sexta-feira, 30 de março de 2012

5 Atitudes que nos levam a alcançar o impossível





Por: Jânio Santos de Oliveira
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias - RJ
seminarionainternetdoprofjanio.blogspot.com.br




Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus a Paz do Senhor!

Nesta oportunidade nos vamos meditar na Palavra de Deus que se encontra em Mc 9.23 que diz: Disse Jesus. “Tudo é possível àquele que crê.”

E ainda em Lc 18. 27 que diz:

Jesus respondeu: “O que é impossível para os homens é possível para Deus”

Você já chegou a um ponto em sua vida onde você não vê nenhuma saída?

É com você que eu quero falar nessa noite: Deus quer fazer o impossível acontecer em sua vida!

Nós em nossa capacidade humana somos limitados, isso é algo indiscutível, mas Deus não o é, e Ele sempre quer nos ajudar em nossas causas, principalmente em nos mostrar como fazer o possível para alcançar o impossível.

Às vezes pedimos muito, oramos muito para que Deus guie nossos passos e nos ajude em diversas causas, em diferentes áreas de nossa vida, mas nem sempre estamos dispostos a levantar nossos pés para fazermos a parte que cabe a nós, e esse é o fato de não alcançarmos tudo aquilo que desejamos você já parou para pensar nesse fato?

 Você já tentou correr, ou ir à busca do impossível?

“Sábia que a única maneira de alcançar o impossível é acreditando que é possível “e entregando o impossível nas mãos de Deus! Várias passagens Bíblicas nos mostra isso claramente, e uma passagem que sempre muito me chamou a atenção, de uma pessoa que foi em busca do impossível acreditando no possível, é da mulher Sunamita (2 Reis 4:18-37) em que, Eliseu ressuscitou o seu filho, é uma passagem que nos preenche com muitos ensinamentos.

Essa passagem relata a vida da família dessa mulher, em uma experiência extraordinária com Deus através do profeta Eliseu.

Nessa passagem a Sunamita era uma mulher estéril e foi profetizado na vida dela que veria a ter um filho e assim o foi, e alguns anos depois a criança já era um jovenzinho e veio a falecer quão imaginável seria a dor dessa mãe, mas mesmo assim ela não deixou de acreditar no possível, não deixou de exercer a fé em Deus, essa mulher acreditou e foi em busca do impossível.

Gostaria que prestassem bem atenção nesses versículos a seguir, quando essa mulher se encontra a caminho de Eliseu, para relatar a morte de seu filho, ela é questionada se tudo iria bem com ela e sua família? Ela diz que sim!

(2 Reis 4:26) Agora, pois, corre-lhe ao encontro e dize-lhe: Vai bem contigo? Vai bem com teu marido? Vai bem com teu filho? E ela disse: Vai bem.

Fico imaginando como tudo poderia ir bem à vida dela, com seu filho morto.

Mas assertivamente, essa mulher fez o que realmente devemos fazer em situações de dificuldades, não olhar para a situação por pior que seja de uma maneira pessimista, mas ir a busca da solução, no versículo (2 Reis 4:24) ela diz ao moço que a levara até a presença de Eliseu, para que não se deter-se até que ela chegasse ao seu objetivo, que era a presença de Eliseu, e é assim que devemos agir em situações que não depende mais de nós mas de Deus, ir direto ao encontro com o Senhor que tudo pode.

Deus não exige que façamos o que não temos condições, mas espera que fazemos o que se encontra em nosso alcance, a atitude da mulher Sunamita é um grande exemplo de que quando fazemos o nosso possível, Deus amorosamente executa o impossível, como aconteceu na ressurreição do filho da Sunamita (2 Reis 4:34).

Podemos afirmar que o ato de conquistar é uma característica inerente ao ser humano. Contudo, apesar de sua capacidade mental e psíquica, o homem é um ser com limitações. Ao homem, no curso da vida, apresentam-se os impossíveis, situações das quais o homem é incapaz de solucionar recorrendo às suas faculdades e ciências.

a) O homem não pode conquistar o impossível por meio do “dinheiro” – (At 8.9-20)

Impor as mãos e pessoas receberem o Espírito Santo é um ato que somente alguém entronizado ao trono de Deus e à sua vontade pode conseguir.

É um ato impossível ao homem natural. Simão, o mágico, ao ver o apóstolo Pedro impondo as mãos e pessoas recebendo o Espírito Santo pensou que poderia fazer a mesma coisa através do dinheiro. O dinheiro para nada serve no mundo espiritual. Serve no mundo físico, material, mas no espiritual não tem valor algum.

Logo, entende-se que o impossível de Deus não pode ser alcançado por meio de barganhas ou coisas do tipo.

Pedro disse a Simão: “O teu dinheiro seja contigo para perdição, pois cuidaste que o dom de Deus se alcança por dinheiro”. (At 8.20)

b) O homem não pode conquistar o impossível por meio da “sabedoria humana” – (Lc 5.5)

Pedro era um pescador profissional, tinha seu barco próprio, conhecia o mar da Galiléia como poucos assim como a melhor técnica para se apanhar os melhores peixes. Aconteceu, porém, que, após pescar a noite toda, nada apanhou, a impossibilidade se apresentou, e quando o impossível ocorre, a sabedoria humana é incapaz de resolver.

c) O homem não pode conquistar o impossível por meio da “posição social” – (Lucas 8.41-56)

Jairo era um dos principais da sinagoga, pessoa proeminente, de posição social, abastada financeiramente, tinha acesso aos melhores médicos, porém, quando o impossível se apresenta através de uma enfermidade que leva a sua filha a óbito, sua posição social em nada muda a circunstância.

d) O homem não pode conquistar o impossível por meio da “religiosidade” – (Jo 3.1-3)

Nicodemos era mestre da lei, um homem religioso, mas ao ser confrontado pelos argumentos de Jesus acerca de nascer de novo, algo que só é possível por meio da ação divina no homem, algo impossível de ser alcançado por meio de dogmas religiosos, Nicodemos contemplou a impossibilidade de se entender naturalmente as coisas espirituais.

Só existe uma forma, uma maneira de o homem tornar o impossível como algo possível, é por meio da busca da providência divina, do sobrenatural poder de Deus. O Deus do impossível pode todas as coisas, visto que agindo Deus, quem o impedirá. (Is 43.13)

 Por que para Deus nada é impossível?

Para entender a razão pela qual nada é impossível para Deus é necessário analisar um dos atributos ativos de Deus, ou seja, o que Deus é em relação ao universo, a sua “onipotência”.

“Ah Senhor Deus! Eis que tu fizeste os céus e a terra com o teu grande poder, e com o teu braço estendido, nada há que te seja demasiado difícil”. (Jr 32.17)

 A onipotência de Deus significa duas coisas:

a) Deus tem liberdade e poder para fazer tudo que esteja em harmonia com a sua natureza. Por isso dizer que “nada é impossível para Deus” é uma verdade que está em total conformidade com as Escrituras Sagradas.

b) Deus tem controle e soberania sobre tudo que existe ou possa existir. Somente Deus é Todo-Poderoso.

 Vamos meditar agora em Josué 10. 5-15

 Vejamos as 5 atitudes que nos levam a alcançar o impossível:

1. Encare os desafios com coragem e fé – Josué 10. 5,6

1.1. Os maiores desafios surgem como resposta às maiores Necessidades

1.2. Freqüentemente problemas são gerados por erros cometidos

1.2. A responsabilidade nos impele a aceitar novos desafios

2. Dedique o que você tem de melhor – Josué 10. 7ª

2.1. A conquista do improvável requer dedicação integral

2.2. A dedicação integral atrai o favor divino

2.3. A concentração no prioritário garante o foco necessário para a vitória

3. Julgue o desafio baseado em Deus e não em sua capacidade – Josué 10. 8

3.1. Encare os problemas como oportunidades.

3.2. Veja as dificuldades pelos olhos da fé

3.3. Confie totalmente em Deus

4. Espere a intervenção sobrenatural de Deus – Josué 10.10,11

4.1. Deus responde aos que chamam por Ele

4.2. Deus se revela aos que o buscam

4.3. Deus socorre os que nele confiam

5. Transforme a realidade por meio da fé – Js 10.12,13.

5.1. A fé cura o passado

5.2. A fé muda o presente

5.3. A fé previne o futuro

A conquista do impossível em Deus é possível

• Pedro não havia pescado nada. Todavia, Jesus entra em cena, o Deus-homem ordena que Pedro tente mais uma vez e então o impossível torna-se possível e o milagre acontece. “E, respondendo Simão, disse-lhe: Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos; mas, sobre a tua palavra, lançarei a rede”. (Lc 5.5)

• Jairo diante da impossibilidade de cura da filha prostrou-se aos pés de Jesus e apesar da menina ter vindo a falecer, Jesus opera o impossível e Jairo tem a restituição da sua filha, a conquista do impossível. (Lc 8.55)

• Nicodemos conquista o possível num quadro de impossibilidades e então nasce da água e do espírito e marca presença no sepultamento de Jesus, demonstrando sua mudança de pensamento e posição religiosa. (Jo 19.39-40)

Você quer conquistar o impossível? Apresente a sua causa a Deus porque para Deus nada é impossível.

OS 3 ASPECTOS DOS MILAGRES DE DEUS NO DESERTO




Por: Jânio Santos de Oliveira
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias - RJ
seminarionainternetdoprofjanio.blogspot.com.br



Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!

Vamos nesta oportunidade meditar na Palavra de Deus que se encontra em Ex 17:8-15

No deserto é difícil a caminhada, mas com Deus na frente os milagres acontecem e tudo se torna mais fácil.

Algumas vezes Deus permite que certas circunstâncias surjam na nossa vida, só para ver se somos assim tão honestos e sinceros quando falamos no Seu nome.

Por isso, Ele permite que na nossa vida aconteçam dificuldades, adversidades, opressões, doenças, e problemas familiares. Por que Deus permite o deserto na nossa vida?. A própria Palavra de Deus nos afirma que, muitas vezes, o próprio Deus nos manda para o deserto.

E, para que não tenhamos dúvidas sobre isso, lembremos que nem mesmo o Filho de Deus, ficou isento da provação. O Espírito Santo o conduziu ao deserto para ser tentado pelo diabo (Mt.4.1).

O povo de Israel viveu no Egito durante 430 anos, a maior parte deste período, foram como escravos.

Viveram numa liberdade reprimida e controlada pelos egípcios que possuíam crenças e hábitos estranhos aos valores espirituais de Israel.

Isso resultou na assimilação de alguns hábitos e comportamentos, e no surgimento de sentimentos mesquinhos, medíocres e negativistas, os quais se tornaram mais evidentes no deserto.

Esses sentimentos faziam com que o povo de Israel reclamasse de tudo e perdesse boas oportunidades de valorizar as experiências com Deus no deserto. Dessa forma, o povo acabou tornando-se mais hostis e amargos.

O ambiente do deserto permitiu a Israel perceber não só as suas limitações e desafios, como também a grandeza de Deus evidenciada por grandes obras e preciosas lições.

Essas experiências foram necessárias para mudar essa Nação à maneira de Deus, pois como povo Seu, ela deveria cumprir os seus propósitos aqui na terra como havia sido dito a Abraão: “em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.3).

A história de Israel é bem conhecida: o povo judeu era escravo do Faraó no Egito. Moisés o libertou da servidão para receber a Torá no Monte Sinai e, após quarenta anos no deserto, entrou na Terra Prometida.

No deserto, era uma vida repleta de milagres e maravilhas. Você mesmo já parou para pensar como o povo sobreviveu no meio do nada? Pois saiba que aconteceu um verdadeiro "show" de milagres.

As roupas que as crianças vestiam cresciam junto com elas. Lavanderia? Nem pensar! Ao passar entre nuvens, a sujeira sumia! Estavam brancas com aquele "branco total", de dar inveja até às melhores multinacionais fabricantes de sabões em pó deste século.

A comida, chamada maná, caia do céu e tinha o sabor do alimento que a pessoa desejasse. Na sexta-feira, véspera de Shabat, caia em dose dupla. Imagine se fosse com a gente... Uma fonte de água jorrava constantemente de uma rocha. Uma nuvem em torno do acampamento do povo de Israel agia como escudo e durante a movimentação do pessoal no deserto.

