tinha feito a Moisés e a Israel seu povo. Como o Senhor tinha tirado a Israel do Egito. E Jetro, sogro de Moisés, tomou a Zípora, a mulher de Moisés, DEPOIS QUE ELE LHA ENVIARA.

"Veio Jetro, sogro de Moisés, com os filhos e a mulher deste, a Moisés no deserto onde ele se achava acampado, junto ao monte de Deus, e mandou dizer a Moisés. Eu, teu sogro Jetro, venho a ti, com a tua mulher e seus dois filhos”. (Êxodo 18.1-6).

Vemos, pois, sem qualquer sombra de dúvidas, que Moisés tinha mandado Zípora de volta. Depois disto, Moisés fala com Deus no monte Sinai, segue adiante sua jornada e missão, e não vemos mais qualquer referência a Zípora.

Parece, então, que ele a deixou definitivamente. Em outra ocasião vemos que Moisés necessitou de uma companheira e ele simplesmente casou-se novamente. Eis o relato.

“E falaram Miriã e Aarão contra Moisés, por causa da mulher cusita que tomara, porquanto tinha tomado a mulher cusita”. (Números 12.1).

“Cusita”, refere-se ao povo da Etiópia, país da África, de pele negra como o azeviche. Não podemos afirmar que havia, implícita na revolta de Miriã e Aarão contra Moisés, qualquer preconceito racial ou étnico. Talvez estivessem querendo ser mais santos do que Moisés, o que demonstra o contexto.

Recente publicação evangélica, em sua seção de Perguntas e Respostas, respondendo a uma pergunta de certo leitor a respeito deste assunto, afirma que Zípora e a mulher cusita ERAM A MESMA PESSOA!!!

Observando um mapa das terras da Antigüidade, descobrimos que Midiã estava muito distante da Etiópia, sendo totalmente impossível tal possibilidade.

A Bíblia não diz que o Faraó sobreviveu à destruição de seu exército no Mar Vermelho

Isto é uma inverdade completa, pois o faraó e seus soldados morreram ali. Veja o que diz Êxodo 14.28 e o Salmo 136.15. “Porque as águas, tornando, cobriram os carros e os cavaleiros de todo o exército de Faraó, que os haviam seguido no mar; nenhum deles ficou”. “Mas derrubou a Faraó com o seu exército no Mar Vermelho; porque a sua benignidade dura para sempre”.

A vara de Moisés não virou serpente diante do Faraó.

É muito comum acreditar-se, e até muitos pregam, que Moisés lançou a vara DELE diante de Faraó e ela se transformou em serpente. Isto, porém, JAMAIS ACONTECEU! A vara que se transformou em serpente foi a de Arão e não a de Moisés. Foi Arão quem lançou a vara diante de Faraó, por ordem de Deus, através de Moisés.

O mais incrível, porém verdadeiro, é que foi Arão também quem tocou com a vara nas águas, as quais se transformaram em sangue. Confira com o texto da Bíblia:

"E o Senhor falou a Moisés e a Arão, dizendo: Quando Faraó vos falar, dizendo: Fazei por vós algum milagre, dirás a Arão: Toma a TUA vara, e lança-a diante de Faraó, e se tornará em serpente. E Faraó também chamou os sábios e encantadores e os magos do Egito fizeram também o mesmo com os seus encantamentos. Porque cada um lançou sua vara e tornaram-se em serpentes. mas A VARA DE ARÃO tragou as varas deles.

Disse mais o Senhor a Moisés: Dize a Arão: Toma tu a vara, e estende a tua mão sobre as águas do Egito, sobre as suas correntes, sobre os seus rios, sobre os seus tanques e sobre todo o ajuntamento das suas águas, para que se tornem em sangue. e haja sangue em toda a terra do Egito, assim nos vasos de madeira como nos de pedra.

E Moisés e Arão fizeram assim como o Senhor tinha mandado. e levantou a vara, e feriu as águas que estavam no rio, diante dos olhos de Faraó, e diante dos olhos de seus servos e todas as águas do rio se tornaram em sangue." (Êxodo 8-12,19,20).

Além disso, foi Arão quem, por ordem de Deus, fez vir rãs sobre o Egito e feriu o pó da terra, transformando-o em piolhos.