Nada de sustos, tínhamos seguro contra tudo. Aliás, estávamos com tudo. Quem poderia querer mais? Mas o que significa o Êxodo nos tempos atuais? O que nos ensina a festa de nossa liberdade e como sentir a futura Redenção de toda a humanidade na Era Messiânica?

Humildade é o princípio da libertação e o pilar de todo crescimento espiritual. Somente alguém que reconhece suas próprias falhas e se submete a uma sabedoria mais elevada pode se libertar das próprias limitações.

A Divisão do Mar

No sétimo dia da Páscoa comemoramos o milagre da Divisão do Mar Vermelho, que finalizou o Êxodo do Egito. Com as carruagens egípcias em seu encalço, os judeus pularam no mar; Deus "transformou o mar em terra seca", criando paredes de água em ambos os lados e permitindo que Seu povo atravessasse. Em seguida, as águas retornaram a seu estado normal, afogando os egípcios.

A Divisão do Mar simboliza mais uma jornada espiritual rumo à liberdade verdadeira. Assim como as águas do mar cobrem e esconde tudo o que se encontra nelas, do mesmo modo o mundo material oculta a força vital Divina que mantém sua existência. A transformação do mar em terra seca representa a revelação da verdade oculta de que o mundo não é separado de Deus; de fato, é unido a Ele.

Freqüentemente, após "sair do Egito" passamos por um despertar brusco. Podemos ter trabalhado o Egito em nosso interior, mas a vida em termos de valores materiais, ainda continua aqui. Devemos buscar então maior empenho para estarmos cientes da presença e influência de Deus em nossas vidas, pois hoje em dia é realmente um milagre sobreviver a cada dia, e não nos damos conta disto. Devemos aguardar mais um pouco, até que "o mar se divida" e a liberdade seja completa.

Eu lhes mostrarei maravilhas
Nossos sábios perguntam: "Por que ‘nos dias de tua saída‘, se o Êxodo ocorreu num só dia?"
A resposta é que a verdadeira liberdade é um processo contínuo. Os primeiros passos fora do "Egito" são apenas o início. E assim diz o Talmud: "A cada geração e em cada dia, cada um é obrigado a se ver como que se ele próprio estivesse saindo do Egito naquele mesmo dia."

I- MILAGRE CONTRA OS INIMIGOS

1- Destruiu Faraó no mar vermelho Ex 14:27-31

2- Derrotou Amaleque Ex 17:8-11,15

3- Derrotou os reis de Moabe e Basã Nm 21:21-24,28

4- Derrubou as muralhas de Jericó Js 6:1-4,15,20

II- MILAGRE CONTRA OS REBELDES

1- Miriã ficou leprosa Nm 12:2-5,10,13-15

2- Coré é destruído Nm 16:1-3,28-32

3- Matou os murmuradores Nm 16:41,42,47-49

4- Fez a jumenta falar com Balaão Nm.22:21-34

III- MILAGRE A FAVOR DO POVO DE DEUS

1- Abriu o mar vermelho Ex 14:15,16,19,21,22

2- Tornou as águas doce Ex 15:23-26

3- Os calçados não envelheceram Ne 9:21; Dt.2:7; 8:4; 29:5

4- A passagem pelo Jordão Js 3:1,5,15-17

Amados, quando estiver passando pelo seu deserto, lembre-se que caminhando ao seu lado, tem um Deus Forte para lhe guiar até o final do caminho. Deus sabe que você vai chegar até o final da sua jornada, pois o fraco não consegue ir longe, na sua missão. Deus sabe que a impaciência e a incompreensão, estarão fazendo parte do seu caminho. Precisamos entender que o deserto não é só uma fase na nossa vida, mas um princípio espiritual.

Deus quer que reconheçamos que o deserto faz parte da Sua disciplina, mas também é um momento sublime de sabermos como os nossos corações estavam cheios de motivações erradas. Quando olhamos para as nossas igrejas, podemos ver que muitos estão entrando e outros estão saindo do deserto. Sempre que Deus precisar transformar o nosso caráter, é possível que muitos vão ser lançados no deserto. O tempo da nossa permanência ali dependerá exclusivamente de não murmurarmos, obedecermos e aceitarmos fazer a vontade do Senhor.

O Deus que servimos é este mesmo que cuidou de Israel no deserto, realizando estes grandes milagres, creia nele e viva também uma vida de milagres.

Que o Senhor abençoe a todos grandemente. Amém

sexta-feira, 23 de março de 2012

As três lições que o deserto nos ensina







Por: Jânio Santos de Oliveira
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias - RJ
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Deus tem propósitos para a vida de cada um de nós, ELE usa de vários meios para se revelar e mostrar a sua vontade. Deus leva os escolhidos a realizar seus propósitos e a obter maturidade espiritual para experimentar o cumprimento das promessas que ELE fez.

Esse meio que ELE usa é o deserto, lugar de sofrimento, falta água, calor durante o dia e muito frio à noite, lugar de treinamento.

Abraão e José foram homens de Deus chamados para realizar seus propósitos, todos eles passaram por crises, solidão, angustias, sem saberem muitas vezes o porque de tantos sofrimentos e desafios para alcançarem a promessa , eles nos tem deixado exemplos de paciência e fé.

Em nossas vidas também não é diferente Deus nos fala de algo bom, maravilhoso, nos faz promessas, mas de repente, situações adversas nos acometem, parecendo caminhar em direção contrária ao que Deus disse.

O porquê desafia sua fé em Deus e a certeza que teremos a vitória, mas não desanime, não se entregue, tudo isso faz parte do treinamento para tornar você uma pessoa mais humana, buscar mais a Deus, te moldar do jeito que Ele quer , pois o Deus que envia também cuida ELE é contigo.

Em (Gn 12.1-3) Deus prometeu abençoar a Abrão, torná-lo pai de muitas nações, seria engrandecido, deveria deixar amigos, sair do meio da sua parentela indo para uma terra que Deus mostraria.

Reflita caso isso ocontecesse com você, tirá-lo do seu conforto, da família, amigos, e ir rumo a uma terra desconhecida até então.

O que o SENHOR testa é a obediência e a prontidão em fazer sua vontade, confiando plenamente e que Deus é totalmente suficiente para dar direção, proteção, livramento e salvação.

Porque Deus fez assim com Abraão? ELE fez isso para treiná-lo aprender a enfrentar as dificuldades na total dependência, ter intimidade e buscar diariamente o SENHOR com cânticos e orações.

“Temos que dizer o que Jó disse em Jó 42.5 Com o ouvir dos meus ouvidos ouvi, mas agora te vêem os meus olhos” isso é andar com Deus.

Na velhice de Abrão e de Sara Deus deu a eles um filho que humanamente era impossível como esta registrado em Gênesis 18.11 que Abrão e Sara já velhos e adiantados em idade ; já a Sara havia cessado o costume das mulheres , mas Deus cumpriu o que prometeu.

Abraão não foi o único a passar pelas mãos do Oleiro , José também precisou de matricular - se nesta escola para treinamento. Imaginem José sendo levado para longe , sofrendo a falta dos seus, psicologicamente ele estava tendo uma experiência terrível nas mãos do SENHOR estava sendo tratado em suas emoções , para crescer e amadurecer emocionalmente e espiritualmente dependendo unicamente do DEUS Todo Poderoso, aprendendo os princípios de submissão, autoridade, administração de bens e na prisão aprendeu a administrar recursos em situações de escassez.

No tempo determinado por Deus não houve atraso chegou na hora certa e cumpriu as promessas nas vidas de Abraão e José e de muitos outros.Assim Deus fará com você te preparando para algo maior.

Devemos obedecer a Deus e á sua vontade revelada. No caso de José, por exemplo, fica claro que por ele honrar a Deus, mediante sua vida de obediência, Deus o honrou ao estar com ele.

Semelhantemente, para o próprio Jesus desfrutar do cuidado divino protetor ante as intenções assassinas do rei Herodes, seus pais terrenos tiveram de obedecer a Deus e fugir para o Egito. Aqueles que temem a Deus e o reconhecem em todos os seus caminhos têm a promessa de que Deus endireitará as suas veredas (Pv 3.5-7).

Na sua providência, Deus dirige os assuntos da Igreja e de cada um de nós como seus servos. O crente deve estar em constante harmonia com a vontade de Deus para a sua vida, servindo-o e ajudando outras pessoas em nome dEle (At18.9,10;23.11;26.15-18;27.22-24).

Devemos amar a Deus e submeter-nos a Ele pela fé em Cristo, se quisermos que Ele opere para o nosso bem em todas as coisas (Rm 8.28). Para termos sobre nós o cuidado de Deus quando em aflição, devemos clamar a Ele em oração e fé perseverante. Pela oração e confiança em Deus, experimentamos a sua paz (Fp 4.6,7), recebemos a sua força (Ef 3.16;Fp 4.13), a misericórdia , a graça e ajuda em tempos de necessidade (Hb 4.16; Fp 4.6).

Tal oração de fé , pode ser em nosso próprio favor ou em favor do próximo ( Rm 15.30-32; Cl 4.3).

São experiências comuns em nossa vida cristã. Como compreendê-las e vencê-las? Nesses momentos costumamos ser derrotados e frustrados, ainda mais quando vemos a Bíblia ordenando-nos alegrias nestas horas (Tg 1:2, I Pe 1:6, I Pe 4:12-13).

O que é provação e tentação? Provação e tentação é a mesma coisa? Há diferenças? Porque em algumas Bíblias aparece a palavra tentação, e em outras o mesmo texto apresenta a palavra provação? Na Bíblia a palavra traduzida como tentação ou provação é a mesma: “peraismos”.

Quer dizer teste prova. Há vários tipos de provas (I Pe 1:6) a que podemos ser submetidos: perseguições, doenças, problemas sérios, oposição desencadeada por Satanás, aparente distância de Deus.

Todos estes tipos de testes são “provações”. Há um tipo especial de provação, que é aquela desencadeada por Satanás, visando nossa derrota e valendo-se de uma cobiça interior nossa para acenar-nos com algo que tenta induzir-nos ao pecado. Esta prova é uma “tentação”.

Este tipo maligno de “peraismos” Deus não faz. É o que diz Tiago 1:13-15. A diferença entre tentação e provação é mais didática do que prática, pois freqüentemente se confundem. Toda tentação é uma provação e toda provação pode vir a ser uma tentação. Basta para isso que Satanás nos induza ao pecado, em meio à provação.

Vide o exemplo de Jó, que sendo provado foi tentado, Jó 2:9. A aparente distancia de Deus, também é às vezes um teste, visando provar nossa fé em suas promessas constantes. Este teste é o que chamamos “deserto espiritual”, sensação de vazio.

 O QUE É DESERTO?

Porque algumas vezes nos sentimos vazios: Frios, Deus parece que não nos ouve? Deus está conosco, Jesus prometeu estar conosco todos os dias até a consumação do século, o Espírito Santo faz morada em nós.

Portanto a Trindade está sempre conosco. No entanto eu posso sentir isto ou não. Posso ver isto ou não.

Quando eu não sinto ou não vejo Deus comigo (Deserto), me vem uma sensação de vazio e frieza espiritual.

Mas Deus não quer isto, Ele quer que pela fé (Hb 11:1) eu cria que Ele está comigo, e haja abundância de vida mesmo no deserto (Sl 84:6) Jó 35:14. Deserto é dificuldade de ver e sentir Deus presente, embora Ele sempre esteja (Sl 34:18).

Há 3 coisas diferente de Deserto: Deus nos faz passar por momentos assim: Se Deus quer trabalhar em nossa fé, e fé é ter convicção de fatos que não se vêem muitas vezes Deus permite que não o sintamos presente para lançarmos mão de fé.

“Ele está aqui, embora não o sinta”.
Exemplo: Ex 14; 15:22,27; 16:12; 17:1, Dt 8:15 e 16, Mt 4:1, Sl 23:2-4, Jr 17:7 e 8, Mt 14:22-25. Pecados ou voluntários afastamentos de Deus. Este tipo de deserto não é propriamente uma provação mas conseqüência de derrota espiritual.

O pecado afasta-os de Deus, e o abandona da oração e da leitura da Bíblia, nos traz também frieza espiritual.

II Sm 11; 12:6; Sl 51:11. Peculiar característica física ou temperamental.
I Rs 19:4. Elias era homem de Deus e muito abençoado. Não fora Deus quem o conduzira ao deserto, e nem pecado, mas um problema, uma ameaça o fez entrar em depressão. Elias era um Melancólico.