Moisés esteve presente quando tudo isto aconteceu. Porém, foi pelas mãos de Arão, seu irmão, e com a vara de Arão e não pelas mãos de Moisés e com a vara de Moisés que tais coisas aconteceram. Veja também este texto:

"E disse mais o Senhor a Moisés: Dize a Arão: Estende a tua vara e fere o pó da terra, para que se torne em piolhos por toda a terra do Egito. E fizeram assim: porque Arão estendeu a sua mão com a sua vara e feriu o pó da terra, e havia muitos piolhos nos homens e no gado. todo o pó da terra se tornou em piolhos em toda a terra do Egito." (Êxodo 8:16,17).

Houve uma praga, a das úlceras, sobre os homens e os animais, que foi gerada por cinza do forno, que Moisés e Arão tomaram seus punhos cheios e MOISÉS a lançou para cima. (Êxodo 9:8-10).

As pragas que foram concitadas por Moisés, foram: a das úlceras, conforme vimos acima, a da saraiva (Êxodo 9:23)., a dos gafanhotos (Êxodo 10:13). e a das trevas (Êxodo 10:22). Portanto quatro pragas. Arão, por sua vez, concitou três pragas. Isto soma sete pragas. E as outras três?

As outras três foram realizadas diretamente por Deus, sem qualquer um dos dois varões - Moisés ou Arão - levantarem a mão ou utilizarem a vara. Estas foram: a praga das moscas, a da peste nos animais e a da morte dos primogênitos.

O VÔO DA ÁGUIA NO CÉU

O VÔO DA ÁGUIA NO CÉU

Por: Jânio Santos de Oliveira
Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias- Rio de Janeiro



Pv 30.18-19


Texto: "18 Há três coisas que são maravilhosas demais para mim, sim, há quatro que não conheço: 19 o caminho da águia no ar, o caminho da cobra na penha, o caminho do navio no meio do mar, e o caminho do homem com uma virgem".

INTRODUÇÃO:
1. Todos nós admiramos a águia, ave notável "...pelo seu tamanho, força, figura imponente, agudeza de vista e vôo poderoso" (Dic. Michelas–UOL). Devido ao seu vigor e imponência, ela pode designar pessoas de grande engenhosidade e perspicácia. Lembramo-nos aqui, do grande estadista brasileiro Rui Barbosa, que em razão de sua privilegiada inteligência demonstrada na Segunda Conferência de Paz em Haia (1907), recebeu a alcunha de "Águia de Haia".

2. Em razão destas qualidades a águia pode ser um símbolo significativo do cristão verdadeiro. Certamente, já ouvimos muitos sermões envolvendo comparações entre a maneira de ser da águia e a maneira de ser daquele que serve a Deus. Neste primeiro capítulo, queremos enfocar o "vôo da águia", fato deslumbrante para o escritor de Provérbios.
3. Vejamos quais são as características do vôo deslumbrante da águia, que podem se aplicar figurativamente a cada um de nós como filhos de Deus:

I – O VÔO DA ÁGUIA NOS SUGERE QUE O VERDADEIRO FILHO DE DEUS DEVE TER UMA MENTE VOLTADA PARA COISAS ELEVADAS
1. Sabemos que a águia vive nas alturas e constrói seu ninho nos mais altos picos!

2. Embora sejamos crentes, não podemos perder de vista que estamos inseridos neste mundo. Quer queiramos, ou não, somos do mundo e fazemos parte dele. Quando Jesus orou a "oração sacerdotal", fez a seguinte observação acerca de seus discípulos: "E eu já não estou mais no mundo, mas eles estão no mundo...", Jo 17.11. Observe a expressão "eles estão no mundo". O mundo é nosso campo de vida e ação!

3. Porém, embora pertençamos a este mundo não precisamos e nem podemos nos envolver com suas práticas pecaminosas. Na mesma oração Jesus disse ao Pai: "Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal", Jo 17.15. Esta palavra de Jesus nos relembra o fato de que somos cidadãos dos céus e por esta razão não podemos permitir que o mal nos domine, e ainda devemos lutar para que nossas mentes sejam voltadas para o alto, para os valores mais elevados, para aquilo que é eterno.