Todos nós temos um pouco do temperamento melancólico, mas há pessoas marcadamente melancólicas, que constantemente estão em desertos.

Os melancólicos são introvertidos, escrupulosos, meticulosos, exigentes, pensadores, auto depreciadores.

Para mudar seu temperamento leia: Temperamento controlado pelo Espírito e Temperamento transformado pelo Espírito.

 O MANÁ COMO PROVISÃO NO DESERTO

Lemos em Hebreus 9.4 acerca da arca da aliança que continha em seu interior um vaso com o maná, além das tábuas da lei e da vara de Arão que floresceu. E o mesmo escritor afirma em sua epístola que a lei tem a sombra dos bens futuros, e não a imagem exata das coisas (Hb 10.1).

Na arca e nos elementos em seu interior não temos a imagem exata das coisas, mas a sombra (ou figura) de bens futuros. Se observarmos estes objetos segundo o ensino do Novo Testamento, temos que ir além da imagem exata (o que neles se vê literalmente) e compreender a sombra, ou seja, o que eles tipificam: os bens futuros, da Nova Aliança, nele figurados.

Qual é a figura do maná? Para entendermos claramente, compararemos dois textos bíblicos: um do Velho Testamento apresentando a figura, e um do Novo Testamento interpretando a figura.

“Sim, ele te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná, que nem tu nem teus pais conhecíeis; para te dar a entender que o homem não vive só de pão, mas de tudo o que sai da boca do Senhor disso vive o homem”. ( Dt 8.3)

“Mas Jesus lhe respondeu: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus”. (Mt 4.4 )

Observe isto. Em Deuteronômio, vemos que as Escrituras dizem que o homem não vive de pão, mas de tudo o que sai da boca do Senhor. E segundo o texto, o que saía da boca do Senhor? O maná!

Agora veja, Jesus usa estas mesmas palavras ao ser tentado pelo Diabo no deserto, E O INTERPRETA ao dizer: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda Palavra que sai da boca de Deus. Ele substitui a expressão “maná” por “Palavra de Deus”, que era o significado desta figura, que não tinha a imagem exata, mas era sombra de um bem vindouro.

O maná, portanto, é um tipo da Palavra de Deus: é o alimento que vem do céu para o sustento do seu povo. E qual é a figura da arca da aliança? Ela representa a presença de Deus no meio dos homens. Veja os textos bíblicos que autenticam esta afirmação: Quando, pois, a arca partia, dizia Moisés: Levanta-te, Senhor, e dissipados sejam os teus inimigos, e fujam diante de ti os que te odeiam.

E quando ela pousava, dizia: Volta, ó Senhor, para os muitos milhares de Israel. (Nm 10.35-36). Quando a arca partia, Moisés dizia: “Levanta-te ó Deus…”, e quando ela pousava, dizia: “Volta, ó Senhor…”, porque a arca representava a presença de Deus que estava entre os querubins, como ele mesmo dissera a Moisés. Vemos também que em Primeira Samuel 4.21-22, quando os filisteus tomaram a arca, dizia-se em Israel: “Icabode – de Israel se foi a Glória!”

Se a arca representava a presença de Deus no meio dos homens, então ela figura Jesus! No Novo Testamento, é Ele quem é chamado EMANUEL, que traduzido é “Deus conosco” (Mt 1.23).

E dele escreveu João, o apóstolo do amor, dizendo: E o verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do pai. Ninguém jamais viu a Deus.

O Deus unigênito, que está no seio do Pai, esse o deu a conhecer. (Jo 1.14, 18.) A arca, portanto, é figura de Cristo, a presença de Deus no meio dos homens.

 Vejamos agora as três lições que o deserto nos ensina

I. NO DESERTO ENCONTRAMOS A NÓS MESMOS

O que sou, é difícil dizer até não saber onde estou. São nas situações desérticas da existência que os problemas, as crises, as provações se instalam em lugares, estados ou condições que nos levam a nos sentirmos sós, indefesos, abandonados.

Daí é que podemos ter uma verdadeira consciência de nossa identidade. É no deserto que podemos nos conhecer profundamente.

Não há para quem olhar no deserto - nós mesmos é que somos objeto de nossa análise. Assim, podemos nos conhecer mais.

Nessa condição de autoconhecimento, refletimos sobre os motivos que nos tem trazido até ali. Por que estamos no deserto? Pela nossa insensatez? Pela nossa desobediência? Por que Deus nos quer aperfeiçoar? Por que o Espírito Santo quer ter mais comunhão conosco? Por que Deus apaixonado por nós quer que digamos a Ele o quanto O amamos? O certo é que, quando nos quebrantamos, Deus nos revela o porquê do deserto. Daí, podemos escolher as metas corretas para nossa vida.

Nós nos redescobrimos no deserto. A existência passa a ser percebida com um verdadeiro sentido de ser. É nessa situação que podemos estabelecer um propósito para vida. No deserto, Cristo teve avivada a consciência de ser Ele o Filho de Deus.

Isso implicava em assumir o motivo de Sua encarnação, o Seu único propósito: a salvação de milhões de seres humanos - a cruz.

Nas situações desérticas nós também passamos a priorizar nossas metas, tendo a convicção profunda de vivermos para a glória de Deus, "porque dele, e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente (Rm 11:36).

II. NO DESERTO ADQUIRIMOS CAPACIDADE ESPIRITUAL

No deserto pessoal, capacitamo-nos para resolver problemas mais ou menos semelhantes aos que Satanás apresentou a Jesus.

As tentações querem fazer com que usemos nossa vida para nossos próprios propósitos. Quando somos tentados, somos forçados a nos comprometermos unicamente com nossas metas. Além disso, as situações tentadoras da vida querem até mesmo nos impedir de examinar e reavaliar nossos propósitos.

Essa é a tônica desse mundo secularizado e materialista que vivemos. O "curso desse mundo" quer nos fazer pensar de modo exagerado somente em nossa posição, em nossa comida, em nossa roupa, em nossos bens, enfim, quer nos encapsular em nosso próprio egoísmo.

Mas, é no deserto que recebemos virtude do Espírito Santo para percebemos que somente seremos realizados de fato se tivermos os mesmos propósitos de Jesus - servir à vontade de Deus e ao Seu reino.

Quando estamos no deserto, Deus nos revela que as tentações são um exercício necessário para a maturidade emocional e espiritual.

Somente tem uma vida de vitória quem tem esperança em Deus.

É falsa a idéia popular de que "a esperança é a última que morre". Para quem entende o significado espiritual dos desertos a que estamos sujeitos a esperança jamais se extingue.

Por isso mesmo tal pessoa jamais estará totalmente livre dos desertos. Eles fazem parte do processo de conquista da esperança: "...a tribulação produz a perseverança, e a perseverança a experiência, e a experiência a esperança; e a esperança não desaponta, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado" (Rm 5:3-5).

III. NO DESERTO NOS FIRMAMOS NO CHAMADO DE DEUS

Quando estamos no deserto a força das circunstâncias, condições e o estabelecimento de prioridades significativas para nossa vida espiritual nos leva a renovarmos nossa vida.

Assim, o deserto que a princípio seria um lugar de exaustão e queda passa a ser um ambiente onde o verdadeiro sentido da vida é valorizado.

Dessa forma, reconhecemos nossa identidade como filhos de Deus.

Com dois ataques, Satanás quis criar uma crise de consciência em Jesus a partir da conjunção condicional "se", a motivadora de tantas dúvidas: "Se tu és Filho de Deus..."; "se tu és Filho de Deus...".

Como Jesus, devemos ter bem nítido a verdade de que somos filhos de Deus, em quem o Pai tem muito prazer. O Espírito que impeliu o Salvador ao deserto é o mesmo que "testifica com o nosso espírito que nós somos filhos de Deus" (Rm 8:16).

O resultado desse testemunho do Consolador é que a consciência profunda de sermos filhos de Deus nos leva a rendermos nosso ser a vocação que o Senhor nos tem dado.

No deserto pessoal, a convicção do motivo de nossa chamada para o Reino de Deus se torna viva em nosso coração. Daí, louvamos a Deus sabendo que as crises nos direcionam a firmarmos o chamado de Deus para nossa vida.

 COMO AGIR NOS DESERTOS

Usar a fé e não sentidos 2 Co 5:7, crer que Deus está ali mesmo que não o veja ou o sinta. Manter vida devocional, mesmo que não haja “o calor da sua presença”. Preservar enquanto durar o deserto.

O de Jesus durou 40 dias. O dos Judeus 40 anos. O seu durará enquanto você necessitar. Se houver pecado, confesse-o. Se estiver doente vá ao médico. Deixe o Espírito mudar seu temperamento, se for este o seu caso.

 COMO AGIR NAS PROVAÇÕES DE MANEIRA GERAL?

Confiar nas promessas.

(I Co 1:13, I Pe 1:5, I Pe 4:10, Mt 26:20). Perseverar ao lado do Senhor, descansando ( I Pe 5:7). Opondo-se e resistindo ao diabo e às tentações.

(I Pe 5:8 e 9, Tg 4:8). Alegrar-se nas bênçãos provenientes das provações
(I Pe 1:6).

Deus só envia ao DESERTO os fortes, aqueles que ele sabe que são perseverantes indesistíveis. O DESERTO é o centro de treinamento de Deus, onde ele prepara e equipa seu exército, seus soldados, a sair a campo.

segunda-feira, 19 de março de 2012

As 10 Lições da vida da Sunamita



Publicado em: 19/3/2012
Por: Jânio Santos de Oliveira
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias - RJ
seminarionainternetdoprofjanio.blogspot.com.br/



Meus amados irmãos em Cristo Jesus a Paz do Senhor!

Nesta oportunidade estaremos meditando na Palavra de Deus que se encontra em 2 Rs 4. 8- 37.

Nos tempos em que Jorão reinou sobre Israel, em Samaria, havia um profeta de DEUS chamado Eliseu, homem o qual o Senhor usou poderosamente para fazer manifestar os seus prodígios e milagres.
Certo dia, Eliseu chegou a Suném acompanhado sempre do seu moço, Geazi. Suném era um vilarejo próximo a Jezreel e Quesulote, e lá, relata-nos o livro de 2 Reis, havia uma mulher rica, que hospedava o profeta e seu companheiro sempre que os dois iam à sua cidade: “Todas as vezes que passava por lá, entrava para comer” (2 Rs 4:8).

E era sempre assim: todas as vezes que o profeta se dirigia a Suném, encontrava conforto e acomodação. Apesar de possuir grande fortuna, a sunamita era casada com um homem de idade avançada, com o qual não tivera filhos nenhum.

Grato pelo excelente tratamento que lhe era dispensado, Eliseu mandou que Geazi dissesse àquela mulher: “Tu nos tem tratado com todo o desvelo. Agora, o que se há de fazer por ti? Haverá alguma coisa de que se fale por ti ao rei, ou ao chefe do exército?” (2 Rs 4:13).

Como recompensa então, o profeta de DEUS lhe prometera que, no ano seguinte, naquela mesma época, a sunamita conceberia um filho. Ao que ela respondeu: “Não, meu senhor, homem de Deus, não mintas à tua serva” (v. 16).

No tempo estabelecido, ocorreu o que o profeta havia prometido: a mulher concebeu e deu à luz um filho. Mas a Palavra de DEUS relata que, após o menino ter crescido, e estando trabalhando com o seu pai na agricultura, sentiu fortes dores de cabeça e morreu.

Qual a reação natural de alguém que vê desaparecer, em plena flor da idade, seu único filho, a pessoa que mais ama? Como você reagiria se estivesse no lugar da sunamita? A morte, certamente, é o pior de todos os males.

Você, caro leitor, pode estar passando por algum outro problema em sua vida, que não seja o perigo de morte. Como você reage diante dos seus problemas? Preste muita atenção a reação da sunamita diante do grave problema: “Chamou o seu marido, e disse: manda-me um dos moços, e uma das jumentas, para que eu corra ao homem de Deus, e volte.

Perguntou ele: por que vais a ele hoje? Não é lua nova ou sábado. Disse ela: TUDO VAI BEM” (v. 22 , 23). Tendo ela partido, ao monte Carmelo, vendo-a, de longe, o homem de Deus disse ao seu moço, Geazi: “ Olha! Ali está a sunamita.

Corre-lhe ao seu encontro e pergunta-lhe: vai bem contigo? Vai bem com o teu marido? Vai bem com o teu filho? “Respondeu ela: TUDO VAI BEM.” (v. 25 , 26). Ao se aproximar de Eliseu, a sunamita chorou amargamente.