4. Com certeza, a Palavra de Deus nos adverte quando ao fato de pensarmos nas coisas elevadas:

a) As "coisas do alto", devem ser objeto de nossa constante busca, "PORTANTO, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus", Cl 3.1. Observe que Paulo está falando da ressurreição de Cristo, dizendo que todos aqueles que se tornaram filhos de Deus pela fé, dela participaram espiritualmente. Ressurretos com Cristo através do "novo nascimento", nossa busca agora não deve ser concentrada em valores terrenos, mundanos, mas de valores celestiais.

b) Hoje podemos pensar nas coisas do alto, porque recebemos através do Espírito Santo a "mente de Cristo", "Porque, quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo", 1 Co 2.16. Devemos considerar nossa maneira antiga de pensar como algo devidamente ultrapassado. Paulo nos adverte de maneira clara o que agora deve ocupar nossos pensamentos: "Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai", Cl 4.8.

c) Porém, para manter nossa mente voltada para os valores do reino, ela precisa ser constantemente renovada, transformada, "E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus", Rm 12.1. Somente experimentaremos a perfeita vontade de Deus, permitindo que nossos pensamentos sejam devidamente transformados pela ação do Espírito Santo em nós.

5. Assim como a águia voa alto, precisamos também viver acima dos padrões deste mundo!

II - O VÔO DA ÁGUIA NOS SUGERE QUE O VERDADEIRO FILHO DE DEUS DEVE TER UMA REAL VISÃO DOS VALORES DO REINO
1. Outra característica da águia é sua visão privilegiada. Ela pode ver uma presa de tamanho minúsculo numa terra arada, estando a três mil metros de altura.

2. Como filhos de Deus, precisamos também aguçar nossa visão espiritual. Muitos que se dizem cristãos apresentam uma visão míope dos valores do reino de Deus. São crentes que não cresceram em sua vida cristã e apresentam deficiências espirituais crônicas. Assim como o atleta olímpico tem uma visão clara de seu objetivo, que é cruzar a linha de chegada em primeiro lugar, nós também devemos ter um objetivo específico: "olhar para Jesus" – "Olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus", Hb 12.2.

3. Dependendo de nossa conduta visionária, os valores do reino terão ou não a primazia em nossa vida. Observemos alguns textos da Escritura que nos mostram o valor de uma visão espiritual correta:

a) Aquele que tem uma visão correta não olha para traz, Lc 9.62, "E Jesus lhe disse: Ninguém, que lança mão do arado e olha para trás, é apto para o reino de Deus". O arado, instrumento de lavrar a terra, representa nosso trabalho e investimento no reino de Deus. O objetivo daquele que manuseia o arado é trabalhar obedecendo a uma linha reta, num vai e vem constante, até que toda gleba de terra esteja devidamente preparada ao plantio. Qualquer descuido, qualquer desvio no olhar, pode comprometer o trabalho. Assim também nós que militamos no reino precisamos ter uma visão clara dos valores pertinentes ao serviço de Deus.

b) Aquele que tem uma visão correta, não é apegado aos bens materiais, Mt 19.21, "Disse-lhe Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, e segue-me". O contexto do presente versículo nos mostra um jovem fazendo uma pergunta importante ao Senhor: "Que farei para conseguir a vida eterna"? Depois de um importante diálogo, Jesus chegou à conclusão de que aquele jovem era prisioneiro de seus bens materiais. Por esta razão sugeriu-lhe que vendesse seus bens, distribuísse aos pobres, para ter a garantia de vida eterna. Não querendo abandonar suas posses materiais, o moço foi embora muito triste, o que ficou claro que ele tinha uma visão distorcida do reino de Deus. Muitos de nós, agimos da mesma forma quando temos que fazer opção entre os valores do reino e os valores mundanos, o que demonstra de maneira clara o tipo de visão que temos.

c) Aquele que tem uma visão correta sabe onde quer chegar, 2 Tm 1.12, "Por cuja causa padeço também isto, mas não me envergonho; porque eu sei em quem tenho crido, e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até àquele dia". Temos em Paulo um exemplo significativo do que é ter uma visão correta dos valores do reino. Observe como ele é contundente: "eu sei em quem tenho crido"! Mesmo vivendo em intenso sofrimento e vergonha em razão de seu amor a Jesus, Paulo mantinha uma conduta irrepreensível, uma vez que havia nele uma visão clara do reino, que sobrepunha qualquer valor mundano!

4) Sem uma visão clara do que somos e queremos não vamos chegar a lugar algum. Todo filho de Deus precisa saber para onde caminha. Assim como Paulo prosseguimos "...para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus", Fp 3.14.