E disse-lhe ao profeta: “Pedi eu a meu senhor algum filho? Não disse eu: não me enganes?” (v. 28). Então, Eliseu e Geazi seguiram de volta a Suném, para a casa daquela mulher. Chegando lá, perceberam que a sunamita não havia providenciado o enterro do corpo do filho, mas o colocou sobre a cama onde o profeta sempre dormia: “Entrou e, fechando a porta sobre eles, orou ao Senhor.

Então subiu à cama, deitou-se sobre o menino e, pondo a boca sobre a boca dele, os olhos sobre os olhos dele, estendeu-se sobre ele; e a carne do menino aqueceu. Depois desceu, andou pelo quarto de uma parte para outra, e tornou a subir, e se estendeu sobre ele.

O menino espirrou sete vezes, e abriu os olhos. Eliseu chamou a Geazi, e disse: chama a sunamita. Ele a chamou. Quando ela se apresentou diante dele, disse ele: toma o teu filho” (v. 33- 36).

Vejamos agora as dez lições extraídas da mulher Sunamita:

I. Este relato da sunamita e seu filho nos ensinam algo sobre a fé.

A história nos mostra o que é a fé e como a fé funciona.

Na verdade a história não fala diretamente da sua fé, mas os acontecimentos na passagem demonstram fé (2 Rs 4:8-10).

É mais importante demonstrar a nossa fé do que falar sobre a nossa fé (Tg 2:26).

O autor reconhece-a como uma "grande mulher", não só porque ela veio de uma família proeminente, mas também por causa de sua fé (2 Rs 4:8).

No entanto, existe duas coisas que Deus quer ver desenvolver em nossa fé.

a. Ele quer que a nossa fé cresça

b . Ele coloca a nossa fé na prova para que a nossa fé se torne mais forte

A mulher sunamita aprendeu essas lições de fé, Deus quer que aprendamos também.

II. Ser rico ou próspero não é demérito ou vergonha para quem é de Deus.

Há muito tempo o catolicismo e outras religiões incute que ser pobre é virtude e pré-requisito para ir ao céu, no entanto, quando Jesus fala "Bem-aventurados os pobres de espírito", refere-se a pobreza espiritual e a necessidade dEle e não, sobra a questão financeira.

Ser pobre no sentido social também não é problema, ainda mais no mundo de hoje.

O texto mostra que Deus não tem problemas e que não é pecado ficar rico. Na Bíblia vemos até caso de pessoas que enriqueceram.

Deus quer que todos sejamos prósperos porque "Ele é galardoador dos que O buscam", mas acontecerá de alguns enriquecerem (como foi o caso de Abraão, de José (que virou governador) e de outros.

O problema consiste quando a pessoa põe o coração na riqueza. Por isso até, entendemos que há pessoas que não podem ficar ricos, já que seriam capazes de por causa desse dinheiro esquecerem de Deus. E Jesus veio salvar todos e não quer isso!

2) A riqueza não tira dela a sensibilidade. Ela continua percebendo a necessidade do homem de Deus. Algumas pessoas acham que o mundo gira em torno delas e ficam indiferentes a necessidade da obra de Deus.

A percepção dos benefícios que a Igreja traz a sociedade, deve ser perceptível por todos, já que ela (igreja) livra a sociedade dos piores tipos do mundo. Alguns no Brasil e no mundo, incomodam-se com o avanço da Igreja e com o seu crescimento.

III. Deus é o dono das riquezas.

Significa que somos administradores dos recursos de Deus. Com isso, Ele pode no tempo oportuno reivindicar a sua parte que nos foi dada, para servirmos ao Seu propósito ("do Senhor é a terra").

(1 Sm 25. 2 - 37 ) Viver sentado, apenas regozijando-se do que tem, sem dar importância a deus e a necessidade da obra, é viver como Nabal. Deus deseja que estejamos atentos a essa necessidade da obra.

IV. A Sunamita era uma ótima esposa.

Ela era uma ótima influência para o marido. Era fiel e submissa, não pegou o dinheiro sem autorização dele. Mostra que é possível a uma mulher, ser fator de benção no casamento, uma influência tão positiva que ajudará a melhorar o relacionamento.

Há mulher que ajuda o marido, há outras que perturbam, que puxam para baixo não só o marido como o casamento. Veja que Geazi toma a iniciativa, tem a idéia e aí sim vai falar com o marido. O oposto de esposas que ligam pro trabalho dele até pra avisar que o gás acabou!

V. Todas essas boas atitudes da esposa encontram resposta no marido.

Significa que esse casal era especial e que ele não tinha o coração endurecido.

VI. ( v. 11) A sunamita demonstra amor incondicional.

Nada do que ela faz é esperando algo em troca. Ela não se aproveita da situação para levar vantagem. É ruim e perigoso a pessoa se relacionar com Deus esperando algo em troca.

Deus nos abençoará acima do que pedimos e pensamos quando tivermos um coração aberto.

E no caso da sunamita, a benção vem na forma de uma criança. Enquanto Nabal foi visitado pela morte, ela foi visitada pela vida. E onde Deus dá vida, não há lugar para a morte!

VII. Tem gente tendo sua partida precipitada por ser como Nabal. Se Deus resolver abençoar, a morte não pode prevalecer.

VIII. - As pessoas que tem o coração como o dela, serão livrados por Deus do dia mal ( 2 Rs 8. 1- 6 )

E no caso dela, foram livrados da fome que assolaria o lugar. A intenção de Deus era preservá-la, por que como ela abençoou o homem de Deus, não passaria pela fome e seria guardada por Deus.

Quando a sunamita retorna para a sua terra, o Rei lhe dá "indenização" por todo o tempo em que esteve fora. O seu marido é abençoado porque foi sensível ao pedido da esposa.

Quais as lições que a mulher rica de Suném deixou para as nossas vidas? Primeiro, que devemos sempre receber em nossas casas, com conforto e com carinho, as pessoas enviadas por DEUS. Recebê-las e abençoá-las. Certo dia, JESUS ensinou: “Quem vos recebe a mim me recebe; e quem me recebe a mim, recebe Aquele que me enviou” (Mt 10:40).

Quem recebe os filhos de DEUS, em casa, recebe as bênçãos que DEUS dá gratuitamente à família. Segundo: quem crer verdadeiramente em DEUS, crer num DEUS que faz coisas impossíveis. (“E JESUS, olhando para eles, disse-lhes: Aos homens é isso impossível, mas a DEUS tudo é possível”.

( Mt 19:26). Aquela mãe desesperada não tratou de providenciar o enterro do corpo do seu filho, não desejou sepultar as suas esperanças. Havia uma esperança para aquilo que se fazia morte: JESUS CRISTO! Quando temos verdadeiramente o SENHOR na direção de nossas vidas, não entregamos os pontos, não nos damos por vencidos, não desistimos das promessas de DEUS.

Os cemitérios foram feitos para aqueles que não têm esperança, os que não ressuscitaram em CRISTO JESUS.

IX. Não importa o tamanho do seu problema. DEUS muitas vezes permite situações adversas na vida de uma pessoa que ELE ama.

Não com o objetivo de destruí-la, mas com o propósito de ensiná-la, de moldá-la, de transformá-la, de fazê-la melhor.

Isso também é o amor de DEUS por nós. É uma maneira que o PAI tem de mostrar determinadas situações aos seus filhos amados.

E quão maravilhoso é ser ensinado e provado por DEUS! (“Vê, eu te purifiquei, mas não como a prata; provei-te na fornalha da aflição. Por amor de mim, por amor de mim faço isto.

Como seria profanado o meu nome? A minha glória não a darei a outrem”. Isaías 48: 10 e 11). Quarto: o problema, por maior que seja, não deve desnortear a sua fé em DEUS.

Procure manter-se calmo, em oração sempre, confiante que DEUS dará, em breve, um escape, uma saída: “Não fará DEUS justiça aos seus escolhidos, que clamam a Ele de dia e de noite, ainda que os faça esperar? Digo-vos que depressa lhes fará justiça” (Lc 18: 7 , 8 ).

A paciência nas horas de tribulação é indício de saúde espiritual. O salmista escreveu “esperei com paciência no Senhor, e Ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor.

Tirou-me de um lago horrível, de um charco de lodo, pôs os meus pés sobre uma rocha, firmou os meus passos; pôs um cântico novo na minha boca, um hino ao nosso Deus; muitos o verão, e temerão, e confiarão no Senhor” (Sl 40:1-3).

Nunca devemos deixar de agradecer a DEUS, independentemente da circunstância. Seja nos momentos alegres, seja nos momentos de dor, agradeça.

Um coração agradecido é um prenúncio de uma chuva de bênçãos e de vitória que vêm por aí. DEUS quer que fiquemos de pé, firmes, confiantes nas promessas que ELE nos fez. A fé é um pensamento direcionado apenas em DEUS, não vacilante, seguro. “DEUS me prometeu então ELE vai cumprir!”.

De uma hora para outra, aquela mulher de Suném assistiu à destruição de um membro de sua família. Foi o seu único filho, o filho da promessa.

Mas poderia ter sido o seu marido. No entanto ela não pensou em desistir, em abandonar o barco. Por mais que a dor parecesse insuportável, ela seguiu em direção àquilo que poderia lhe trazer novamente a esperança. Imagino que no caminho, ela pode ter ouvido de muitos que não havia mais jeito, que só lhe restava enterrar seu filho amado.

Os ouvidos daquela mulher se fecharam às palavras de desesperança; os seus olhos só olhavam para o alto, onde residia a sua verdadeira esperança. Ela prosseguia com passos firmes; sabia para onde ia e o que teria quando chegasse lá.

X. O “TUDO VAI BEM” era a certeza de que DEUS estava no controle de todas as coisas, mas especialmente de que a promessa de DEUS não estacionaria na metade.

Há algum outro impossível, aos olhos humanos, maior que a morte? Mais uma vez, DEUS provou que não há impossíveis para ELE. Através do profeta, restituiu a vida ao filho daquela mulher, deixando novamente de pé a promessa e restaurando a sua família.

Quando alguém te perguntar em teu deserto como estás, ainda que estejas em dias de grande tempestade, creia e afirme de todo o seu coração: “TUDO VAI BEM!”.

Vai bem e muito bem porque você tem um DEUS que é Criador de tudo e galardoador dos que NELE esperam e confiam. Às vezes, pessoas chegam até mim no auge no sofrimento e me dizem: “pastor Fernando, não me resta mais o que fazer; agora só DEUS”.

E eu respondo: “se só te restou DEUS, então te restou tudo, você não precisa de absolutamente nada mais. Restou a você o melhor”.

O salmista escreveu “o Senhor é o meu pastor e nada me faltará” (Sl 23:1). Quem tem DEUS, tem tudo: tem a esperança, a certeza da vitória.

Você está na presença do Nosso DEUS? Tem procurado fazer a vontade DELE através da Santa Palavra? Se sim, então por que chorar, por que sofrer? Erga a sua cabeça, olhe para frente, mire-se em JESUS e espere pacientemente pelo dia da sua vitória.

Ela virá! Como certo é o ar que respiro, eu te digo: ELA VIRÁ! Deixa DEUS trabalhar, deixa DEUS fazer e realizar os Seus propósitos. Aprenda a atravessar o deserto confiante, agradecido, e, principalmente, adorando o Santo Nome de DEUS.

Na carta que escreveu aos crentes em Filipo, o apóstolo Paulo ensinou: “Sei passar necessidade, e também sei ter abundância.

Em toda a maneira, e em todas as coisas aprendi tanto a ter fartura, como a ter fome, tanto a ter abundância, como a padecer necessidade. “Posso todas as coisas naquele que me fortalece” (Fp 4: 12-13).

Em 1 Tessalonicenses, o mesmo Paulo advertiu: “Em tudo dai graças, pois esta é a vontade de DEUS em CRISTO JESUS para convosco” (5:18). Nos Salmos 50 há o ensinamento final: “Oferece a DEUS sacrifícios de louvor, paga ao Altíssimo os teus votos, e invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás.

Aquele que oferece sacrifício de louvor me glorifica” (vers. 14, 15 e 23). A partir de hoje, faça você também como a mulher de Suném; diga sinceramente que TUDO VAI BEM; pois a Paz e a certeza da vitória são permanentes para aqueles que têm JESUS em suas vidas.

Devemos procurar agir como a sunamita: buscar paz e descanso em Deus, sabendo que Ele é Fiel para fazer muito mais do que pensamos. Aprender a discernir as pessoas que Ele mesmo quer usar em nossas vidas e ter humildade para entender que precisamos do próximo. Desenvolver a FÉ, ver além, ainda que obstáculos estejam a nossa frente.

Ir ao Monte Carmelo – conquistar milagres implica duas condições: buscar a presença de Deus e pagar um preço. Veja que ela percorreu aproximadamente 32 Km para buscar o profeta que faria a oração por seu filho.

- Você está disposta a perseguir seu milagre?

Coragem e persistência são atributos de Deus!

Que Ele nos abençoe!

As três lições que o deserto nos ensina


Publicado em: 19/3/2012
Por: Jânio Santos de Oliveira
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias - RJ
seminarionainternetdoprofjanio.blogspot.com.br/




Deus tem propósitos para a vida de cada um de nós, ELE usa de vários meios para se revelar e mostrar a sua vontade. Deus leva os escolhidos a realizar seus propósitos e a obter maturidade espiritual para experimentar o cumprimento das promessas que ELE fez.

Esse meio que ELE usa é o deserto, lugar de sofrimento, falta água, calor durante o dia e muito frio à noite, lugar de treinamento.

Abraão e José foram homens de Deus chamados para realizar seus propósitos, todos eles passaram por crises, solidão, angustias, sem saberem muitas vezes o porque de tantos sofrimentos e desafios para alcançarem a promessa , eles nos tem deixado exemplos de paciência e fé.

Em nossas vidas também não é diferente Deus nos fala de algo bom, maravilhoso, nos faz promessas, mas de repente , situações adversas nos acometem , parecendo caminhar em direção contrária ao que Deus disse.

O porquê desafia sua fé em Deus e a certeza que teremos a vitória, mas não desanime, não se entregue, tudo isso faz parte do treinamento para tornar você uma pessoa mais humana, buscar mais a Deus , te moldar do jeito que Ele quer , pois o Deus que envia também cuida ELE é contigo.

Em (Gn 12.1-3) Deus prometeu abençoar a Abrão, torná-lo pai de muitas nações, seria engrandecido, deveria deixar amigos, sair do meio da sua parentela indo para uma terra que Deus mostraria.

Reflita caso isso ocontecesse com você, tirá-lo do seu conforto, da família, amigos , e ir rumo a uma terra desconhecida até então.

O que o SENHOR testa é a obediência e a prontidão em fazer sua vontade, confiando plenamente e que Deus é totalmente suficiente para dar direção, proteção, livramento e salvação.

Porque Deus fez assim com Abraão? ELE fez isso para treiná-lo aprender a enfrentar as dificuldades na total dependência, ter intimidade e buscar diariamente o SENHOR com cânticos e orações.

“Temos que dizer o que Jó disse em Jó 42.5 Com o ouvir dos meus ouvidos ouvi, mas agora te vêem os meus olhos” isso é andar com Deus.

Na velhice de Abrão e de Sara Deus deu a eles um filho que humanamente era impossível como esta registrado em Gênesis 18.11 que Abrão e Sara já velhos e adiantados em idade ; já a Sara havia cessado o costume das mulheres , mas Deus cumpriu o que prometeu.

Abraão não foi o único a passar pelas mãos do Oleiro , José também precisou de matricular - se nesta escola para treinamento. Imaginem José sendo levado para longe , sofrendo a falta dos seus, psicologicamente ele estava tendo uma experiência terrível nas mãos do SENHOR estava sendo tratado em suas emoções , para crescer e amadurecer emocionalmente e espiritualmente dependendo unicamente do DEUS Todo Poderoso , aprendendo os princípios de submissão, autoridade , administração de bens e na prisão aprendeu a administrar recursos em situações de escassez.

No tempo determinado por Deus não houve atraso chegou na hora certa e cumpriu as promessas nas vidas de Abraão e José e de muitos outros.Assim Deus fará com você te preparando para algo maior.

Devemos obedecer a Deus e á sua vontade revelada. No caso de José, por exemplo, fica claro que por ele honrar a Deus, mediante sua vida de obediência, Deus o honrou ao estar com ele.

Semelhantemente, para o próprio Jesus desfrutar do cuidado divino protetor ante as intenções assassinas do rei Herodes, seus pais terrenos tiveram de obedecer a Deus e fugir para o Egito. Aqueles que temem a Deus e o reconhecem em todos os seus caminhos têm a promessa de que Deus endireitará as suas veredas (Pv 3.5-7).

Na sua providência, Deus dirige os assuntos da Igreja e de cada um de nós como seus servos. O crente deve estar em constante harmonia com a vontade de Deus para a sua vida, servindo-o e ajudando outras pessoas em nome dEle (At18.9,10;23.11;26.15-18;27.22-24).

Devemos amar a Deus e submeter-nos a Ele pela fé em Cristo, se quisermos que Ele opere para o nosso bem em todas as coisas (Rm 8.28). Para termos sobre nós o cuidado de Deus quando em aflição, devemos clamar a Ele em oração e fé perseverante. Pela oração e confiança em Deus, experimentamos a sua paz (Fp 4.6,7), recebemos a sua força (Ef 3.16;Fp 4.13), a misericórdia , a graça e ajuda em tempos de necessidade (Hb 4.16; Fp 4.6).

Tal oração de fé , pode ser em nosso próprio favor ou em favor do próximo ( Rm 15.30-32; Cl 4.3).

São experiências comuns em nossa vida cristã. Como compreendê-las e vencê-las? Nesses momentos costumamos ser derrotados e frustrados, ainda mais quando vemos a Bíblia ordenando-nos alegrias nestas horas (Tg 1:2, I Pe 1:6, I Pe 4:12-13).

O que é provação e tentação? Provação e tentação é a mesma coisa? Há diferenças? Porque em algumas Bíblias aparece a palavra tentação, e em outras o mesmo texto apresenta a palavra provação? Na Bíblia a palavra traduzida como tentação ou provação é a mesma: “peraismos”.

Quer dizer teste prova. Há vários tipos de provas (I Pe 1:6) a que podemos ser submetidos: perseguições, doenças, problemas sérios, oposição desencadeada por Satanás, aparente distância de Deus.

Todos estes tipos de testes são “provações”. Há um tipo especial de provação, que é aquela desencadeada por Satanás, visando nossa derrota e valendo-se de uma cobiça interior nossa para acenar-nos com algo que tenta induzir-nos ao pecado. Esta prova é uma “tentação”.

Este tipo maligno de “peraismos” Deus não faz. É o que diz Tiago 1:13-15. A diferença entre tentação e provação é mais didática do que prática, pois freqüentemente se confundem. Toda tentação é uma provação e toda provação pode vir a ser uma tentação. Basta para isso que Satanás nos induza ao pecado, em meio à provação.

Vide o exemplo de Jó, que sendo provado foi tentado, Jó 2:9. A aparente distancia de Deus, também é às vezes um teste, visando provar nossa fé em suas promessas constantes. Este teste é o que chamamos “deserto espiritual”, sensação de vazio.

 O QUE É DESERTO?

Porque algumas vezes nos sentimos vazios: Frios, Deus parece que não nos ouve? Deus está conosco, Jesus prometeu estar conosco todos os dias até a consumação do século, o Espírito Santo faz morada em nós.

Portanto a Trindade está sempre conosco. No entanto eu posso sentir isto ou não. Posso ver isto ou não.

Quando eu não sinto ou não vejo Deus comigo (Deserto), me vem uma sensação de vazio e frieza espiritual.

Mas Deus não quer isto, Ele quer que pela fé (Hb 11:1) eu cria que Ele está comigo, e haja abundância de vida mesmo no deserto (Sl 84:6) Jó 35:14. Deserto é dificuldade de ver e sentir Deus presente, embora Ele sempre esteja (Sl 34:18).

Há 3 coisas diferente de Deserto: Deus nos faz passar por momentos assim: Se Deus quer trabalhar em nossa fé, e fé é ter convicção de fatos que não se vêem muitas vezes Deus permite que não o sintamos presente para lançarmos mão de fé.

“Ele está aqui, embora não o sinta”.
Exemplo: Ex 14; 15:22,27; 16:12; 17:1, Dt 8:15 e 16, Mt 4:1, Sl 23:2-4, Jr 17:7 e 8, Mt 14:22-25. Pecados ou voluntários afastamentos de Deus. Este tipo de deserto não é propriamente uma provação mas conseqüência de derrota espiritual.

O pecado afasta-os de Deus, e o abandona da oração e da leitura da Bíblia, nos traz também frieza espiritual.

II Sm 11; 12:6; Sl 51:11. Peculiar característica física ou temperamental.
I Rs 19:4. Elias era homem de Deus e muito abençoado. Não fora Deus quem o conduzira ao deserto, e nem pecado, mas um problema, uma ameaça o fez entrar em depressão. Elias era um Melancólico.

Todos nós temos um pouco do temperamento melancólico, mas há pessoas marcadamente melancólicas, que constantemente estão em desertos.

Os melancólicos são introvertidos, escrupulosos, meticulosos, exigentes, pensadores, auto depreciadores.

Para mudar seu temperamento leia: Temperamento controlado pelo Espírito e Temperamento transformado pelo Espírito.

 O MANÁ COMO PROVISÃO NO DESERTO

Lemos em Hebreus 9.4 acerca da arca da aliança que continha em seu interior um vaso com o maná, além das tábuas da lei e da vara de Arão que floresceu. E o mesmo escritor afirma em sua epístola que a lei tem a sombra dos bens futuros, e não a imagem exata das coisas (Hb 10.1).

Na arca e nos elementos em seu interior não temos a imagem exata das coisas, mas a sombra (ou figura) de bens futuros. Se observarmos estes objetos segundo o ensino do Novo Testamento, temos que ir além da imagem exata (o que neles se vê literalmente) e compreender a sombra, ou seja, o que eles tipificam: os bens futuros, da Nova Aliança, nele figurados.

Qual é a figura do maná? Para entendermos claramente, compararemos dois textos bíblicos: um do Velho Testamento apresentando a figura, e um do Novo Testamento interpretando a figura.

“Sim, ele te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná, que nem tu nem teus pais conhecíeis; para te dar a entender que o homem não vive só de pão, mas de tudo o que sai da boca do Senhor disso vive o homem”. ( Dt 8.3)

“Mas Jesus lhe respondeu: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus”. (Mt 4.4 )

Observe isto. Em Deuteronômio, vemos que as Escrituras dizem que o homem não vive de pão, mas de tudo o que sai da boca do Senhor. E segundo o texto, o que saía da boca do Senhor? O maná!

Agora veja, Jesus usa estas mesmas palavras ao ser tentado pelo Diabo no deserto, E O INTERPRETA ao dizer: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda Palavra que sai da boca de Deus. Ele substitui a expressão “maná” por “Palavra de Deus”, que era o significado desta figura, que não tinha a imagem exata, mas era sombra de um bem vindouro.

O maná, portanto, é um tipo da Palavra de Deus: é o alimento que vem do céu para o sustento do seu povo. E qual é a figura da arca da aliança? Ela representa a presença de Deus no meio dos homens. Veja os textos bíblicos que autenticam esta afirmação: Quando, pois, a arca partia, dizia Moisés: Levanta-te, Senhor, e dissipados sejam os teus inimigos, e fujam diante de ti os que te odeiam.

E quando ela pousava, dizia: Volta, ó Senhor, para os muitos milhares de Israel. (Nm 10.35-36). Quando a arca partia, Moisés dizia: “Levanta-te ó Deus…”, e quando ela pousava, dizia: “Volta, ó Senhor…”, porque a arca representava a presença de Deus que estava entre os querubins, como ele mesmo dissera a Moisés. Vemos também que em Primeira Samuel 4.21-22, quando os filisteus tomaram a arca, dizia-se em Israel: “Icabode – de Israel se foi a Glória!”

Se a arca representava a presença de Deus no meio dos homens, então ela figura Jesus! No Novo Testamento, é Ele quem é chamado EMANUEL, que traduzido é “Deus conosco” (Mt 1.23).

E dele escreveu João, o apóstolo do amor, dizendo: E o verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do pai. Ninguém jamais viu a Deus.