III - O VÔO DA ÁGUIA NOS SUGERE QUE O VERDADEIRO FILHO DE DEUS, EMBORA TENHA SUA MENTE NOS CÉUS, SEUS OLHOS NÃO SE AFASTAM DA TERRA
1. A águia alça seu vôo na tentativa de encontrar alimento para si mesma e para seus filhotes. Embora esteja nas alturas, sua fonte de alimentos é a terra.

2. A Palavra de Deus nos mostra como o Filho de Deus, deixou a glória celeste para descer ao mundo como salvador do homem: "Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre; e o pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo", Jo 6.51. Ao descer para terra por obra e virtude do Espírito Santo, Jesus, mesmo "...sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, 7 Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; 8 E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz", Fp 2.6-8. Tudo Ele fez tendo em vista o benefício do homem, objeto do amor eterno de Deus!

3. Também nós como crentes, agora regenerados pela ação da Palavra e Espírito de Deus, mesmo estando "ressuscitados com Cristo" (Colossenses 3.1) e "assentados nas regiões celestiais" (Efésios 2.6), não podemos tirar nossos olhos da terra, que é o nosso campo de ação. Nossa vida foi transformada pelo poder de Deus para sermos usados como instrumentos na libertação e salvação de vidas. Veja o que diz a Palavra de Deus:
a) A visão de Abraão, "9 Pela fé habitou na terra da promessa, como em terra alheia, morando em cabanas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa. 10 Porque esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus", Hb 11.9-10. Mesmo tendo vivido num tempo diferente do nosso, Abraão tinha consciência de que sua verdadeira pátria não era Canaã – considerada a "terra da promessa", mas conforme o próprio texto nos diz ele aguardava a "...cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus". Tinha ele uma visão clara de sua postura neste mundo, que era a de ser uma bênção, ou seja, representar Deus para os povos de seus dias. Tinha certeza de que através dele seriam "...abençoadas todas as famílias da terra", Gn 12.3.

b) Somos embaixadores do reino, "De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que vos reconcilieis com Deus", 2 Co 5.20. A função principal do "embaixador" é representar sua nação numa outra nação que não é a sua. Embora sejamos cidadãos dos céus pela graça de Deus, temos a responsabilidade de representar os céus na terra! Vivemos na terra, mas não pertencemos a ela! Nossa função é trazer o céu para a terra!

c) Porém, um dia seremos tirados da terra para habitar em nossa verdadeira pátria, "Porque eu já estou sendo oferecido por aspersão de sacrifício, e o tempo da minha partida está próximo", 2 Tm 4.6. Observe a expressão "...o tempo de minha partida está próximo". Paulo antevia sua morte e o recebimento de sua herança na eternidade. Suas convicções são descritas nos versículos seguintes: "7 Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. 8 Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda" 2 Tm 4.7-8. Enquanto estamos neste mundo, precisamos viver como cidadãos dos céus, como representantes legítimos de nossa pátria celeste. Porém, quando chegar o tempo de nossa partida, que possamos declarar como Paulo: "combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé".

4. Não nos esqueçamos: Vivemos neste mundo como em terra estranha, onde precisamos representar Deus legitimamente! Que ao sermos transferidos para a eternidade, tenhamos a consciência do dever cumprido!

CONCLUSÃO:
1. Vimos neste capítulo como a águia pode ser uma figura do verdadeiro filho de Deus, pois as características de seu vôo tem a ver com algumas características daquele que serve ao Senhor. Assim como o vôo da águia ocorre nas alturas, nós também devemos ter nossa mente fixada nas coisas celestiais; sua visão privilegiada - capaz de enxergar um pequeno rato numa terra arada a três mil metros de distância, aponta para o fato de que precisamos ter a real visão do reino, dos valores eternos; seu olhar constante para a terra na busca de alimentos, nos fala de nossa missão terrena, onde vivemos como representantes de nossa verdadeira pátria, a cidade celestial.

2. Que possamos viver como verdadeiros cidadãos dos céus, cumprindo nossa missão de embaixadores do reino!

Eu escrevi uma matéria contendo 42 páginas em um tratado sobre"a ilustração da águia". É uma obra prima e inédita, que estarei disponibilizando no meu site em breve aguardem. Presbítero Jânio Santos de Oliveira.