O Deus unigênito, que está no seio do Pai, esse o deu a conhecer. (Jo 1.14, 18.) A arca, portanto, é figura de Cristo, a presença de Deus no meio dos homens.

 Vejamos agora as três lições que o deserto nos ensina

I. NO DESERTO ENCONTRAMOS A NÓS MESMOS

O que sou, é difícil dizer até não saber onde estou. São nas situações desérticas da existência que os problemas, as crises, as provações se instalam em lugares, estados ou condições que nos levam a nos sentirmos sós, indefesos, abandonados.

Daí é que podemos ter uma verdadeira consciência de nossa identidade. É no deserto que podemos nos conhecer profundamente.

Não há para quem olhar no deserto - nós mesmos é que somos objeto de nossa análise. Assim, podemos nos conhecer mais.

Nessa condição de autoconhecimento, refletimos sobre os motivos que nos tem trazido até ali. Por que estamos no deserto? Pela nossa insensatez? Pela nossa desobediência? Por que Deus nos quer aperfeiçoar? Por que o Espírito Santo quer ter mais comunhão conosco? Por que Deus apaixonado por nós quer que digamos a Ele o quanto O amamos? O certo é que, quando nos quebrantamos, Deus nos revela o porquê do deserto. Daí, podemos escolher as metas corretas para nossa vida.

Nós nos redescobrimos no deserto. A existência passa a ser percebida com um verdadeiro sentido de ser. É nessa situação que podemos estabelecer um propósito para vida. No deserto, Cristo teve avivada a consciência de ser Ele o Filho de Deus.

Isso implicava em assumir o motivo de Sua encarnação, o Seu único propósito: a salvação de milhões de seres humanos - a cruz.

Nas situações desérticas nós também passamos a priorizar nossas metas, tendo a convicção profunda de vivermos para a glória de Deus, "porque dele, e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente (Rm 11:36).

II. NO DESERTO ADQUIRIMOS CAPACIDADE ESPIRITUAL

No deserto pessoal, capacitamo-nos para resolver problemas mais ou menos semelhantes aos que Satanás apresentou a Jesus.

As tentações querem fazer com que usemos nossa vida para nossos próprios propósitos. Quando somos tentados, somos forçados a nos comprometermos unicamente com nossas metas. Além disso, as situações tentadoras da vida querem até mesmo nos impedir de examinar e reavaliar nossos propósitos.

Essa é a tônica desse mundo secularizado e materialista que vivemos. O "curso desse mundo" quer nos fazer pensar de modo exagerado somente em nossa posição, em nossa comida, em nossa roupa, em nossos bens, enfim, quer nos encapsular em nosso próprio egoísmo.

Mas, é no deserto que recebemos virtude do Espírito Santo para percebemos que somente seremos realizados de fato se tivermos os mesmos propósitos de Jesus - servir à vontade de Deus e ao Seu reino.

Quando estamos no deserto, Deus nos revela que as tentações são um exercício necessário para a maturidade emocional e espiritual.

Somente tem uma vida de vitória quem tem esperança em Deus.

É falsa a idéia popular de que "a esperança é a última que morre". Para quem entende o significado espiritual dos desertos a que estamos sujeitos a esperança jamais se extingue.

Por isso mesmo tal pessoa jamais estará totalmente livre dos desertos. Eles fazem parte do processo de conquista da esperança: "...a tribulação produz a perseverança, e a perseverança a experiência, e a experiência a esperança; e a esperança não desaponta, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado" (Rm 5:3-5).

III. NO DESERTO NOS FIRMAMOS NO CHAMADO DE DEUS

Quando estamos no deserto a força das circunstâncias, condições e o estabelecimento de prioridades significativas para nossa vida espiritual nos leva a renovarmos nossa vida.

Assim, o deserto que a princípio seria um lugar de exaustão e queda passa a ser um ambiente onde o verdadeiro sentido da vida é valorizado.

Dessa forma, reconhecemos nossa identidade como filhos de Deus.

Com dois ataques, Satanás quis criar uma crise de consciência em Jesus a partir da conjunção condicional "se", a motivadora de tantas dúvidas: "Se tu és Filho de Deus..."; "se tu és Filho de Deus...".

Como Jesus, devemos ter bem nítido a verdade de que somos filhos de Deus, em quem o Pai tem muito prazer. O Espírito que impeliu o Salvador ao deserto é o mesmo que "testifica com o nosso espírito que nós somos filhos de Deus" (Rm 8:16).

O resultado desse testemunho do Consolador é que a consciência profunda de sermos filhos de Deus nos leva a rendermos nosso ser a vocação que o Senhor nos tem dado.

No deserto pessoal, a convicção do motivo de nossa chamada para o Reino de Deus se torna viva em nosso coração. Daí, louvamos a Deus sabendo que as crises nos direcionam a firmarmos o chamado de Deus para nossa vida.

 COMO AGIR NOS DESERTOS

Usar a fé e não sentidos 2 Co 5:7, crer que Deus está ali mesmo que não o veja ou o sinta. Manter vida devocional, mesmo que não haja “o calor da sua presença”. Preservar enquanto durar o deserto.

O de Jesus durou 40 dias. O dos Judeus 40 anos. O seu durará enquanto você necessitar. Se houver pecado, confesse-o. Se estiver doente vá ao médico. Deixe o Espírito mudar seu temperamento, se for este o seu caso.

 COMO AGIR NAS PROVAÇÕES DE MANEIRA GERAL?

Confiar nas promessas.

(I Co 1:13, I Pe 1:5, I Pe 4:10, Mt 26:20). Perseverar ao lado do Senhor, descansando ( I Pe 5:7). Opondo-se e resistindo ao diabo e às tentações.

(I Pe 5:8 e 9, Tg 4:8). Alegrar-se nas bênçãos provenientes das provações
(I Pe 1:6).

Deus só envia ao DESERTO os fortes, aqueles que ele sabe que são perseverantes indesistíveis. O DESERTO é o centro de treinamento de Deus, onde ele prepara e equipa seu exército, seus soldados, a sair a campo.

sábado, 17 de março de 2012

O tríplice processo necessário para transformação do vaso.

Publicado em: 19/3/2012
Por: Jânio Santos de Oliveira
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias - RJ







Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!

Nesta oportunidade nós vamos meditar na Santa Palavra de Deus que se encontra em 2 Tm 2. 20 21 que diz:

"Ora, numa grande casa não somente há vasos de ouro e de prata, mas também de pau e de barro; uns para honra, outros, porém, para desonra. de sorte que, se alguém se purificar destas coisas, será vaso para honra, santificado e idôneo para uso do Senhor, e preparado para toda a boa obra”




Todo ser humano é criado por Deus, porém isto não garante que todos sejam filhos dEle.



A bíblia diz, em 1 Co 15.46-47, que “Não foi o espiritual que veio antes, mas o natural; depois dele, o espiritual. O primeiro homem era do pó da terra; o segundo homem, dos céus.” Aqui podemos perceber, que se o homem não nascer de Deus, ele continua sendo apenas uma criatura neste mundo, ou seja, para ser de Deus, é necessário um novo nascimento através do agir do Espírito Santo.








No mundo em que vivemos, as pessoas têm se enganado, achando que o simples fato de crer em Deus já é o suficiente para obter a salvação, e o diabo tem incutido até no meio evangélico este pensamento diabólico.



Por isso, o que temos visto, são pessoas que se dizem cristãs se preocupando mais consigo mesmas do que com o seu próximo e até com o próprio Deus.





São pessoas que impõem a sua própria vontade acima daquilo que Deus deseja para ela. Colocam as suas preocupações, os seus desejos, sentimentos, ansiedades, sonhos, enfim… tudo aquilo que vem tirando o seu sossego, acima daquilo que Deus tem prometido para ela, ou seja, não confiam nAquele que dizem servir.




Indivíduos que, apesar de freqüentarem um grupo religioso, são vazias em seu interior. Pessoas que vivem pela emoção de um momento, pelo sentimento do coração. Criaturas que por ainda não terem visto a resposta de algo que pediram a Deus, começam a se rebelar contra aquele que os criou.





Ao escrever a seu filho na fé (2 Tm 2. 1) Paulo estava tratando de questões relativas à igreja (local) que estava sob o cuidado de Timóteo.




A igreja (corpo) de Jesus Cristo é constituída somente de vasos para honra, porém, no ajuntamento solene de pessoas, há vasos para honra e vasos para desonra (crentes e descrentes).



Este versículo trata especificamente do ajuntamento solene de pessoas, onde várias pessoas reúnem-se (crentes e descrentes).



Quando o apóstolo estabeleceu o comparativo entre uma grande casa e o ajuntamento solene de pessoas crentes e descrentes, ele torna evidente que não há somente vasos de ouro e prata nestes ajuntamentos (reuniões), mas que também há vasos de pau e barro.




Ora, se em uma grande casa há vários tipos de vasos feitos de materiais diferentes (ouro, prata, pau e barro), da mesma forma o ajuntamento solene, que congrega varias pessoas, é um misto de pessoas com valores culturais diferenciados.




Sobre as qualidades e méritos de cada indivíduo que compõe a igreja local, Paulo é bem claro: "Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós" (2 Co 4: 7). Paulo sabia qual o valor do conhecimento humano perante o evangelho de Cristo (I Co 3: 15).




Paulo falava a sabedoria proveniente de Deus, para que a fé dos irmãos não estivessem alicerçada em valores provenientes da sabedoria humana ( I Co 2: 5).





Ou seja, o apóstolo Paulo pregava o evangelho de maneira dissociada de suas qualidades pessoais. Isto porque ele não pregava a si mesmo "Pois não pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus..." (2 Co 4: 5). Ele tinha plena consciência de que era vaso de barro.






E quanto a nós? Você se considera que tipo de vaso?


Em Cristo Jesus o cristão é vaso para honra, mas há aqueles que ousam classificar ou medirem a si próprio "Porque não ousamos classificar-nos, ou comparar-nos com alguns, que se louvam a si mesmos; mas estes que se medem a si mesmos, e se comparam consigo mesmos, estão sem entendimento" (2 Co 10: 12).





Enquanto Paulo considerava ser um vaso de barro por causa da excelência de Deus, havia aqueles que consideravam ser vasos de ouro e prata, por considerarem a si mesmos como mestres, doutores, pastores, graduados.





O que Paulo considerou como escória para ganhar a Cristo, eles (maus obreiros) consideravam como forma de evidenciar uma posição de honra e destaque perante a igreja local ( Fp 3. 8).








Não é o ser vaso de ouro e prata (qualidades pessoais) que torna o homem vaso para honra. E não é o ser vaso de pau e barro que torna alguém vaso para desonra.





É Deus que tem poder sobre o homem (barro), para constituí-los vasos para honra, e não importa as suas qualidades pessoais (ouro, prata, pau ou barro), pois, é Ele quem faz vasos para honra em Cristo.




Os vasos para desonra moldados em Adão não são provenientes da vontade de Deus, mas da vontade do homem, da carne e do sangue. Não importam quais são as qualidades dos homens nascidos em Adão, é preciso ser feito vaso para honra. Nicodemos é um exemplo claro de um vaso para desonra que possuía vários méritos e qualidades pessoais.










De quais coisas é necessário ao homem purificar-se para ser um vaso para honra? Das contendas de palavras e dos falatórios inúteis que produzem maior impiedade ( 2 Tm 2. 14 , 16).



Este era o caso de Himeneu e Fileto, que não conservaram o modelo das sãs palavras de Cristo e se desviaram da verdade do evangelho (2 Tm 1. 13 , 18).




Crer conforme o modelo das sãs palavras de Cristo, ou seja, crer conforme a Escritura torna um vaso preparado para desonra e que foi destinado à destruição em um vaso de honra e misericórdia.





Mas, se o homem não guardar o modelo das sãs palavras do evangelho, será vaso para desonra e sujeito a ira de Deus.



Quem não segue o caminho de Fileto e Himeneu é separado para uso exclusivo de Deus (santificado). É idôneo para uso, uma vez que é participante da herança dos santos na Luz Cl 1: 12. Foi criado para toda a boa obra( Ef 2. 10).




Com base no que foi exposto, vem a pergunta: você é vaso para honra ou vaso para desonra?



Se você creu em Cristo conforme diz a Escrituras e guarda o modelo das sãs palavras do evangelho (persevera), você foi criado um novo homem (vaso) para honra e louvor ao nome de Deus (Ef 1: 11- 12).




Mas, aquele que não crê na mensagem do evangelho ou que transtorna a doutrina do evangelho, é vaso para desonra, preparado para a perdição, visto que, 'não crê no nome do unigênito Filho de Deus', e, por tanto, já está debaixo de condenação.




Isto demonstra que Deus não predestinou os homens nascidos em Adão à perdição (embora eles sejam preparados para a destruição), visto que, os cristãos eram filhos da ira e da desobediência, mas foram suportados por Deus com muita paciência ( Rm 9. 22).





Aqueles que eram preparados para perdição, mas que ao ouvirem a palavra do evangelho e creram, foram remidos dos pecados dantes cometidos sob a paciência de Deus, e tornaram-se vasos para a honra ( Rm 3. 25).




Agora, compreendendo esta verdade, não tenha um sentimento de soberba, achando que você é melhor que os demais (vaso de ouro, prata), antes guarde este tesouro, sabendo que és vaso de barro, criado em Cristo para toda boa obra ( 2 Co 4. 7).



Agora, ao analisar o contexto do capítulo 9 de Romanos, temos que os israelitas confiavam da carne que eram filhos de Deus. Não atinavam que os nascidos segundo a carne são carnais. Não era porque eram descendentes de Abraão que eram seus filhos (filhos de Abraão é o mesmo que filhos de Deus).


Para ser filho de Abraão é preciso a mesma fé que teve o crente Abraão, que creu na promessa de Deus. Os judeus cofiavam da carne que eram filhos de Deus, porém, segundo a carne eram filhos de Adão. Continuavam na condição de filhos da ira e da desobediência.





Eles (judeus) eram vasos de desonra como os demais gentios, pois todos os homens são gerados segundo a carne por causa de Adão. Tanto judeus quanto gentios precisam nascer de novo para serem feitos filhos de Deus, tornando-se vaso para honra.

 Veja alguns exemplos na Bíblia de Vasos de Honra e outros de desonra:





1 . CAIM E ABEL ( Gn 4. 1 – 15). Caim foi invejoso, cruel e fugitivo. Abel foi íntegro, leal e consagrado a Deus.





2. RAABE E DALILA ( Js 2. 1 – 21 ; Jz 16. 1 – 21). Raabe acolheu em paz os espias de Israel; protegeu-os. Dalila seduziu Sansão e o traiu; vendeu-se por dinheiro.




3 . EZEQUIAS E ACABE ( 2 Rs 18. 1 – 7 ; I Rs 21. 1 – 29). Ezequias foi rei piedoso que buscou a Deus e foi fiel a ele. Acabe foi rei idólatra e criminoso.





4 . PEDRO E JUDAS ISCARIOTES ( Jo 21. 15 – 19; At 1. 15 – 20).



Pedro se arrependeu de ter negado a Jesus e foi confirmado no apostolado. Judas sentiu remorso, reconheceu que traíra sangue inocente, mas se enforcou.




Com os exemplos estudados – ler as passagens bíblicas – notamos que os vasos para desonra são os que promovem dissensões, escândalos. Não colocam Deus em primeiro lugar em suas vidas; são egoístas e frios.



Os vasos de honra servem ao Senhor com integridade, sem egoísmo. São severos na austeridade e prontos ao arrependimento quando pecam.





Paulo orienta os vasos de honra para que não se dêem a contendas e que fujam das paixões da mocidade. Ora, é necessário que o servo do Senhor não viva a contender, e sim deve ser brando para com todos. ( 2 Tm 2. 24).



Foge, igualmente, das paixões da mocidade. ( 2 Tm 2. 22).




Os vasos de honra palmilham o caminho estreito como ordenado: Segue a justiça, a fé, o amor e a paz com os que, de coração puro, invocam o Senhor. ( 2 Tm 2. 22).



 Vejamos agora o tríplice processo necessário para transformação do vaso.




1 - Separação

Para que o barro seja um vaso é preciso que antes ele seja retirado do seu lugar.


Muitas vezes nos encontramos em situações ou lugares onde a manifestação de Deus em nossas vidas se torna difícil.



Vemos Deus agindo na vida de Abraão, retirando ele da sua terra, da sua parentela e da casa de seus pais, para um lugar onde ele lhe mostraria todo o seu Poder, toda a sua Glória.




Seria muito difícil a ação de Deus na situação em que ele se encontrava, com certeza sua família, as tradições do seu povo, o influenciaria nas suas decisões.





Conosco não é diferente, se quisermos ser um vaso é preciso que nos separemos de tudo aquilo que possa interferir na ação de Deus em nossas vidas. Muitas vezes nos encontramos em um trabalho onde temos que tomar decisões que não agradam a Deus, ou em situações de adultério, prostituição, com certeza não veremos a ação de Deus.





Se verdadeiramente quisermos ser um vaso é preciso que nos deixemos ser levados pela ação do Espírito de Deus.






2 - Obediência - ir à casa do oleiro.



Ninguém pode ser um vaso se não passar pelas mãos do oleiro. Muitos até se separam do mal, da prostituição, do adultério, dos vícios, mas não tem a disposição de ir até o oleiro.



Vemos o jovem rico, aparentemente tinha todas as qualidades de um servo do Senhor, porém seu coração não conseguia se desvincular dos seus bens.




Na casa do oleiro é onde o barro passará por uma transformação. Essa transformação envolve alguns processos.





a. o primeiro processo envolve o amassamento do barro, o mesmo dever ser amassado por diversas vezes, pois existem várias bolhas dentro do barro que precisam ser desfeita, caso contrário elas se romperão causando rachaduras. Dessa forma tornará inútil a sua utilização.






Da mesma maneira temos que passar por esse processo, devemos ser amassados, não só uma vez, mas diversas vezes. É preciso que toda raiz de amargura, rancor, vaidade, soberba (nossas bolhas) sejam retirados.




Mas sabemos que nenhum barro é amassado sem antes ser molhado. Essa água que molha o barro, representa o Espírito Santo de Deus em nossas vidas. Ele se encarregará de nos tornar maleáveis para ação de Deus.





Sem a água esse processo se torna muito difícil. Sem o Espírito Santo também. Ao invés das mãos delicadas de Deus, poderemos sofrer a intervenção de algo sem vida, sem sentimento.






b. Depois de umedecido e amassado, o barro vai agora para a roda. Sabemos que a roda do oleiro é composta por duas rodas, uma na parte inferior movimentada pelos pés, e outra na parte superior onde é colocado o barro.



O que mais me chama atenção é que o barro não pode ser colocado nas extremidades da roda, porque no momento em que ela se movimentar, o objeto que estiver colocado na extremidade será lançado fora, numa tangente. O que tornará muito difícil para que o barro possa ser trabalhado.





O único lugar na roda onde o barro pode ser colocado, sem sofrer essa interferência, é no centro. Dessa forma será possível a ação do oleiro.





Isso significa que para nós nos tornarmos um vaso é necessário que estejamos no centro da vontade de Deus. Somente assim seremos moldados segundo o seu propósito.






c. Depois do barro estar no centro da roda, o oleiro começa o processo de transformação do vaso. Isso exige que o oleiro trabalhe tanto a parte exterior, como a interior.





Essa ação é executada ao mesmo tempo. Não seremos um vaso sem que antes o nosso caráter seja moldado. Os homens em geral observam o nosso exterior, mas Deus observa o nosso interior. Isso não significa que não devamos nos preocupar com a nossa aparência, pelo contrário, nós como filhos do Rei devemos nos apresentar como príncipes.





d. Depois de moldados segundo a vontade do oleiro, é hora do barro ir para o fogo. É justamente nesse processo onde o barro conseguirá a sua consistência. O fogo definirá se realmente o vaso estará preparado para suportar esse processo.





Nessa fase não poderão existir as bolhas, porque desta forma elas se romperão com o fogo, e o vaso rachará ou quebrará. A soberba, a vaidade, o orgulho, a incredulidade não poderão fazer parte da nossa vida se quisermos ser realmente esse vaso.





3 – Enchendo o vaso (At 1.8)



Para sermos um vaso de honra, precisamos ser cheios do Senhor.
Esta é a hora em que o oleiro separa o vaso para enche-lo.



A promessa para nós, é que nos últimos dias o Senhor derramaria sobre nós o seu Espírito.



Sermos cheios do Espírito fala em termos a unção, glória e poder de Deus fluindo em nosso ser.



Devemos estar prontos para sermos cheios do Espírito do Senhor.


Portanto, quando a Bíblia fala em eleitos, escolhidos, fala dos que estão EM CRISTO. Estes foram justificados e expressam a riqueza da glória de Deus, que é o Espírito em nós. Portanto, NÓS que decidimos. Quando decidimos por Jesus passamos a fazer parte dos ELEITOS ou VASOS DE HONRA.





O mundo carece de uma igreja que brilhe a glória de Deus ante seus corações. Nada menos que isso influenciará os pecadores ao arrependimento, à conversão a Cristo Jesus. Salomão escreveu: Tira da prata a escória, e sairá um vaso para o fundidor. ( Pv 25. 4).


E você? Já se tornou vaso de honra?

sexta-feira, 16 de março de 2012

Jesus revela algo profundo na vida de Natanael


Publicado em: 16/3/2012
Por: Jânio Santos de Oliveira
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias - RJ
janio-estudosteolgicos.blogspot.com



Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus a Paz do Senhor!

Vamos meditar nesta oportunidade em Jo 1. 45-51 que diz:

45. Filipe achou Natanael, e disse-lhe: Havemos achado aquele de quem Moisés escreveu na lei, e os profetas: Jesus de Nazaré, filho de José.

46. Disse-lhe Natanael: Pode vir alguma coisa boa de Nazaré? Disse-lhe Filipe: Vem, e vê.

47. Jesus viu Natanael vir ter com ele, e disse dele: Eis aqui um verdadeiro israelita, em quem não há dolo.

48. Disse-lhe Natanael: De onde me conheces tu? Jesus respondeu, e disse-lhe: Antes que Filipe te chamasse, te vi eu, estando tu debaixo da figueira.

49. Natanael respondeu, e disse-lhe: Rabi, tu és o Filho de Deus; tu és o Rei de Israel.

50. Jesus respondeu, e disse-lhe: Porque te disse: Vi-te debaixo da figueira, crês? Coisas maiores do que estas verás.

51. E disse-lhe: Na verdade, na verdade vos digo que daqui em diante vereis o céu aberto, e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem.

I. Significado do nome Natanael

Natanael (em hebraico Netan‘el) aparece no Evangelho de João, nos capítulos 1 e 21. Nos outros 3 evangelhos ele não é mencionado, contudo se retém que seja a mesma pessoa chamada nos sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas) com o nome de Bartolomeu. Portando, é um dos 12 apóstolos.

II. Conheça melhor a figueira.

Junto com a oliveira e a videira, a figueira (Ficus carica) é uma das plantas mais destacadas da Bíblia, sendo mencionada em mais de 50 textos. (Jz 9:8-13; Hb 3:17) A figueira é nativa do SO da Ásia, de Israel, da Síria e do Egito, e é famosa por sua notável longevidade.

Embora esta árvore também viceje de forma silvestre, para produzir bons frutos, ela precisa de cultivo.

(Lc 13:6-9) É bastante adaptável a vários tipos de solo, crescendo bem até mesmo em solo rochoso. Pode atingir a altura de uns 9 m, com um tronco do diâmetro de uns 60 cm, e tem ramos que se espalham amplamente. Embora seja primariamente apreciada pelos seus frutos, é também muito prezada pela sua boa sombra.

(Jo 1:48-50) As folhas são amplas, tendo até 20 cm ou mais de largura. A primeira menção da figueira é com respeito ao uso das suas folhas costuradas como cobertura para os lombos de Adão e Eva. (Gn 3:7) Em algumas partes do Oriente Médio, folhas de figueira ainda são costuradas e usadas para embrulhar frutas, e para outros fins.

 O sicômoro

Esta árvore mencionada nas Escrituras Hebraicas não tem nenhuma relação com o sicômoro norte-americano, que é um tipo de plátano (ou falso-plátano). Pelo que parece, trata-se do “sicômoro-figueira” de Lucas 19:4.

Esta árvore (Ficus sycomorus) tem frutos semelhantes aos da figueira comum, mas sua folhagem é semelhante à da amoreira. Atinge a altura de 10 a 15 m, é resistente, e pode atingir várias centenas de anos de vida.

Dessemelhante da figueira comum, o sicômoro (sicômoro-figueira) é uma sempre-verde. Ao passo que suas folhas em forma de coração são menores que as da figueira, a folhagem é densa e ampla, e a árvore oferece uma boa sombra. Por este motivo, freqüentemente era plantada à beira das estradas.

O tronco curto e robusto logo se ramifica com os ramos mais baixos perto do solo, e isto tornava a árvore conveniente à beira da estrada para um homem baixo, tal como Zaqueu, subir nela para ver Jesus. — Lu 19:2-4.

Os figos crescem em cachos abundantes, são menores do que os da figueira comum e são inferiores a eles.
Atualmente, é costume dos cultivadores egípcios e cipriotas de sicômoros(-figueira) pungir os frutos prematuros com um prego ou outro instrumento pontiagudo, para tornar o fruto comestível.

O risco ou furo nos figos verdoengos do sicômoro provoca um acentuado aumento na emanação do gás etileno, o que acelera consideravelmente (de três a oito vezes) o crescimento e o amadurecimento do fruto.

Isto é importante, visto que de outro modo o fruto não se desenvolve plenamente e continua duro, ou é estragado por vespas parasíticas que penetram no fruto e habitam nele para reprodução. Isto lança alguma luz sobre a ocupação do profeta Amós, que descreve a si mesmo como “boeiro e riscador de figos de sicômoros”. — Am 7:14.

Além de crescerem no vale do Jordão (Lu 19:1, 4) e em torno de Tecoa (Am 1:1; 7:14), os sicômoros eram especialmente abundantes nas terras baixas da Sefelá (1Rs 10:27; 2Cr 1:15; 9:27), e embora seu fruto não fosse da qualidade da figueira comum, o Rei Davi o achava de valor suficiente para colocar os pomares da Sefelá sob um administrador.

(1Cr 27:28) Os sicômoros(-figueira) evidentemente eram abundantes no Egito na época das Dez Pragas, e continuam a prover ali alimento até hoje. (Sal 78:47) A madeira é um tanto macia e porosa, e bastante inferior à do cedro, mas é bem durável e era muito usada em construção. (Is 9:10) Encontraram-se em túmulos egípcios caixões de múmias, feitos de sicômoro, que ainda estão em boas condições depois de uns 3.000 anos.

Safras Temporã e Serôdia: Basicamente, há duas safras de figos produzidas anualmente pelas figueiras: os primeiros figos maduros, ou figos temporãos (hebr.: bikkuráh), que amadurecem em junho ou no começo de julho (Is 28:4; Je 24:2; Os 9:10), e os figos serôdios, que crescem no lenho novo e constituem a safra principal, amadurecendo em geral a partir de agosto.

Os figos temporãos podem ser facilmente sacudidos para caírem da árvore, quando maduros, e são apreciados pelo seu sabor delicado 9 Na 3:12).

Por volta de fevereiro, os primeiros botões dos frutos surgem nos ramos da estação anterior, e eles precedem às folhas em cerca de dois meses, visto que as folhas só costumam aparecer no fim de abril ou em maio. (Mt 24:32) No Cântico de Salomão 2:13, mencionam-se os primeiros sinais do amadurecimento dos novos figos verdes (hebr.: pagh) em conexão com as videiras em flor, floração que começa por volta de abril.

Portanto, na época em que a árvore está coberta de folhas, ela também deveria ter frutos. A figueira que Jesus Cristo amaldiçoou parece ter tido folhas anormalmente cedo, visto que então era o dia 10 de nisã do ano 33 EC.

Sua aparência dava motivos para se esperar que tivesse também frutos precoces, próprios para consumo, e o registro em Marcos 11:12-14 indica que Jesus se chegou à figueira pensando nisso, embora ‘não fosse a estação dos figos’, quer dizer, a época para a colheita dos figos.

Ter a árvore somente folhas mostrava que não ia produzir nenhuma safra, e, portanto, era enganosa na sua aparência. Jesus amaldiçoou-a como improdutiva, fazendo-a secar-se. — Veja Mt 7:19; 21:43; Lu 13:6-9.

Uso Como Alimento e Como Remédio: Os figos eram uma fonte básica de alimento nos tempos bíblicos e continuam a sê-lo em diversos países do Oriente Médio. Eram transformados em “tortas de figos prensados” (hebr.: develím), convenientes para transporte. (1Sa 25:18; 30:12; 1Cr 12:40)

Uma torta assim foi usada como cataplasma no furúnculo do Rei Ezequias, e tortas deste tipo ainda são usadas desta maneira hoje no Oriente Médio. — 2Rs 20:7.

Uso Figurado e Profético: A figueira e a videira são mencionadas juntas em muitos textos, e as palavras de Jesus em Lucas 13:6 mostram que as figueiras muitas vezes eram plantadas em vinhedos. (2Rs 18:31; Jl 2:22) A expressão ‘sentar-se cada um debaixo da sua própria videira e figueira’ simbolizava condições pacíficas, prósperas e seguras. — 1Rs 4:25; Miq 4:4; Za 3:10.

Em vista do destaque da figueira na vida das pessoas, é compreensível por que foi tantas vezes usada nas profecias.

Por causa da sua importância como alimento para a nação, o total fracasso duma safra de figos seria calamitoso. De modo que a figueira recebeu menção especial quando se predisse a destruição ou ruína daquela terra. — Je 5:17; 8:13; Os 2:12; Jl 1:7, 12; Am 4:9; Hb 3:17.

A própria nação de Israel foi comparada por Yehowah a duas espécies de figos. (Je 24:1-10) Jesus, para ilustrar que se poderia reconhecer os falsos profetas pelos maus frutos deles, citou a impossibilidade de se colherem “figos dos abrolhos”. (Mt 7:15, 16; compare isso com Tg 3:12.)

O fato de a figueira ‘brotar folhas’ em meados da estação da primavera foi usado por Jesus como indicador bem conhecido do tempo.

(Mt 24:32-34) Por fim, a facilidade com que ventos fortes fazem cair ao chão ‘figos verdes’ (gr.: ólynthos) é usada pelo escritor de Apocalipse como símile. — Ap 6:13.

III.REVELANDO O MISTÉRIO DE NATANAEL EMBAIXO DA FIGUEIRA

• Quando Natanael ouviu falar de Jesus, o desprezou, mas em seguida foi persuadido por Filipe a conhecê-lo. O Espírito Santo move as coisas ao redor, para propiciar a salvação ao homem escolhido, sem que ele perceba.

• Ao ver Natanael aproximar-se, Jesus falou a seu respeito: “Eis aqui um verdadeiro israelita, em quem não há dolo”. Os verdadeiros israelitas são descendentes dos patriarcas e, portanto, herdeiros da bênção, da promessa de salvação.

• Por que Jesus disse que não havia dolo em Natanael, será que ele não tinha pecados. A Palavra diz que “todos pecaram...”. Na verdade Jesus estava antecipando a obra de salvação na vida de Natanael. Pela sua Graça os seus pecados estavam sendo perdoados.

• Natanael ficou surpreso e perguntou: “Donde me conheces tu?” E Jesus respondeu: “Antes que Filipe te chamasse, te vi eu estando tu debaixo da figueira”. Desta forma Jesus deixou claro que o seu propósito em salvar Natanael, já estava determinado antes mesmo de Filipe o chamar.

Herodes era o governador da Judéia na época em que Jesus Cristo teria nascido. Ao receber a notícia de que o Messias teria vindo ao mundo na cidade de Belém, Herodes preferiu cortar o problema pela raiz antes que o tal salvador de fato se transformasse em um problema para ele.

Foi então que ordenou que seus guardas matassem todos os meninos com menos de 2 anos que encontrassem na cidade de Belém e nos seus arredores.

Alguns historiadores tentam calcular qual seria a dimensão desse crime. O americano Raymond Brown, autor do livro “O Nascimento do Messias”, estima que a vila de Belém tivesse cerca de mil habitantes na época e cerca de 20 se enquadravam nas características do menino Jesus.

É difícil estimar qual seria a dimensão desse infanticídio hoje, mas se considerarmos a população atual da cidade de Belém, podemos fazer uma projeção.

Dois milênios depois do nascimento de Jesus, a cidade continua com ares de vila, com 27 mil habitantes. Portanto, é provável que o número de meninos menores de 2 anos chegasse a 500 (considerando a mesma proporção da época de Herodes).

Já seria uma chacina e tanto. A esse número devemos incluir as cidades vizinhas.

Então se considerarmos que Natanael tivesse a mesa idade de Jesus, isso o leva ao cenário da matança dos meninos, realizada pelo homicida chamado Herodes. Agora segundo relatos históricos essa é a história de Natan’el BarTolomeu (Natanael filho de tolomeu).

Quando se começou os assassinatos de Herodes, sua mãe temeu ter seu precioso filho morto pelos soldados, então ela o escondia o bebê em baixo de uma figueira específica, depois sua mãe orava a Deus pedindo proteção e pedindo que aquela criança vivesse para ver o Messias. E todas as vezes que os soldados passavam o menino estava em meio às folhas da figueira.

Quando Natanael completou quinze anos de idade, já salvo da matança, sua mãe o chamou e contou de como o escondera embaixo da figueira e de como orava para Deus. Também disse para que Natanael não contasse essa história para ninguém. Era como um segredo familiar e pessoal de Natanael.

Ninguém além dele e de sua mãe sabia dessa história. Então quando ele pergunta a Jesus de onde o conhecia, Jesus revela seu maior segredo, ao dizer que o viu debaixo da figueira, quando estava escondido para escapar da morte e então Natanael se vê diante daquele do qual sua amada mãe havia pedido a Deus para que ele um dia pudesse ver, o Messias prometido.

Este diálogo de Jesus com Natanael aponta para o fato de Deus haver planejado a Obra de salvação do homem, antes mesmo de tudo se concretizar. Pela sua Graça, Deus determinou a salvação do homem mesmo diante do seu desprezo inicial.

• As Palavras de Jesus a respeito dos segredos da vida de Natanael, foram as revelações que transformaram seu coração e o fizeram cair aos pés do Senhor, declarando: “Rabi, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei d’Israel”.

A partir daí Natanael passou a seguir ao Senhor Jesus, vislumbrando a cada dia as maravilhas da eternidade, ao ver o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem, operando em favor dos que hão de herdar a vida eterna.

IV Jesus é Deus

Vários grupos negam a absoluta divindade de Cristo. Os testemunhas de jeová, por exemplo, negam que Jesus seja Deus com d maiúsculo. Segundo eles, ele é um deus, um arcanjo muito elevado, mas não é igual a Deus Pai.

Os teólogos modernos muitas vezes ensinam que Jesus era um grande homem, um mestre maravilhoso e um grande profeta , mas não Deus na verdade. A Bíblia ensina que Jesus é Deus.

Há vários "porém" que devem ser ligados a essa afirmação. Quando Jesus se fez carne, passou a ser humano. Participou da nossa natureza; submeteu-se à experiência humana. Assim, experimentou a fome, a sede, o cansaço.

Nas palavras de Paulo: "pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz" (Fp 2:6-8).

É importante entendermos que, quando Jesus se fez homem, não deixou de ser Deus. Ele era Deus vivendo como homem.

Mas restringiu-se a forma e a limitações muito diferentes da natureza de sua existência eterna. Ao afirmar que Jesus é Deus, então, não estamos tentando negar a realidade de Jesus ter-se tornado um ser humano verdadeiro.

Afirmar que Jesus é Deus não é afirmar que ele é o Pai. O próximo subitem deste artigo discutirá exatamente essa questão.

Seria válido admitir já de início neste estudo que se acha revelada nas Escrituras uma nítida diferença entre o papel do Pai e o do Filho. Uma delas é que foi o Filho que se fez carne, não o Pai. Mas, o que é mais fundamental, o Pai parece ser revelado na Palavra como o planejador e diretor, e o Filho, como o concretizador.

O Filho submeteu-se à vontade do Pai. Nesse sentido, Jesus afirmou: "O Pai é maior do que eu" (João 14:28). Entendemos que, de acordo com as Escrituras, o marido deve ser o cabeça da esposa, e ela deve submeter-se ao marido.

Mas isso não significa que o marido seja superior em essência; simplesmente tem um papel de autoridade.

Tanto marido quanto mulher são plena e igualmente humanos. Da mesma forma, a liderança do Pai e a submissão do Filho não implicam diferença de natureza. Ambos são plena e igualmente divinos.

Amém!